Epílogo

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Íris estava enfrentando um período de mau humor, sua instabilidade emocional tornava-se evidente com a gravidez. A cada momento, seu humor mudava drasticamente. Oliver tinha se casado com uma mulher calma e tranquila, mas agora ela o surpreendia com explosões emocionais, como aquele dia em que gritou com ele e, ao ser acalmada com um "calma amor", começou a chorar, sentindo-se agredida verbalmente.

A ideia de "até que a morte nos separe", proclamada diante do padre no dia do casamento, parecia, às vezes, uma realidade ameaçadora, pois Oliver já havia pensado que Íris pudesse matá-lo durante uma dessas mudanças de humor extremas.

— Íris, você está linda — disse Patrícia, abraçando-a carinhosamente. Íris trajava um vestido azul, indicando para quem ia a sua torcida em relação ao bebê que ela esperava.

— E muito chata, eu não sei como Oliver me aguenta.

— Com muito bom humor, eu diria. A médica disse que logo você voltará a ficar mais estável.

— Esse bebê nem nasceu e já me transformou em uma mamãe monstro.

Enquanto isso, no jardim, Oliver apareceu todo de branco e sorriu. — Pronto, me cheira, senhora Rangel, nenhum perfume ou sabonete que eu use dá vontade de você arrancar meus olhos.

— Desculpa, estou chata.

— Enjoada, você vai ficar bem.

Com sua ternura característica, Oliver abraçou Íris. Ele havia organizado a festa e estava empolgado, afinal, era o primeiro bebê do casal. A celebração contava com poucas pessoas, apenas os mais próximos. Íris estava tendo uma gravidez complicada e difícil, enfrentando muitos enjoos e mal-estar.

A festa contava com apenas 20 pessoas, as mais importantes para o casal. Íris não queria uma festa, mas Oliver insistiu.

— Podemos ir mais rápido? — perguntou Íris, suas tonturas haviam retornado, mas ela não queria preocupar Oliver.

— Tia, eu sei qual é o seu bebê — disse Julieta, aproximando-se.

— Você é muito esperta, Juju.

— Mas eu não posso contar.

— Tudo bem, amor. Existem segredos bons e ruins, e esse segredo é bom. Só não guarde segredos ruins, está bem? — respondeu Íris, afagando o cabelo da sobrinha com carinho.

Íris e Oliver se aproximaram da mesa onde todos estavam empolgados para o momento especial, embora Íris ainda parecesse um pouco abatida.

— Vai ter bolo? — perguntou Íris.

— Balão, amor — Oliver respondeu, referindo-se de onde sairia a notícia.

— Obrigada por desistir dos fogos de artifício.

— Faço o que minha rainha desejar.

Oliver pegou o balão e, em um estalo, os papéis coloridos brancos se transformaram em fogos azuis, que estouraram no céu em menos de dois segundos. Íris e Oliver se abraçaram animados com a notícia de que um menino estava a caminho, sendo filho deles. O nome já havia sido escolhido em homenagem a um amigo de Oliver.

Ele se ajoelhou e colocou a mão sobre a barriga de Íris.

— Que bom que você está vindo ao mundo, Luan.

— Que bom que você está vindo ao mundo, Luan

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Refém por EnganoOnde histórias criam vida. Descubra agora