Capítulo 5

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ADAM MEDINA

Bom dia, Lucilene.

— Bom dia, senhor Medina. – a mulher de olhos negros e cabelos loiros tingidos, sorri na minha direção, se levantando em seguida.

— Alguma reunião marcada para hoje? – não olho em sua direção, continuo meu olhar em meu celular que estou em uma troca de figurinhas engraçadas com Vicent. Ele acaba mandando uma figurinha, de um gordo caindo da bicicleta e eu sorrio.

— Ah! Bom, até o momento não tinha – olho de forma curiosa pra ela – Mas a sua noiva entrou em contato, hoje o senhor tem a escolha do bolo.

— Me avise quando for a hora. – quando eu ia entrar em minha sala, volto a olhar para a minha secretária e digo; – E quando minha noiva entrar em contato, peça a ela para me ligar.

— Sim, senhor.

Com isso, entro na minha sala e já viu ligando o ar condicionado, já que eu amo o ambiente bem frio. Deixo minha maleta ao lado da minha mesa, e me sento atrás da enorme mesa de mármore branco, e continuo a trocar figurinhas com Vicent. Que otario!

[...]

Como é possível tanto trabalho acumulado? Todos os dias eu tento me organizar, para que no dia seguinte, não tenha tanta coisa pra fazer. Parece que a cada dia que meu casamento se aproxima, mas louco e esquecido eu fico.

Eu tenho muita sorte de que nasci gostando de administração. As vezes, eu fico pensando qual seria a reação do meu pai, se eu negasse o cargo que ele planejou durante anos pra mim. Certamente ele ficaria muito decepcionado. Mas isso não importa, já que eu estou no comando de uma das maiores empresas de Tecnologia do mundo.

Quando finalmente consigo terminar de assinar os papéis que faltava, olho no relógio digital que reluz na parede e percebo que já está dando quase seis da tarde. Qual deve ser o horário dessa tal reunião com Lorena? Já que Lucilene ainda não veio me avisar.

Decidido pegar meu celular, e assim de desbloqueio, vejo milhares de ligações da minha noiva. Maldito silencioso. Retorno a última ligação, que foi à vinte minutos atrás. Demora um pouco, mas logo ela atendeu.

Ligação on.

— Lorena?

Olha quem decidiu aparecer! Esqueceu do compromisso? – sua voz soa irritadiça, e posso garantir, que ela está tentando não gritar.

— Não! Somente não fui avisado sobre o horário, pensei que seria à noite. Me desculpe.

Bom, eu avisei a sua secretária, que seria no seu horário de almoço! Mas enfim, escolhi tudo, pode voltar à trabalhar.

— Sinto muito, Lorena. Realmente, não fui avisado sobre o horário exato! Mas eu irei resolver essa situação o quanto antes.

Tanto faz! – ela bufa e desliga na minha cara.

Ligação off.

Que diabos deu na minha secretária? Será que talvez ela tenha esquecido de me avisar, ou isso foi de propósito? Porque sinceramente, se isso estivesse acontecido com um investidor importante, ela já estaria demitida automaticamente.

Lucilene foi contratada depois da confusão com a ex secretária, Juliana. Eu não estava muito afim de contratar outra mulher, por todos os problemas que poderia ocorrer, mas ao ver o currículo brilhante de Lucilene, eu mudei de opinião. Mas aparentemente isso não à impediu de cometer um grande erro.

Meu caso com a Lorena já não está em bons lençóis, e agora, isso. Quando minha mãe descobrir o que aconteceu, certamente ela vai querer me esfolar vivo. Ah, mas isso só pode ser brincadeira com a minha cara.

Em rápido movimento, me ponho de pé e já me encontro marchando até o lado de fora da minha sala, onde minha querida secretária fica. Assim que abro a porta, não à encontro no seu lugar habitual, olho para o segurança no final do corredor e faço sinal com a cabeça e logo ele vem até mim.

— Como posso ajudá-lo, senhor?

— Onde se encontra a senhorita Patterson?

— Na RH, senhor. – fico surpreso com o que ele diz.

— O que ela está fazendo lá? Por acaso, ela foi realocada e eu não fiquei sabendo? – preciono a mandíbula, pela demora de uma resposta concreta. Decido deixá-lo pra trás e vou atrás da minha secretária. Após sair do elevador e estar no andar da RH, já avisto Lucilene conversando de forma animada com um guarda. Legal.

Marcho até eles, e quando o homem percebe minha presença, ele se retira e volta ao seu posto. Ela sem entender, chama por ele duas vezes e o mesmo nem olha para trás. Quando Lucilene se vira, quase colide comigo atrás dela. O olhar de desespero é evidente, e por algum motivo, isso me deixa feliz.

— Senhor, estava lhe procurando. – ela tem um sorriso falso nos lábios e isso me irrita.

— Porque não me avisou do horário correto, da reunião com minha noiva? – ela arregala os olhos e engole seco, enquanto eu me concentro a não gritar com ela por um motivo 'banal'. Somente não posso permitir que esse tipo de coisa, volte a acontecer novamente. – Responda!

— E..eu..e bom, eu esqueci! Me perdoe. – morde o lábio inferior – Juro que tentei avisar ao senhor, mas temia que me demite-se. A senhorita Lorena até tentou me ligar, mas fiquei com receio que ela me adverti-se.

— E seria com total razão, não é? Espero que esse tipo de coisa não volte a acontecer! Esta é uma empressa séria e prezamos pelo profissionalismo. Jamais saia da sua área de trabalho para ir atrás de mim, chame um guarda que ele fará isso.

— Sim, senhor.

— Ótimo.

— Ótimo

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