Capítulo 11

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LORENA MEDINA

Uau, trazer uma mulher em Maldivas é bem interessante. Principalmente, por ser uma lua de mel. – me viro para Adam, que coloca nossas malas em um canto qualquer do quarto.

— Espero que tenha gostado.

— Nunca vim a Maldivas – dou de ombros, tentando fazer pouco gasto, mas por dentro eu tô gritando de felicidade e emoção com isso. – Pode ser legal.

— Hm. – resmunga, sentando-se na enorme cama de centro e retirando o sapatos. Logo após, ele se levanta e vai até o closet e tranca a porta.

O que deu nele?

Será possível que o homem esta carrancudo aqui por hoje cedo? Gente, eu não fiz nada de extravagante, quando disse ao Ângelo o quanto os olhos dele são lindos. Merda, será que ele interpretou de forma errada? Com certeza. A questão é; porque estou me importando? Estamos nesse casamento forçados, e não preciso fingir que o amo, né?

Deixo isso de lado e vou até minhas malas, colocando as mesmas em cima da cama e retirando as roupas de dentro. Tenho que fazer um nota mental de bater em Chloe, por me fazer trazer tantas roupas e a maioria são sensuais para o meu "marido". Sei que não posso fugir muito disso, mas tentarei adiar o máximo possível!

Acabo de arrumar tudo em meu closet, que nessa suíte são dois closet, uma varanda, sala de jogos, escritório e cozinha americana. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, me livrando da minha roupa em seguida. Ligo o chuveiro em um temperatura média, já que aqui é bem quente e está quase amanhecendo.

Termino meu banho renovada. Escolho um conjunto de lingerie preto que se destaca em minha pele, uma calça longa de saída de praia, um cropped branco. Me direciono até a varanda, de onde posso ver tudo amplamente e pego meu livro para ler.

— O que você tá lendo?

— Estou estudando. – respondo, sem tirar minha atenção das letras miúdas.

— Você já não é formada em advocacia? Pra que continuar estudando? – quando eu ia dar uma resposta boa para o meu marido, movo meu olhar até ele e quase caio para trás. Adam está sem camisa, o que já é uma sanidade para os meros mortais. Ele tá usando um short soltinho.

— Sim. Mas eu pretendo me formar em juizado. – ele me olha surpreso e eu continuo – Meu pai sempre quis que eu fosse médica, mas pela primeira vez na minha vida, ele permitiu que eu escolhesse.

— Então eu terei uma meritíssima em casa? Uou, isso me parece bem interessante. – ele sorri, que quase me faz cair para trás com tamanha perfeição. Adam se senta ao meu lado, colocando sua garrafinha de água na mesa. – Estou feliz por você, saiba que pode contar comigo para tudo que precisar.

— Obrigada. – dou um singelo sorriso e volto minha atenção para as letras no livro. – Como foi pra você? Digo, ter que ser algo que impuseram você a ser. Eu não me imaginaria comandando uma empresa, sem a minha vontade.

— Não é fácil, Lorena. Mas as vezes precisamos pensar além do que vemos. – ele diz e eu fico sem entender. – Pense comigo, se eu não aceitasse, quem iria ficar no meu lugar? Meu pai já estava na idade de se aposentar, e eu não queria estragar o sonho do Luke por egoísmo meu.

— Mas foi egoísmo do seu pai, fazê-lo aceitar algo que não era da sua vontade. Eu admiro que você se sacrificou por seu irmão, mas isso ainda sim é errado. – coloco o livro na mesa e olho para o meu marido – Você deveria ter a liberdade de escolher, se iria ou não comandar a empresa.

— Eu entendo seu ponto de vista, Lorena. Realmente, não foi fácil deixar tudo para trás e seguir o plano de vida que meu pai tinha pra mim, mas eu sempre soube que era o melhor pra mim.

— Casar com uma desconhecida é o melhor pra você?

— Pode ser. – da de ombros, e se aproxima um pouco de onde estou, me fazendo engolir seco pela sua aproximação repentina. – Nunca sabemos o que a vida planeja para nós, então, relaxe e curta o momento.

E antes que eu pudesse contesta-lo, sou surpreendida com um beijo. Isso mesmo meros mortais, o delicioso do Adam me beijou. Suas grandes mãos febris agarram minha cintura, puxando meu pequeno e frágil corpo para o seu colo. Instantaneamente rodeio meus braços em seu pescoço, trazendo seus lábios para perto dos meus. Um novo beijo começa, dessa vez mais possesivo e necessitado. Que Deus me ajude!

 Que Deus me ajude!

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