Capítulo 15

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LORENA MEDINA

Finalmente, o casal maravilha chegou! – Vicent está encostado ao seu carro, com os braços cruzados, usando um terno preto e um óculos de sol. – Pensei que não iriam mais sair da lua de mel.

— Pensou errado, caro irmão. – após me ajudar a descer as escadas do jatinho, Adam segura em minha cintura o que faz o irmão dele olhar-nos com curiosidade. – Leve Lorena para o meu apartamento, eu tenho três reuniões hoje.

— Eu virei babá? Porra, Lorena já tem vinte e cinco anos! – fala incrédulo.

— Realmente, Adam. – chamo sua atenção – Eu posso ir dirigindo sozinha.

— Eu sei que pode, mas hoje Vicent que à levará! – ele responde – Hoje a noite teremos que comparecer a uma reunião, eu passo para pegá-la às seis.

— Tudo bem – sorrio sem mostrar os dentes e me afasto dele, indo até Vicent. – Vamos?

— Claro! A senhora que manda.. – ele abre a porta do carona pra mim, e logo me sento retirando meus óculos e colocando em minha bolsa. Vicent da a volta do carro, entrando no lado do motorista e sentando-se em seguida. – Deseja ir em algum lugar antes?

— Não, obrigada, já tomei café no jatinho. Estou cansada, necessito descansar. – encosto minha cabeça no banco, fechando meus olhos e suspiro em seguida.

Essa noite não foi a mais fácil, já que desde o dia que perdi minha virgindade com Adam, estamos transando como dois coelhos. É estranho como nos damos tão bem na cama, e fora dela quase nos matamos com a diferença de personalidade. Adam gosta que as coisas saiam do jeito dele, sem julgamentos ou segundas opiniões. Eu não abaixo minha cabeça para ninguém, e falo o que penso, e se acho que algo não está certo, eu falo.

Já marquei a consulta com minha ginecologista, para essa semana. Certamente eu irei me divorciar no dia que completarei meus dois anos de casada, então, eu quero ter um filho de agora. Quero poder aproveitar o tempo com ele sem medo, do dia que ele ou ela terá que ir ficar com o pai. Por isso, irei consultar meu ciclo menstrual e tentar engravidar no dia que eu estiver fértil.

Isso pode ser trapaça nos olhos de algumas pessoas, mas aos meus, isso é um modo de poder aproveitar meu futuro bebê. Eu não quero estar grávida e tendo a dor de cabeça de pensar como será a guarda compartilhada. Certamente, meu bebê deverá está quase completando seus dois anos quando eu me divorciar, e talvez, eu estarei mais calma nesse período.

— Está entregue, bebê. – Vicent sorri pra mim, me fazendo encarar o enorme apartamento à minha frente. Estamos no bairro mais nobre da Austrália, isso aqui é surreal pra mim.

— Valeu, Vicent.

— Ah, uma dica, se eu fosse você iria descansar! Hoje terão que ir a uma reunião chata, com ricos babando seu ovo e mulheres mal amadas te alfinetando. – avisa.

— Isso que é a classe alta, não é? – brinco, recebendo um sorriso cafajeste do mesmo, que certamente encanta qualquer mulher. – Bom, obrigado novamente.

— Bom descanso, little angry¹. – saio do carro, e me viro rapidamente pra ele, pelo apelido que me deu.

— Pequena raivosa? – ele assente – Vocês são inacreditáveis!

Sorrindo, pego minha bolsa e bato a porta do carro. Ponho meu óculos de sol e vou até a entrada daquele paraíso de lugar. Não preciso dar meu nome, já que antes do casamento eu vim trazer minhas coisas e todos foram informados da minha presença temporária. Vou até o elevador, precionando o último andar, não demora muito e a porta dessa caixa de metal se abre.

A sala é ampla, com as paredes de vidro reluzindo todo o sol da Austrália pelo cômodo. Dois sofás brancos estão um de frente para o outro, fora os pufes vermelhos espalhos pela sala e duas poltronas estampadas de branco e vermelho. A sacada é vizinha da sala, e tem uma escada enorme de mármore branco no centro da sala que vai até o segundo e terceiro andar. A área leste tem a cozinha e a sala de vido, já na área sul tem dois escritórios e uma banheiro.

— Olá, a senhora deve ser a Lorena. – uma mulher de meia idade aparece sorridente, com os braços atrás do corpo e com dois homens grandes atrás dela.

— Isso mesmo, e quem é a senhora?

— Sou Firmina, a governanta da casa. Esses dois são os seguranças do primeiro andar, o segundo andar se encontra mais dois e no terceiro, encontra-se quatro seguranças. – fico assustada com a quantidade de seguranças nessa casa. – Alguma dúvida?

— Oh! acho que não. À algo que eu deva saber? – deixo minha bolsa no sofá e começo subir as escadas que tem o formato em "C" até o segundo andar, com a mulher e os dois homens trás de mim.

— Não é permitido nada fora dos seus devidos lugares, isso é inadmissível. Qualquer mudança nos móveis ou na decoração tem que ser repassada por mim antes. Se houver alguma reunião aqui ou encontro de amigas, eu deverei ser avisada com dois dias de antecedência. – fala como um general, e quando eu chego no segundo andar posso ver um grande corredor com várias portas e uma sala de centro e outras portas ao lado. Continuo a subir, ainda ouvindo a mulher falar. – O senhor Adam deixou essa casa nas minhas mãos por todos esses anos, então, eu não admito que mude algo sem minha permissão.

— Acabou?

— Perdão?

— Eu perguntei se acabou de falar! – suspiro cansada. – Passei nove horas em um voo de volta pra cá, e ficar ouvindo você falar essas regras ridículas não está ajudando em nada!

— Perdoe-me, senhora, mas são..

— São regras, eu sei! Você não entende que ele deixou isso nas suas mãos porque não tinha uma mulher na casa? Antes que você pense que estou tentando roubar o seu lugar, pode parando. Eu não pretendo ficar aqui mais de dois anos, então, guarde suas regras para si! Tenha uma boa tarde. – entro em uma porta qualquer do terceiro andar, e dou de cara com o quarto de Adam. Legal.

 Legal

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