Era sempre a mesma coisa.
As pessoas ficaram tão chocadas com o facto de ainda ser casto. Bom, eu dizia as pessoas mas não eram muitas na verdade. A maior parte delas até já esperava isso.
Olham para mim e pensam: bonito, introvertido, muito inteligente, nerd, virgem. Essa era a lógica das coisas. Maioritariamente até tentavam justificar que era porque eu me focava muito nos estudos. Mas não era essa a verdade, longe disso.
Era um pouco estranho para mim até certo ponto. A minha mudança de cidade era um facto que todos sabiam.
Todos sabiam que eu estava voltando para a cidade onde cresci, sabiam que eu não estava indo viver com os meus pais...sabiam que pelo meu ar de " Isolado e solitário" eu estava indo viver em um dos dormitórios da universidade...sabiam qual a universidade eu ia frequentar...sabiam que eu estaria estudando como bolseiro pelo meu tão bom desempenho fora do país...sabiam imenso sobre a minha vida.
Sabiam tanto que era como se eu fosse uma celebridade, as pessoas me tratavam como se eu fosse de outro mundo, como se eu fosse de vidro. Eu não era um prodígio, mas me tratavam como se eu fosse um gênio...eu realmente não me importava muito com isso, até já estava acostumado com as pessoas me vendo na rua e falarem o meu nome com muito entusiasmo.
Como o cara que vai levar a cidade a diante, que pode até, mudar o mundo...era assim como todos eles me viam...bom, pelo menos era o que eu achava... até eu conhecer ela, Skylar Quinn.
Ela era provavelmente a única pessoa que não me conhecia naquela cidade, e era estranho porque até nos noticiários havia informações sobre mim, pelo menos as da minha vinda sim.
Mas ela não, ela não sabia da minha existência, claro que depois passou a saber quem eu era mas ainda assim, com ela as coisas não eram do mesmo jeito. Ela era selvagem e simplesmente erótica, eu olhava para ela e sentia uma vontade imensa de tentar matar todas as minhas mais devassas curiosidades, claro que o estatuto dela também ajudou, mas a forma como só a linguagem corporal dela já me deixava quente era surreal.
Eu não era santo, podia ser virgem, mas eu tinha conhecimento das coisas, embora que não da maneira que eu gostaria, mas eu sabia exactamente como as coisas aconteciam, sabia perfeitamente qual era a sensação do desejo, eu assistia muita pornografia exactamente por isso.
Mas com ela? Com ela eu não precisava me esforçar para entender as coisas, elas simplesmente acontecem, e era exatamente por isso.
Era exatamente por isso que em todos os meus vinte e dois anos, eu estaria finalmente agindo em prol da minha maior curiosidade, o erotismo.
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Curiosidade Incessante
RomanceThadeo Mikk sempre achou que as suas crenças a respeito do erotismo eram muito vagas e superficiais e dessa forma nunca se deu a devida oportunidade de mergulhar no mar do prazer e sensualidade, bem como da devassidão e obscenidade. Ocasiões e opor...