37 - Namoro

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Ele caminhava até mim todo pomposo.

Maldição! Ele era a perdição.

Mas o lorde Dorset, chegou primeiro.

— Senhorita Bernardi?! – fez uma reverência.

E as lembranças do que ele havia feito comigo no meu primeiro baile veio à tona.

— Por que está falando comigo? Eu disse para o senhor que não se aproximasse de mim.

— E quem você pensa que é para me dizer o que fazer, senhorita? – e deu um sorrisinho sínico.

Henry que até então estava só observando um pouco afastado, se aproximou.

— Senhorita Bernardi? Está tudo bem aqui?

— Ah, Lorde Braffiod, aqui está tudo ótimo! Só estava conversando com a senhorita Bernardi.

Henry olhou para mim e viu meus olhos arregalados e punhos cerrados.

— O senhor poderia me dar licença? Eu gostaria de dançar com a dama.

— Sim, claro! Com licença. – e o infeliz do barão de Dorset, se retirou.

— Lorde Kendall! – fiz uma mesura. — Obrigada por estar aqui.

— Está tudo bem? – perguntou preocupado.

— Lembra do dia em que nos vimos pela primeira vez?

Ele assentiu.

— E eu estava abalada? Pois bem, eu havia fugido dele, que tinha me agarrado a força.

— O que você está dizendo, Annelise?

Eu vi a fúria em seus olhos, Henry cerrou os punhos e se eu não tivesse o segurado, iria bater no barão.

— Está tudo bem, já passou.

— Mas ele se atreveu a mexer com você, ele merece ser morto.

— Calma! E fala baixo, quer que escutem você?

— Se ele se atrever a tocar em você outra vez, eu juro que a ameaça de morte não será só uma ameaça.

— E você seria enforcado, agora vamos mudar de assunto. Como sabia que era eu? Estou usando máscara, ao contrário do senhor.

— Eu conheço muito bem o seu olhar, Anne. E tem mais, você não parava de me olhar.

Aff! Deu tão na cara assim?

— Como você está?

— Bem, v-vou indo bem. – não conseguia nem falar direito. — E o senhor?

— Longe de você? Mais triste que nunca.

— Henry! – chamei sua atenção baixinho. — Não se esqueça que estamos em um lugar  público.

— Me perdoe! Quer conversar?

— Não podemos sair daqui, não podem nos encontrar sozinhos.

E isso era o que eu mais odiava nesta época: não ter a liberdade de estar com quem e onde quisesse, sem a probabilidade de um escândalo.

— Verdade, apesar que você deve saber algum lugar secreto onde ninguém apareça.

— Sim, mas ainda assim não podemos.

Henry começou a olhar para um ponto fixo sem parar.

— Para onde está olhando?

— Para onde não, para quem... Lady Dunbury está vindo em nossa direção.

No passado com os Bridgertons - livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora