Capítulo 7. A viagem

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No dia antes da viagem, Oliver acompanhou a carta de demissão de Íris

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No dia antes da viagem, Oliver acompanhou a carta de demissão de Íris. As coisas pareciam estar ficando cada vez mais difíceis e distantes entre eles. Oliver tentava se aproximar e aliviar a tensão que pairava no ar.

Por outro lado, toda vez que Íris via Oliver, acabava ficando com raiva da situação. Deixar seu emprego, sua vida e largar tudo para ir embora para uma cidade cujo nome era paraíso - na mente dela, aquilo era um inferno. Ela estava vivendo um inferno naquele momento.

O relógio do celular de Oliver marcava 4h40 da madrugada. Ele estava pronto e apressado. Por sorte, suas malas já haviam chegado junto com seu notebook para trabalhar mesmo longe.

Ele caminhou até a porta do quarto onde Íris dormia. Ela penteava seus cabelos e os prendia em um coque alto. A tensão entre eles era quase palpável.

— Está pronta? — perguntou Oliver.

— Não — respondeu Íris, olhando para ele pelo reflexo do espelho. Seus olhos estavam frios e sem emoção. A tensão entre eles era palpável. — Mas vamos conseguir. Em breve vamos estar lá.

As malas de Oliver já estavam no carro. Ambos colocaram o cinto e saíram.

— Está preocupado? — perguntou Íris.

— Sim, mas estou tentando fingir que não estou — respondeu Oliver. Ele tentava manter a calma, mas a ansiedade transparecia em sua voz. — Será uma viagem longa e difícil.

— Não sabia que existia esse tipo de esquema — comentou Íris, a tensão entre eles só aumentando.

Por algum motivo, aquela frase deixou Íris ainda mais nervosa do que antes. Demorou trinta minutos para chegarem ao apartamento dela. Já passava das 5h da manhã. Oliver desceu com ela e, na cintura, tinha uma arma pronta para qualquer eventualidade.

Ao entrarem no apartamento, Íris ficou surpresa. Havia vidros quebrados, trabalhos de seus alunos espalhados por todo canto, tinta aberta, louça quebrada e a TV jogada no chão. As pupilas dela dilataram devido ao nervosismo.

— Fique calma. Vá pegar suas coisas — disse Oliver, tentando acalmá-la.

Íris correu para o quarto, que estava completamente revirado. Ela puxou a maior mala que tinha de dentro do guarda-roupa, tentou amontoar o máximo de coisas que conseguiu dentro da mala, esvaziou sua mochila e a encheu com roupas. Pegou apenas três pares de sapato e os colocou em sua sacola de mercado antes de sair.

Era estranho mesmo que Íris tivesse ido até sua casa já, não podia acreditar que aquilo realmente tinha acontecido. Era como se fosse um pesadelo.

Talvez toda essa ação tenha levado pouco menos de 15 minutos. Íris pegou o que lembrou e o que conseguiu. Quando voltou para a sala, Oliver estava parado diante de um vaso de vidro jogado no chão. As tulipas que ela havia ganhado estavam pisadas. A tensão entre eles era insuportável.

Refém por EnganoOnde histórias criam vida. Descubra agora