Voltamos em silêncio para Aubrey Hall dessa vez cavalgando mais devagar. O ritmo do cavalo fazia com que eu descesse na sela, ficando cada vez mais contra o corpo dele.
Se não podíamos nos casar, eu queria tanto ficar com ele, mas não poderia fazer nenhum e nem outro. Nem casar, e muito menos beija-lo, porque aí ele me pediria em casamento... coisa que eu não podia aceitar.
Paramos na estribaria e ele desceu do cavalo, e então segurou as rédeas.
— Espera aí que eu vou descer você.
— Não precisa, eu sei descer sozinha...
E foi o que fiz, minhas pernas estavam doloridas de tanto ficar naquele cavalo, perdi as forças, desci do cavalo que era muito alto, dando um salto fazendo com que o impacto no chão fosse muito forte...
Foi pisar no chão que meu pé virou.
— Ai, cacete!
O pobi do Henry se desesperou, e antes que eu caísse, ele me segurou.
— Você disse cacete?
— Sim! Henry, eu acho que torci o tornozelo.
— Eu disse que ia te ajudar a descer.
— Mas eu precisava aprender a descer sozinha.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele me pegou em seus braços. Coloquei os braços ao redor do pescoço dele e ele começou a caminhar em direção a casa.
— Mas e o cavalo? – eu falei olhando para trás vendo o animal ficar sozinho.
— Eu vou pedir para o cavalariço o levar para estribaria.
— Você é bem forte, Henry. – falei mudando de assunto do nada.
— Você acha?
— Sim!
Não consegui evitar, tive que apertar os braços musculosos dele.
— Tá de parabéns, viu? — digo, com um sorriso atrevido.
Ele deu risada e agradeceu.
E no caminho até a casa, eu pude encarar Henry bem de pertinho... e ele também me olhava. Olhos nos olhos, boca a centímetros uma da outra...
— Olha pra frente, já pensou cair eu e você? – sorri, olhando de novo para frente.
— Eu nunca te deixaria cair.
— Mas você não escolhe quando cair ou não.
— Humm, você tem razão. E o tornozelo, dói muito?
Olhei para baixo encarando o meu pé, o tornozelo estava enorme de inchado.
— Dói um pouquinho, eu tenho uma resistência a suportar a dor.
— Você caiu de mal jeito, mas vai ficar tudo bem. Vamos chamar um médico.
— Obrigada, Henry. – falei encarando aqueles olhos azuis que ficavam ainda mais perfeitos na luz do dia.
— O que aconteceu com ela? – Kate se aproximou de nós assim que entramos em casa. — Eu e Anthony fomos procurar vocês mas não os encontramos.
— Não se preocupem, só fomos dar uma volta pela minha propriedade. – Henry respondeu.
— Tem certeza que eu não devo me preocupar, Kendall?
— Absoluta, Bridgerton!
— Calma gente, eu só torci o tornozelo. Acabei caindo de mal jeito quando fui descer do cavalo.
– falei tentando acalma-los.
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No passado com os Bridgertons - livro 1
أدب الهواةO que você faria se tivesse a oportunidade de viver dentro do seu livro favorito? Bem, para Annelise Bernardi foi a experiência mais louca da sua vida. Apaixonada pela família Bridgerton, a garota de 24 anos do século 21, fez uma louca viagem no te...