CAPÍTULO 8 - Cidade dos Goblins

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Thorin estava ouvindo toda a conversa que os meninos estavam tendo com Haraldur, ele se sentia tão mal. É claro que ele não odiava o anão, ele nunca poderia odiar Haraldur, ele passou a gostar muito do garotinho, quase tanto quanto gostava de seus sobrinhos, talvez até um pouco mais. Essa era a razão pela qual ele se preocupava tanto com ele, o garotinho estava lentamente tomando conta de seu coração. 
Mas agora Haraldur havia se convencido de que Thorin o odiava e que o havia abandonado porque era um fardo. Thorin sabia que havia quebrado a frágil confiança que construíra com o garoto. Thorin ficou lá muito tempo depois de todos terem ido dormir pensando no que faria com Haraldur. Ele não podia deixá-lo voltar sozinho para Rivendell e não podia enviar alguém de sua companhia para levá-lo. Ele não teve outra escolha a não ser trazer a criança junto com ele. 

Enquanto Thorin estava deitado lá, ele ouve outro problema que surgiu, o Hobbit querendo deixá-los também, mais uma vez por causa dele. Ele suspirou, pois parecia que Bofur estava lidando com o problema. Thorin estava prestes a voltar a dormir quando ouviu Bofur perguntar ao Hobbit.  "O que é isso?"  Foi quando Thorin ouviu um rastejar e um estrondo e notou a sujeira caindo.

“Acorde, acorde!”

De repente, o chão caiu, os anões descem um túnel batendo nas rochas enquanto descontrolam-se. Os pensamentos de Thorin estavam em Haraldur e em como ele devia estar se machucando. Eles continuam caindo pelo que parece uma eternidade, até que pousam em uma plataforma, cada Anão pousa no que está embaixo. Thorin não tem tempo para procurar por Haraldur, pois eles são cercados por Goblins.

Os Goblins, manuseiam os Anões e começam a conduzi-los sabe-se lá para onde. Todos os anões estão reclamando e lutando, exceto um, Haraldur está com a cabeça baixa e simplesmente permite que os goblins o empurrem e batam nele. Thorin vê isso, ele tenta desesperadamente voltar para onde Haraldur está.

“Haraldur!” Ele grita, tentando chamar a atenção do garoto, mas Haraldur não faz nenhum esforço para sequer olhar para Thorin. O Anão já se resignou a qualquer destino que o espera.

Haraldur não se importava mais, ele estava convencido de que o único Anão de quem ele era mais próximo, que ele admirava, o odiava profundamente, então não importava para ele o que esses Goblins selvagens faziam com ele. Se isso levasse à sua morte, ele aceitaria bem, afinal, ele não tinha nada pelo que viver. Harry deveria saber, ele nunca encontraria felicidade ou uma família em qualquer mundo que ele viesse, era seu ser amaldiçoado Harry Potter.

Bilbo e os Anões são conduzidos ao longo de uma caminhada ainda sendo atingidos, cutucados e cutucados, mas eles começam a deixar Haraldur e Bilbo para trás. Bilbo cai de joelhos e tenta puxar Haraldur para baixo com ele, mas o menino se solta do aperto de Bilbo e continua com os outros.

“Haraldur, Haraldur!” Bilbo sussurra, mas Haraldur não lhe dá atenção, ele segue em frente atrás dos outros com a cabeça baixa.

Tudo o que pode ser ouvido é a tagarelice dos Goblins enquanto eles são conduzidos pelo túnel até chegarem ao centro do que parece ser uma cidade construída no meio de um lixão. Um Goblin gigante e horrível começa a cantar uma música terrível. Assim que ele termina, os goblins colocam as armas dos anões aos pés do Rei Goblin, incluindo o que parece ser um pedaço de pau inútil, que Haraldur desistiu voluntariamente junto com sua espada e faca.

“Quem teria a ousadia de entrar armado em meu reino? Espiões, ladrões, assassinos?”

“Anões, sua malevolência.” Um Goblin responde.

“Anões?”

“Nós os encontramos na varanda da frente.”

“Bem, não fique aí parado, revistando-os! Cada rachadura, cada fenda.”

Harry Potter and the Dwarves of Erebor (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora