Capítulo 7

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ADAM MEDINA

Como se sente, faltando menos de vinte e quatro horas para o seu casamento?

— Como se muitos problemas só estão se aproximando. Devo me preocupar? Por que isso está me deixando louco. – bufo, pegando minha dose de conhaque e virando de uma vez. O líquido quente desce queimando por inteiro, e estranhamente isso me trás um alívio.

— Não sei, nunca estive em um relacionamento. – Vicent da de ombros, concentrado em seu joguinho no celular. – Luke, aconselha ele.

— Porra! Tenho nem o que dizer, minha situação foi completamente diferente que a dele. – a careta de Luke me faz soltar um riso nasal, e logo uma cara de tédio se forma em mim.

Meu casamento está mais perto do que eu desejava. Desde a trágica escolha do bolo, eu não tenho contato com a minha noiva, somente fiquei sabendo que Nancy - minha querida cunhada - foi visitá-la. Isso pode parecer loucura, mas eu estou me sinto mal por não ter pedido desculpas da forma certa. Somos noivos, afinal. Eu deveria ser menos babaca e ir atrás dela, mas nem pra isso eu sirvo.

— Papai! – um pequeno vulto passar por mim correndo, e vai até Luke, se pendurando em seu pescoço. Hector tem um sorriso em seu rosto. Luke passa a mão pelos cabelos castanhos e lisos do filho, e isso me trás uma sensação estranha.

— Cadê sua mãe, pequeno homem?

— Conversando a vovó. Peter fez cocô fedendo de novo. – ele coloca a mão no nariz, representando um cheiro desagradável. Sem aguentar com esse menino, acabamos todos caindo na risada, menos o pequeno Hector, que está sem entender. – Eu vim ficar com os homens, já que a vovó disse que eu sou um verdadeiro cavaleiro.

— Oh! Ela disse? – Vicent abre um sorriso maníaco. – E o que o senhor fez, para receber esse título tão importante?

— Massagiei os pés dela. – Hector põe as duas mãos na cintura, erguendo o peito como um verdadeiro homem. Sua expressão de satisfação, como se estivesse salvado a pátria, faz com que eu me orgulhe dele.

— Isso aí, fez a coisa certa! Realmente, você é um cavaleiro. – pego o pequeno homem de dois anos e meio, colocando em meu colo. – Continue assim, e logo, encontrará uma princesa pra você.

— Olha, Luke. Adam o romântico dando conselhos amorosos, para um menino de dois anos, que come meleca. – Vicent põe as duas mãos unidas em um lado do rosto, e faz cara de cachorrinho sem dono, com um sorriso irônico.

As vezes eu me pergunto o porquê minha mãe não me deixou afogá-lo. Hoje em dia, as coisas seriam bem mais fáceis se eu tivesse matado meu irmão caçula. Mas para minha infelicidade, minha mãe se importa demais com os filhos e não quer ver nenhum deles morto. Isso é uma tremenda falta de consideração comigo e com Luke, que temos que aguentar o filho dela o dia todo.

Não moramos mais juntos desde que fizemos dezoito anos, mas sempre estamos aqui na minha mãe, ou na casa de algum de nós. Sempre fomos uma família unida e fazemos questão de continuarmos sendo. Quero que meu filhos possam crescer ao lado da minha família, sentir o carinho que eu tive a minha vida toda. Uma coisa que não podemos negar é que; Dona Alice e Senhor Nathan, são os melhores pais que alguém iria querer.

Eu fui o primeiro a sair de casa, o que resultou em bastante drama da parte da minha mãe. Dois anos mais tarde, foi a vez de Luke, e minha mãe reagiu da mesma forma. Sete anos depois, Vicent chegou a maior idade e saiu de casa com um sorriso enorme, ali foi o auge da sofrencia para minha mãe, que até cogitou em adotar mais dois filhos.

— Vai se foder, Vicent. – mando dedo para o meu irmão, que sorri abertamente e me manda um beijo no ar.

 – mando dedo para o meu irmão, que sorri abertamente e me manda um beijo no ar

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