Os anos 60 era divido pela rivalidade entre os
motoqueiros e surfistas. Havia apenas uma regra em Califórnia: não se envolver com alguém de outra gangue. Até que Vinnie Hacker, um motoqueiro se apaixona por Brooke Scott, uma surfista. Agora ele vai...
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-Bryce... - segurei o pulso dele - Eu posso te explicar.
- O que ela tá fazendo aqui?
Ele me olhou de uma forma que fez meu corpo inteiro entrar em tremor. Apertei minha mão em seu pulso e pude sentir a batida de seu coração forte.
- Ela é minha... namorada– mordi a boca tão forte com medo de dizer essas palavras para ele que senti quase cortando - Me desculpa. Eu ia te contar.
- Ah é? Quando você ia me contar, Vincent? Há quanto tempo vocês estão juntos? - ele se atropelou na fala, confuso.
- Dois meses. E eu não sabia quando iria te falar. Eu... eu estava com medo de que a sua reação fosse ruim.
De repente os olhos dele encheram de lágrimas. Mas eu sabia que não era nada mais do que de raiva. De mim, de estar quebrando a regra, de esconder isso dele, mentir sobre coisas que ele eventualmente iria descobrir. A mão dele tremeu e por um segundo esperei que ele segurasse minha mão, mas apenas a empurrou para longe dele.
- Me desculpa por essa situação - Brooke falou depois de um tempo encolhida na cama nervosa - É melhor eu ir... - ela disse e passou por nós.
Pensei em segurá-la e pedir para que ficasse, mas eu tinha que pensar no que faria com Bryce agora. Ela me olhou uma última vez e vi medo nos olhos dela. Tentei transmitir que tudo ficaria bem, mas não sei se consegui.
Se Bryce decidisse abir a boca sobre nós dois, estávamos ferrados. Nossas familias não nos deixaria chegar perto um do outro novamente. Eu não poderia mais ir na praia de madrugada. Seria um completo romance de Shakespeare.
- Bryce... Por que a gente não senta e conversa? - tentei falar com a voz mais passiva possivel que consegui e conduzi ele até sua cama.
- Quando... - ele disse depois de um tempo em silêncio, mas a voz saía ralhada por tentar segurar o choro ao mesmo tempo - quando você transou comigo foi pra esquecer ela? ele disse depois de um tempo em
- Bryce, eu... – hesitei.
- Droga, Vincent. Só responde a merda da pergunta.
- Foi... Eu sinto muito– merda agora voltamos no assunto daquela noite. Nada podia piorar agora.
- Ela é uma surfista!
Ele me mirou com um olhar do tipo: "que merda Você estava pensando quando se meteu nisso?". Pois é, Bryce. Acredite ou não, eu me pergunto a mesma coisa todos os dias.
- Eu sei, cara. Eu juro que não queria me envolver com ela. Mas... - soltei um pequeno urro de raiva de mim mesmo por estar naquela situação - Eu não pensei direito okay? Eu só me deixei levar pela sensação que ela me trás. Pela paixão que eu sin..
- Paixão?! – ele me interrompeu - Então você não está só transando com ela. Você tá apaixonado por ela?! Meu Deus isso é ainda pior do que eu imaginava, Vincent!
- Eu sei, tá legal?! - esbravejei - Mas não é culpa minha. Da mesma forma que você não queria ser apaixonado por mim, mas não consegue evitar, é o que acontece comigo em relação a ela –soltei de uma vez, sem pensar na merda que fiz.
Ele se virou, a fim de encarar o chão. Agora coçava a fina barba do rosto com a palma da mão. Eu não fazia ideia se ele ainda queria chorar, se estava com raiva ou apenas pensativo. Eu tinha medo do que estava sempre prestes a acontecer, cada ação do Bryce me arrancava a respiração.
-É, você tem razão. Não é algo que você pode evitar, o sentimento, é claro. Como você disse, eu sei como é se apaixonar pela pessoa errada.
Ele me olhou ao dizer isso, e seu olhar penetrou no meu como se alguém tivesse me apunhalado pelas costas. Me destruía ver a forma que eu fazia ele se sentir.
- Mas tinha como evitar não estar com ela - ele levantou e foi andando pelo corredor em direção a sala.
Me apressei atrás dele e o puxei pelo braço. Coloquei minhas mãos em seu rosto e encostei nossas testas juntas. Nesse momento lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Ele colocou as mãos em meus braços tentando se livrar de mim, mas não deixei.
- Por favor, cara... - supliquei - Ela me faz feliz, por favor não tire ela de mim.
Finalmente soltei ele, depois de tanto relutar. Bryce ainda mantinha suas mãos em meus braços. Agora ele me olhava, analisando meu rosto já coberto pelas lágrimas descendo.
- Eu não vou contar para ninguém.
Bryce saiu pela porta e a última coisa que ouvi foi a partida que ele deu em sua moto. Deitei no chão e deixei as lágrimas terminarem de descer. Eu não podia permitir que tirasse a Brooke de mim.