Capítulo 15. Sinônimo de desespero

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As vezes o tempo parece passar tão devagar que não dá pra sentir

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As vezes o tempo parece passar tão devagar que não dá pra sentir. Oliver correu por todo os lugares buscando por Íris, após fazer uma varredura em casa voltou andar pelo as ruas do condomínio. 

Talvez todos os sinônimos de desespero fosse pouco para descrever o que Oliver estava sentindo naquele momento, a culpa estava o pegando em cheio, estava completamente tomado pela aflição, sua postura estava tensa e seus olhos buscava desesperadamente qualquer rastro de Íris. 

Seus lábios trêmulos mal conseguiam articular palavras coerentes, enquanto sua respiração ofegante parecia acentuar ainda mais sua angústia. A expressão em seu rosto era de puro desespero, como se a situação que o atormentava fosse simplesmente insuportável e inescapável. Parecia estar à beira de um colapso emocional, completamente dominado pelo medo e pela incerteza.

Já estava sem folego chegou até a cancela do condomínio, o porteiro ficou impressionado com a aparência de Oliver. 

— Tudo bem seu Oliver? — O porteiro ficou olhando para ele um pouco suspeito o desespero que Oliver.

— Eu tive um problema no cano de casa. Os encanadores já foram?

— Sim senhor. 

— Obrigado.

Oliver saiu novamente, precisava respirar para conseguir e pensar. Era pior ainda pensar nisso seu coração se apertava e ele sentia ainda mais ódio ao pensar no que as pessoas eram capazes de fazer com Íris. 

Abriu a porta e bateu com força, talvez tentasse descontar a raiva que estava naquele momento de si mesmo quase quebrou a porta. Abriu um livro que havia trazido, no final havia o telefone de Carlos e Patrícia. 

Ligou para Carlos, a cada toque seu coração batia tão rápido, cada segundo longe de Íris era algo que poderia fazer mal pra ela e parecia a cada momento mais cedo de ódio. 

— Alô — Carlos atendeu quando reconheceu o DDD da cidade de Paraíso. Aquilo deixou ele preocupado, fazendo com que ele começasse a gesticular dentro da sala para chamar atenção de todos. 

— Carlos.

— Doutor Rangel? — Ele sabia que a voz de Oliver tinha algo errado com eles. 

— Iris foi levada. Pesquise a placa PSE 1950. Veja a quem pertence.

— O que houve? 

Oliver juntava poucas coisas dentro de uma bolsa, colocando um colete a prova de balas, ao fundo dava pra se ouvir Carlos digitando e procurando qualquer pista sobre o a placa que Oliver havia acabado de informal, mas se tratava de uma placa adulterada. 

— Teve uma movimentação estranha, uma van, um cano estourado, aquilo não foi normal. — Não havia muito o que dizer nem sabia como explicar o que estava acontecendo aquilo. 

— Quanto tempo faz que ela sumiu? 

— Pouco mais de 20 minutos. Eu imagino que seja isso, pode ser mais — Após falar aquilo sentia vontade de jogar qualquer coisa na parede e deixar quebrar em muitos pedaços. 

— O rastreador aponta algo? — Carlos perguntou

Oliver tinha colocado rastreador em uma corrente que Iris usava sempre, antes meses deles saírem e se mudarem para Paraíso, sabia que aquilo era ruim e se ela soubesse iria tentar mata-lo mas agora era totalmente util.

— Sim, preciso de reforços urgentes.

— Estamos indo. Tome cuidado.

Olhava o ponto se mexer na tela de seu computador, aquilo era Íris e enquanto ela tivesse em movimento ninguém teria a tocado, levando em consideração que era apenas um homem que ele tinha visto todos os dias no trabalho. Isso deixava ele pensar que talvez que talvez se ele chegasse a tempo.

À medida que Oliver revivia os horrores que havia enfrentado durante sua noite de cativeiro, uma nova forma de medo tomava conta de seu ser. Desta vez, a ameaça era ainda mais insidiosa, uma vez que se tratava da possibilidade de perder Iris, a pessoa que mais importava em sua vida. A ideia de uma pessoa que amava sendo assassinada em decorrência de seu trabalho assombrava sua mente. Entretanto, agora que o perigo se aproximava de Íris, a sensação de impotência e desespero tomava conta de sua alma, levando-o a questionar até onde seria capaz de ir para proteger aquela que amava.

— Merda — ele sussurrou pra si mesmo, odiava a si próprio mais que tudo.

Colocou sua jaqueta grande de couro, carregou duas armas que ele tinha. Fechou o notebook e foi para fora de casa.

Ele restabeleceu sua fé em uma divindade que ele raramente recorria, pediu aos seus para que ninguém tocasse nela, ele mataria se isso fosse acontecer, mataria se alguém tocasse em um fio de cabelo dela por sua causa. Tudo parecia silencioso, não acreditava que alguém tinha levado Iris a luz do dia, todos ali iriam pagar, se alguém estivesse envolvido nesta situação ele iria descobrir. 

Ativo o rastreador no seu celular, observava a tela tão atentamente que sua vista ficou embaçada, desta forma Carlos estava recebendo um alerta. Oliver saiu em alta velocidade precisava chegar em Íris antes que alguém tocasse nela, o ponto parou em um galpão a quase 15km da cidade de paraíso.

O velocímetro do carro marcava uma velocidade vertiginosa de 120 km/h enquanto Oliver seguia em direção ao galpão abandonado. Ele sabia que Iris estava em perigo e isso aumentava ainda mais a angústia que ele sentia. A visão do galpão era de arrepiar, parecia ter saído de um pesadelo ou de um filme de terror. Era como se o próprio inferno tivesse se materializado diante de seus olhos.

O local parecia tão frio quanto o coração dos sequestradores. Oliver não conseguiu deixar de pensar no frio que Iris estaria sentindo e na possibilidade de que ela estivesse sofrendo maus tratos. Ele fez uma curva na pista e parou o carro em meio ao mato, a uma distância segura para não ser visto. Ficou ali, próximo ao galpão, tentando avistar algo através das janelas, que estavam cobertas por plástico. O silêncio só aumentava sua apreensão, já que ele não conseguia saber o que estava sentindo naquele lugar.

Oliver sabia que precisava agir, mas seus planos eram abstratos e ele estava preso em um dilema. Invadir o galpão poderia colocar Iris em risco, e isso era algo que ele não poderia permitir. Ele precisava pensar em uma maneira de resgatá-la sem colocar sua vida em perigo, mas as possibilidades pareciam tão remotas quanto um sonho distante.

 Ele precisava pensar em uma maneira de resgatá-la sem colocar sua vida em perigo, mas as possibilidades pareciam tão remotas quanto um sonho distante

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Eba, um capítulo novo, ou quase. Esse capítulo foi uma pequena divisão do "Família Servin" ele ficaria muito grande então dei uma quebrada.

Refém por EnganoOnde histórias criam vida. Descubra agora