𝑐𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑡𝑒

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𝐍ᵃ̃ᵒ ᵍᵒˢᵗᵉⁱ ᵈᵃ ˢᵘᵃ ʳᵒᵘᵖᵃ, ᵖᵒˢˢᵒ ᵗⁱʳᵃʳ?

          

         𝑬u não quis conversar com ele depois do que aconteceu, Madara até que tentou mas minhas palavras de negação o convenceram. O que estava esperando? Não é como se eu fosse atirar em alguém só porque eles querem, eu não sou assim...nunca fui e não é agora que vou mudar, matar definitivamente está fora de cogitação...

— Você parece pensativa — Ouvi sua voz perto da porta, droga...ele estava alí a muito tempo? Espero que não tenha me escutado resmungar— Tudo bem?— Se encostou na mesa que havia no quarto, estava cheia de livros antigos.

— Estou...— Me sentei no meio da cama e cobri minhas pernas, o pijama que havia no quarto era horrível, poderia ser comparado a roupas íntimas pelo tamanho, a opção de dormir com a que eu estava era boa porém o calor não me permitia tanta ousadia — Ainda com aquela idéia maluca de atirar em pessoas?— Forcei um sorriso.

— Não — Sorriu gentil, isso me pareceu verdadeiro...— Não se preocupe... não vou forçar nada, ter sangue nas mãos não é exatamente um troféu, não é? — Deu um passo a frente — Não precisa matar ninguém, Obito não vai mais te encher com isso.

— Eu agradeço...

— ...certo, já é tarde então eu vou para cama, me chame se precisar de alguma coisa, está bem? Tenha uma boa noite...

— Espera...— O chamei antes que pudesse dar um passo — Eu ainda... não te entendo.

— Do que está falando?— Se sentou na beirada da cama — Se quiser saber algo é só perguntar, vou responder tudo que eu puder— Esse é o problema, eu sinceramente tenho medo das respostas...— O que você... não entende?...

— Esse seu jeito.

— Meu jeito?

— É, sinto que se esforça para ser uma boa pessoa, desculpe a palavra mas você me parece bastante manipulador, e eu posso estar completamente errada...mas de certa forma não consigo ver verdade em você — Deixei a coberta de lado e me aproximei um pouco mais dele — O ar em volta de você é estranho... é frio.

— É assim que me vê?...— Me encarou— Eu não me importo de ser frio, ser quente demais as vezes machuca.

— Fala por experiência própria?

— Sim...— Encostou seus dedos na palma da minha mão e começou a fazer um desenho, estava seguindo as linhas...— Mas eu espero...que ser frio não seja completamente ruim — Sorriu de ladinho — Você ainda me odeia?

— Você sabe que sim— Afastei minha mão — Não tanto quanto antes mas sim...eu odeio.

— Apenas porque te marquei sem permissão?

— Acha isso pouco?— Soltei uma risada — Claro...alfas não devem ter consciência do estrago que fazem, tenho certeza que os efeitos que causo em você não são nada comparados aos que causa em mim.

     Ele me olhou sério.

— Está bem enganada se é assim que pensa, eu sofro tanto quanto você.

— Mesmo? Como?

— O desejo do alfa é muito maior, precisamos de mais, necessitamos de mais...ômegas ainda que seja difícil conseguem passar seus cios sozinhos, alfas não, é uma tortura constante, perdemos a noção das coisas de uma hora para outra e os únicos que podem nos ajudar são os ômegas, é mais importante do que parece.

𝐀𝐋𝐅𝐀  • 𝖀𝖈𝖍𝖎𝖍𝖆 𝕸𝖆𝖉𝖆𝖗𝖆 •Onde histórias criam vida. Descubra agora