Quando voltaram ao apartamento onde eles se refugiavam, Íris foi para o quarto com suas coisas, sentia o peso da exaustão em seu corpo, cada movimento parecia ter mais esforço do que era realmente necessário, seu cérebro parecia desconectado a realidade. Deitou-se na cama, fechou os olhos, porem sua mente não se calava, ela estava sendo assombrada, seu corpo estava exausto mais sua cabeça ligada em uma tomada.
Íris rolava de um lado para o outro tentando lutar contra sua mente e dormir.
Após conversar com seus funcionários novamente procurando alguma atualização sobre o que aconteceu, Oliver acabou se deitando para dormir, as cortinas estilo blecaute o ajudaram neste quesito. Com tanto tempo na carreira, de alguma forma Oliver aprendeu a se desconectar.
Quando se levantou, já passava das 16h, saiu do quarto e viu que a porta do quarto onde Íris dormia estava fechada.
Chegando na cozinha notou um cheiro agradável, Íris havia cozinhado, talvez ela fosse o odiar, mais ainda era uma pessoa gentil, Oliver comeu o que havia na cozinha, quando terminou lavou a louça e voltou para a mesa para trabalhar um pouco.
Algum tempo depois ouviu um ranger de porta suave, Íris tinha levantando, ambos estava na mesma casa, porém não se viram em momento algum.
— Oi — Íris disse timidamente afastada de Oliver.
— Oi, Arco-Íris — Tentou manter o tom amigável para garota que estava presa com ele, seria melhor trabalhar assim. — Você está se sentindo bem.
— Estou um pouco cansada, mas tô bem.
— Cansada? — Oliver a olhou.
— Digo no sentido de entendiada.
— Entendi, meu bem. — Ambos ficara em silêncio, Oliver não desviava o olhar da tela — Partiremos em breve, seu tédio vai passar.
Íris despertou para sua realidade, ela não estava apenas entediada, estava presa nesta vida que não escolhe, Oliver tinha seu trabalho para o distrair, mais ela não tinha nada agora. Um leve rancor surgiu em si e ela voltou para o quarto, lá havia uma televisão talvez desse para Íris se distrair.
Oliver olhou para o relógio, passava das 23h quando Íris foi se deitar. Por mais que fosse deitar sabia que não conseguiria dormir, seu corpo estava cheio de adrenalina e pensamento.
As horas na sala foram de um pouco de silêncio, após parar de chorar Íris pediu desculpa por estar emotiva, mas ele sabia que estava acontecendo, era normal.
Por uns instantes Oliver pensou em sua família, ele e sua irmã eram cúmplices de tal maneira que ele jamais imaginaria nenhuma hora de sua vida sem ela, compartilhar, alegria e tristeza era o forte deles. Cada momento que eles seguraram a mão um do outro e se apoiaram.
Se não fosse a situação de Íris, se não fosse a morte de Luan, tudo seria tão mais fácil, tão... Oliver se perdia em sua culpa.
Ele pegou o telefone fixo, hora esquecida pela humanidade. A linha estava em nome de seu falecido avô, ele não trocou sequer o nome, a empresa jamais questionaria já que Oliver nunca deixou de pagar algo mesmo que fosse para um telefone sem uso de homem morto a mais de dez anos.
Digitou o número do celular de Gabi, cada toque parecia o deixar nervoso, talvez ela não atender fosse um sinal ruim.
— Alô? — Gabi atendeu o telefone, sua voz era de sono, já estava tarde.
— E aí maninha. — Oliver respondeu aliviado por Gabi ter apenas estar dormindo.
— Oliver? Ligando do fixo da família. O que houve?
— Sabe como é a vida.
— Você está bem? — Ela perguntou assustada
— Sim, preciso me afastar um tempo.
— As ameaças ficaram muito ruins?
— Sim, mas nenhuma envolve vocês.
O silêncio em ambos os lados da linha, Gabi se recordava do sofrimento de Oliver quando Luan morreu. Ele passou um dia todo atirando em um alvo.
— Envolve outras pessoas? — Gabi se referia a colegas de Oliver que tinham proximidade da polícia.
— Ai minha irmã — Oliver suspirou — Lembra do dia dos professores que levei flores para a professora da Juju? Fotografaram aquele momento e ela se tornou um alvo. — Fora segundos de silêncio, Oliver se sentia um canalha por estar aliviado do alvo ser ele e Íris e não Julieta e Gabriela — me sinto um egoísta por estar aliviado.
— Não se sinta assim. — Gabi tentava por telefone acalmar seu irmão
— é a Professora Arco Íris, escreveu uma carta demissão. Juju vai me perdoar?
— Não se preocupe com isso agora. Para onde vocês vão?
— Eu não sei — Oliver sabia mais preferiu não falar.
— Vai mandar notícias?
— Vou comprar um celular novo. Falo com vocês sempre que conseguir.
— Se cuida meu irmão.
— Você também, não esqueça se algo acontecer fale com Carlos.
— Pode deixar irmãozinho. Beijos. Te amo.
O telefone desligou, Oliver parou por uns instantes para pensar na noite horrível que estava tendo até agora, odiava ter que se despedir de qualquer pessoa. Costumava ligar o modo estou trabalhando e esquecer os sentimentos, ver Íris com os olhos vermelhos de tanto chorar era confuso com aquilo o afetava.
Oliver caminhou até o quarto para pegar uma toalha no guarda-roupa, tomar um banho e tentar dormir.
Ele passou pela porta do quarto de Íris, estava entreaberta, foi impossível não olhar para dentro, ela estava deitada de lado, dava para ver a marca da sua cintura, suas pernas estavam amostras.
— Você é realmente uma mulher bonita — Oliver analisava o corpo da jovem enquanto dormia. Ele suspirou e virou de coisa — não seja bizarro, Oliver, foco no serviço.
Oliver foi se deitar no sofá da sala, ligou a televisão que parecia mais um ruído branco já que não ouvia o que se passava a sua frente, estava imerso em seus pensamentos, sentido o peso daquela situação incomoda em que se encontrava. Seu coração batia forte de forma e a ansiedade começava a afetar seu julgamento, sabia que precisava agir e colocar um fim no que estava acontecendo, mas como? Quem era o culpado do que acontecia?
A cada segundo sua frustração e angustia aumentava, será que conseguiria resolver isso sem machucar Íris? Quem estava escondido por trás de tudo que acontecia com eles.
Olá, olá, olá amores.
Tudo bem? Eu sou uma autora que tem como combustível da comentários. Quanto mais comentar mais rápido o capítulo será liberado.
Capítulo escrito dia 11/12/2022.
-x-
vou dar um segundo oi pra vocês, revisão do dia 06/03. Me digam o que acharam, mudou muito?
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Refém por Engano
RomanceUma professora infantil que se torna alvo de ameaças após ser confundida com a namorada de um Delegado da Polícia Federal. Juntos eles tem que se afastar de todas as pessoas que amam para segurança delas e deles mesmo. Sabendo que eles tem que come...