𝐀𝐋𝐅𝐀 • 𝖀𝖈𝖍𝖎𝖍𝖆 𝕸𝖆𝖉𝖆𝖗𝖆 •

𝑝𝑟𝑜́𝑙𝑜𝑔𝑜

  𝐓ᵉⁿʰᵒ ᵖᵉⁿˢᵃᵈᵒ ᵉᵐ ᶜᵒᵐᵒ ᵛᵒᶜᵉ̂ ˢᵉ ᵉⁿᶜᵃⁱˣᵃ ᵖᵉʳᶠᵉⁱᵗᵃᵐᵉⁿᵗᵉ ᵈᵉⁿᵗʳᵒ ᵈᵉ ᵐⁱᵐ.

       𝑺eus lábios foram o meu delírio durante toda aquela noite, a forma como brincou comigo e me fez dizer as palavras que sempre considerei humilhantes foi incrível. Eu sabia que era errado, sabia que no dia seguinte séria apresentada ao meu futuro marido por causa de uma porra de casamento arranjado que eu nunca desejei, ainda assim pedi por mais quando você parou, implorei para que me fodesse até minhas pernas vacilarem e minha mente não conseguir raciocinar direito pela excitação do meu corpo, e assim você fez...

    Na manhã seguinte não senti minhas pernas, na verdade não senti nada além de muita dor do lado direito do pescoço. Imagens da noite anterior foram surgindo aos poucos, os beijos, os olhares e a sensação de saciedade que agora já não existia mais, mas principalmente....a memória de quando me marcou.

     E felizmente.... você destruiu a minha vida.

[...]

    — Isso deve bastar por enquanto — Mito me ajudou a colocar um curativo na marca que agora fazia parte de mim, minha prima não ficou feliz quando soube...ontem foi meu aniversário de dezoito anos e tudo que eu queria era sair para curtir antes de ser forçada a me casar, porém as coisas não saíram bem como eu planejei...— Sabe que sua mãe vai ficar uma fera, não é? Eu nem sei como você está tão calma, a minha mãe uma vez disse que se caso eu aparecesse com a marca de um alfa desconhecido ela me mataria, mas aí está você...eu realmente admiro seu controle emocional — Me olhou com desgosto — Você está muito ferrada....

— Poderia ser um pouco mais positiva?— Pedi forçando um sorriso, eu já sei de côr essa merda que ela está falando mas não é como se eu pudesse fazer alguma coisa, não me lembro de quase nada....parece que quanto mais o tempo passa mais eu me esqueço, não sei nem o nome dele...— Minha mãe tem um bom coração, ok? — Eu espero pelo menos....

— Claro — Esse ar de superioridade me irrita...— Eu quero ver quando for expulsa de casa, o alfa que te marcou vai vir correndo ao seu encontro por acaso? Eu tenho certeza que ele nem se lembra mais de você.

— Pelo visto não sabe o que a marca de um alfa significa.

— Pode apostar, eu sei, e no seu caso só quer dizer uma coisa, problemas.

— Talvez, vamos ver.

    Depois de ignorar os sermões da Mito e vestir algo confortável desci até o primeiro andar para tomar meu café da manhã, minha mãe e Tobirama estavam sentados um ao lado do outro e conversavam sobre algo aleatório. Quando finalmente notaram minha presença o olhar do Tobirama se tornou assustador, ele também é um alfa... também é amigo da família e... é meu futuro marido.

— Bom dia — Me aproximei da mesa e peguei o pote de biscoitos.

— Você fede...— Tobirama levantou a cabeça — Está fedendo a outro alfa...

    Merda...

— Querida?— Minha mãe me olhou completamente perdida — Se machucou? O que é isso no seu pescoço? E realmente....tem um cheiro diferente em você, é forte...muito forte...

— Eu...— A Mito...

— Onde estava?— Tobirama pegou o pote da minha mão e o abriu com facilidade, pegou um biscoito e o comeu de uma vez — Completou dezoito anos ontem, não é? O seu quarto estava tão silencioso... não acha nem um pouco estranho já que estava no seu período de cio?

— Não sabia que estava prestando tanta atenção em mim para decorar os meus períodos— Fechei o punho, eu já imagino onde isso vai dar.

— Sou seu futuro marido, sei tudo sobre você, inclusive quando esconde alguma coisa, esse curativo é para que afinal? Deixa eu adivinhar...saiu com alguém e o miserável deixou um chupão aí? Você já foi mais criativa, não é? Tire essa merda daí.

— Eu não acho que...

— Tira S/n....ou eu arranco ele daí a força.

   Isso não é bom, não é nada bom!

— Tobirama...

— Você é surda? Anda logo e arranca essa porra do seu pescoço!— Gritou, a intensidade de sua voz fez meu corpo estremecer, minha mão trêmula foi até o curativo e o puxou aos poucos, a dor havia voltado, seu sentia a ferida arder na minha pele, é como uma exposição intensa ao sol, uma ardência insuportável — Não...— Empurrou a cadeira ao ficar de pé — Você foi... marcada? Mas...

— S/n...— Minha mãe me olhou com tristeza — Está impura...

— Eu é quem deveria fazer isso!— Tobirama avançou em mim— Você se casaria comigo...era para ser a minha mulher! Ontem era o dia...devia ter ficado na droga do seu quarto me esperando! Você...é uma vergonha S/n...está jogando o sobrenome Uzumaki no lixo assim como a sua dignidade.

— Olha aqui...diga o que quiser, beleza? Não me casar com você é com certeza uma recompensa para tudo isso — Eu poderia estar confiante por fora, mas por dentro só havia medo, existem várias histórias sobre garotas impuras, contam que são tratadas como prostitutas e escravas sexuais, é um pesadelo...

   Talvez eu faça parte dele agora.

—Deve ir embora — Ouvi minha mãe dizer — Eu preciso explicar a situação para o seu pai, fique em um hotel por enquanto, iremos conversar em breve, entendeu?

— Mãe...

— Não me chame de mãe, agora não.

    Mito estava certa sobre uma coisa, uma vez ela me disse que garotas impuras são vistas como algo nojento, sem valor e podre. No mundo em que eu vivo...isso define até seu tratamento em relação a sua família.

— Entendi...