Os anos 60 era divido pela rivalidade entre os
motoqueiros e surfistas. Havia apenas uma regra em Califórnia: não se envolver com alguém de outra gangue. Até que Vinnie Hacker, um motoqueiro se apaixona por Brooke Scott, uma surfista. Agora ele vai...
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Brooke ficou chorando em meu colo por algum tempo até que levantou a cabeça e me olhou. O rosto inchado coberto pelas lágrimas. Passei a mão em suas bochechas para secar o quanto dava.
- Desculpa - ela disse apontando para uma blusa molhada
- Não tem problema. Quer falar o que aconteceu?
- Hã... Digamos que eu tenho problemas em casa...
- Que tipo de problemas?
-O mesmo de sempre. Meus pais não se importam muito comigo. As vezes me sinto muito sozinha. Quase toda madrugada venho para a praia e fico admirando as ondas quebrando. Porque muitas das vezes tenho a sensação de...
- De não pertencer a esse lugar... - Completei sua frase. Ela me olhou e assentiu - Nossa..
-O que? - ela me perguntou, agora parecia mais calma.
- Eu não fazia ideia de que você se sentia assim. Para mim você é toda durona. Nunca pensei que fosse se sentir como eu... - disse de cabeça baixa.
- Eu durona? Você é o cara que veste roupas de couro, óculos escuros e sai por aí atropelando as pessoas com sua moto - rimos da última parte.
- Parece que não somos exatamente o que o outro imaginava né, Brooke Scott?
- Pois é, Vincent Hacker.
Ficamos ali por mais um tempo. Momentos constrangedores em que nos olhávamos sem dizer nada, outros em que ríamos e contávamos alguma coisa para o outro.
- Qual é a sensação de surfar? - perguntei por fim algo que quis saber a vida toda.
- Você nunca surfou na vida? - ela perguntou incrédula.
- Você já pilotou uma moto? - retruquei.
- Ok... justo - ela riu - Mas é incrível, sabe? Você sente o vendo batendo em seu rosto junto com as gotículas da água salgada, ela brilhando refletindo a luz do sol. E uma sensação de liberdade, é Como se eu me conectasse com algo maior e mais poderoso - ela disse com os olhos cheio de brilhos - E qual a sensação de pilotar uma moto?
- Quase a mesma que Você descreveu. O vento, O sol. Mas a sensação de liberdade, principalmente. Poder correr e sentir tudo voando ao seu redor, como se você fosse imbatível. Eu não me sinto só conectado a algo maior, eu sinto que sou esse algo maior. Como se nada pudesse me deter.
- Tão diferentes, mas no fundo somos tão iguais, Vincent Hacker.