No hospital o tempo passava de forma diferente, parecia mais devagar, tudo parecia sem cor e sem brilho.
Oliver passou quase uma semana tomando remédios forte pra dor e acabava dormindo e acordado o tempo todo, Íris tinha escolhido ficar no hospital com Oliver, então a maior parte do seu tempo ficava vendo ele dormir.
Havia feito amizade com todas as enfermeiras do andar já, sabia onde ficava a ala da maternidade e se ficasse triste ia olhar os bebês que tinham acabado de nascer. Era um tempo bom o que passava ali, pelo menos estava conseguindo colocar a leitura em dia.
Quando abriu os olhos com a dificuldade costumeira, Oliver olhou para poltrona onde Íris estava sentada sempre que acordava, em meio as confusões e incertezas de sua vida, ele sabia que ela estaria ali e isso o deixava confortável.
— Quanto tempo eu dormi? — Oliver perguntou.
— Pouco. — Foi o que ela disse após baixar o livro e sorrir para Oliver.
— Pode pegar um pouco de água para mim?
— Claro, meu bem.
Iris foi até a pequena geladeira que havia sido abastecida por Gabi com diversas coisas pra Oliver, pegou uma garrafa de água e um canudo que estava ali, ela colocou o canudo na garrafa e levou até Oliver. Ele puxou com força a água, parecia cansativo para ele.
— Está cansado? — Iris deslizou os dedos pelo cabelo de Oliver e sorriu.
— Me sinto sem folego.
— A fisioterapia vai te ajudar com isso, meu bem.
— Quero ir para casa. — Oliver falou fechando os olhos.
Não demorou muitos segundos para Oliver pegar no sono de novo, o médico disse ser normal ficar assim grogue por conta dos remédios de dor que tomava. Quando cortavam o efeito ele reclamava muito e sentia dores para se mexer. Não era por menos, Oliver estava muito ferido.
Íris acariciou os cabelos dele, haviam sido cortados pelas enfermeiras, ele ainda era um homem bonito mesmo com aquele corte de cabelo e hematomas pelo corpo quando deve ter se arriscado por tantas pessoas? Era estranho ele se arriscou por ela, uma pessoa desconhecida, por mais que tentasse juntar as peças não encaixava bem, como poderia ser uma pessoa vingativa que matou gente?
Tentava entender a situação mais nada justificava, ela não culpava Oliver, talvez se ela tivesse conhecido antes de tudo isso quem sabe a história não poderia ser diferente.
A vida era assim, intercorrências estranhas porem quando era o momento ele simplesmente acontecia, não se muda o passado mas sempre pode-se reescrever um futuro e neste momento ela pensava em fazer isso.
O médico apareceu despertando Íris de seus pensamentos, era a visita comum deles, ele era um homem de baixa estatura mais um sorriso gentil, usava um jaleco branco impecável fazendo seu nome bordado nas cores do arco-íris ganharem mais destaque.
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Refém por Engano
RomanceUma professora infantil que se torna alvo de ameaças após ser confundida com a namorada de um Delegado da Polícia Federal. Juntos eles tem que se afastar de todas as pessoas que amam para segurança delas e deles mesmo. Sabendo que eles tem que come...