Junto da morte é que floresce a vida!
Andamos rindo junto a sepultura.
A boca aberta, escancarada, escura
Da cova é como flor apodrecida.A Morte lembra a estranha Margarida
Do nosso corpo, Fausto sem ventura...
Ela anda em torno a toda criatura
Numa dança macabra indefinida.Vem revestida em suas negras sedas
E a marteladas lúgubres e tredas
Das Ilusões o eterno esquife prega.E adeus caminhos vãos mundos risonhos!
Lá vem a loba que devora os sonhos,
Faminta, absconsa, imponderada cega!Ironia de Lágrimas, Cruz e Sousa
JEON JUNGKOOK
13 de março de 2020, Sexta-feira
Eu já sabia que sou péssimo em cozinhar, mas, quando vi meu macarrão pegar fogo, percebi que sou pior do que pensava.
Algumas empregadas me olhavam aterrorizadas, como se achassem que eu queria que a cozinha tivesse pegado fogo. Os bombeiros foram acionados e logo chegaram.
Do lado de fora de minha casa, observava o fogo se apagar pouco a pouco. Disseram que foi um milagre que ele não tenha se espalhado por todo o lugar.
- Jungkook. - Minha mãe, Jeon Nari, me chamou.
A postura dela era a mesma de sempre. Um coque bem feito no topo de sua cabeça, vestido vermelho curto e colado no corpo, braços cruzados com o óculos de grau um pouco baixo.
- Oi.
- Oi? É tudo que tem a dizer, Jeon? - Quando sua mãe te chama pelo sobrenome só pode significar uma coisa; Você está ferrado. - Sinceramente, eu não sei mais o que fazer com você!
Percebi as empregadas olhando e disfarçando quando me viram encarando. O motorista também fingiu ajudar os bombeiros.
- Jeon. - Nari chamou. - Vamos para o escritório.
Ela não queria passar vergonha. Não queria que vissem que a famosa casa da mais importante advogada da miséria de cidade que vivíamos pegando fogo pelo filho bastardo dela. Em outras palavras mais simples, Nari tem vergonha de mim.
Caminhamos em silêncio um do lado do outro até chegarmos ao seu escritório. Tinha estantes de livros, papéis e vários documentos para assinar.
Embora minha mãe tenha várias empresas que ficam em cidades grandes, ela prefere viver na miséria de Gehenna. Uma cidade pequena, sem quase nada para fazer.
- Me pergunto o que posso fazer com você. - Ela soltou um suspiro e tirou seus óculos.
- Nem foi tão ruim.
- A cozinha pegou fogo, Jeon. - Nari se jogou na cadeira giratória. - Se seu pai estivesse aqui, ele daria um jeito nisso.
O jeito dele de resolver as coisas é "bote medo no teu filho, assim ele aprende", acho que esse é o jeito de todos os pais, na verdade. Não acho o melhor jeito de ensinar.
- Sua imagem está sendo destruída. Não percebe o que está fazendo com seu corpo?
Eu me pergunto o que ela quer dizer. É por causa das tatuagens? É por causa do cigarro? É por causa das aulas que havia matado? É por causa que não sou o que a marca dela precisa? Sinceramente, eu não sei de porra nenhuma.
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Bad Bruxo | Jikook
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Depois de uma falha tentativa de macarronada, Jeon Jungkook foi enviado para um colégio apenas para bruxos, onde descobriu que uma guerra se aproximava. Almas são apenas poeiras cósmicas, restos de astros que colidiram uns contra os o...