Capítulo 4. Incrédula

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Há algum tempo Íris havia lido um pouco sobre amnésia dissociativa devido a um comportamento diferente de uma de suas crianças, lembrava-se bem das horas que passou lendo um livro sobre esse tema. Esse transtorno é quando alguém perde parte da memória sobre um evento devido a estresse ou trauma. Como se sua cabeça apagasse um trecho traumático do filme da sua vida.

Íris pegou um carro para voltar a escola, havia algo que tinha lhe sido tirado da sua mente, os eventos que ocorreram a pouco tempo se tornaram turvos em sua mente se perdendo, ela se lembra de Oliver se jogando contra ela, suas costas estavam doloridas devido ao impacto.

Observava a estrada tentando entender como esse tipo de coisa pode acontecer? Quer dizer por qual motivo eles fizeram isso com ela. Poderia ser algum tipo de provação divina?

Quando Íris chegou a secretaria da escola parecia preocupada, era um fato que Íris nunca se atrasa, estava sempre esperando a entrada de seus alunos.

— Professor, o que houve? — A secretária perguntou

— Sofri um pequeno acidente de carro, me desculpe por não avisar.

— Você está bem? — Ela analisou de cima a baixo, Íris estava um pouco suja e suas roupas estavam rasgadas.

— Sim, foi apenas um susto.

Alongar a conversa seria explicar que alguém jogou o carro em cima dela e isso estava longe de ser um desejo de Íris, queria que as pessoas soubessem o mínimo possível de sua vida.

Viu sua sala aberta, Cristiane estava dando alguma atividade aos seus alunos, ela era uma menina doce e gentil, havia acabado de se formar, Íris desenvolveu uma empatia pela moça, talvez fosse o fato de ser ver naquela garota cheia de sonhos.

Quando adentrou a sala foi recebida por todos seus alunos preocupados que viram seu dodói e foram gentis como sempre eram, era isso que precisava parar tirar da sua cabeça a ideia ridícula que estava sendo perseguida e ameaçada.

— Você está bem? — Cristiane perguntou depois que os alunos se acalmaram e voltaram aos seus lugares

— Sofri um pequeno acidente, foi mais um susto. Obrigada por ficar com as crianças.

— Que bom que está bem. Sempre que precisar de ajuda pode me chamar, professora.

Deu um aceno animado para crianças que falaram tchau felizes e juntas. Íris tentou acabar da sua mente a inquietude focando em seus alunos, mas vez ou outra ela se lembrava do que havia acontecido e a cena de Oliver se jogando em cima dela voltava a sua mente.

O tempo às vezes passava rápido e às vezes devagar, enquanto Íris pegava os brinquedos e lápis de cor espalhados pela sala, sentiu que alguém a encarava.

Era ele, Oliver, estava lá para, imóvel como uma estatua a encarando com um olhar tão intenso que poderia sentir como se ele enxergasse sua alma, seus olhos procuravam alguma coisa nos de Íris, mas o quê?

Refém por EnganoOnde histórias criam vida. Descubra agora