Após o longo banho, Íris se sentiu pelo menos 30% mais alerta que antes e agora sua mente viajava em o que faria. Íris sempre teve um plano para qualquer tragedia da que viesse a acontecer na sua vida, ela gostava de estar preparada para tudo que poderia acontecer.
Estava inquieta e se sentia observada, será que havia câmeras? Era uma sensação estranha para Íris, por mais que ela tivesse estudado varias vertentes de psicologia infantil o estresse pós traumático pode atacar de tantas formas.
O som da vibração do celular contra a madeira, era suave mas chamou atenção de Íris, por algum motivo ela não desejava ouvir aquele barulho em sua mente apenas pensamentos negativos a rondavam, como se aquela moça cheia de esperança tivesse morrido.
Em sua mente ela imaginava alguém falando que Oliver estava morto, o número desconhecido apareceu na tela, além da tragedia de Oliver tinha ela havia matado uma pessoa, essa ligação poderia ser confronto, ela teria que se explicar perante a justiça.
Íris teve o inicio de uma crise de ansiedade, suas mãos e pés começaram a suar tanto que ao pegar o celular na mão ele quase caiu no chão..
— alô — a voz de Íris quase falhou ao sair do telefone.
— Senhora Rangel, meu nome é Elisângela, é do hospital onde seu marido está — Íris sentou na cama ao final das frases, sentia suas forças se esvair — Ele acordou e está chamando a senhora.
— Isso é sério?
A mulher do outro lado da linha soltou uma risada, talvez não fosse nada comum, mais Íris não esperava isso, apenas tragedia e algo tão bom assim era de fazer seu coração palpitar — Sim, senhora.
— Obrigada, muito obrigada.
Iris desligou o telefone, abriu a mala e pegou a primeira roupa que havia lá, talvez ela nem se ligasse em combinação por alguns segundos se perguntou se havia colocado roupas íntimas. Tirou a tolha do cabelo e correu até Patrícia, que trabalhava no computador concentrada em algo que ela não sabia o que era.
Eles eram todos assim, olhavam para tela com foco para analisar cada palavra que estava a sua frente, procurando em muitos casos erros, sinais, testemunhas, algo que deixaram passar. No caso de Oliver não era diferente, Servin não tinha agido sozinho, havia alguém com ele. Ele não sabia quem era.
— Ele acordou — A animação era palpável da voz de Íris — Precisamos ir.
Patrícia viu a animação de uma criança em Íris, talvez fosse isso que tivesse encantando Oliver, ela era diferente deles, ela tinha cores ainda coisa que a profissão havia tirado deles, aquele brilho no olhar.
— Fica calma, como ele acordou?
— A mulher me ligou do hospital e avisou que ele acordou, vamos, vamos, vamos.
Um sorriso, foi isso que Patrícia deu por alguns instantes pensou que ele poderia estar morto, muitas vezes o hospital chama a pessoa para ir até lá para não dar noticias trágicas por telefone, é protocolo médico, em razão disso ela conteve sua emoção ao mínimo possível.
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Refém por Engano
Roman d'amourUma professora infantil que se torna alvo de ameaças após ser confundida com a namorada de um Delegado da Polícia Federal. Juntos eles tem que se afastar de todas as pessoas que amam para segurança delas e deles mesmo. Sabendo que eles tem que come...