Capítulo 22

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Eu já estava muito mais acostumada com aquilo, trabalhar não era fácil, mas fazer alguma coisa era obviamente satisfatório.

Já haviam se passado algumas semanas, o Thadeo e eu já estávamos mais familiarizados com a empresa e posteriormente com os funcionários. Almoçar com o Evan, o Luka e a Mabel se tornou uma constante para nós e aquilo até certo ponto era bom.

Infelizmente, de lá para cá não estava sendo possível eu ensinar absolutamente nada ao Thadeo de teor sexual.

Primeiro porque eu não me limitaria só com palavras pois isso ele já sabe é exatamente isso que tem me dado uma enorme dor de cabeça. Não está sendo como eu pensei, nós não estamos tendo tempo para nada, nem tempo e nem oportunidade.

Os pais dele estavam quase sempre em casa, o que impossibilitava de fazer alguma coisa, de tentar algo lá, embora, se eu quisesse abusar da sorte aquilo aconteceria sim.

Por outro lado, na empresa também não era fácil, o nosso chefe ou como eu o denominei " próximo erro que eu ia cometer" era super assíduo no que tocava a supervisão dos funcionários. Ele estava sempre vigiando, sempre controlando os passos do Thadeo, acreditava que tinha sido uma ordem do senhor Mikk ,o pai dele, mas ele ao vigiar o Thadeo também acabava me vigiando com toda aquela veemência e era sufocante. Estava me sentindo impossibilitada de agir. Não havia conversado nada com o Thadeo, simplesmente estamos só nos olhando, ele não sabe que é por não estar achando uma brecha ele deve estar achando que alguma coisa aconteceu e erra errado sim mas eu gostava demasiado do olhar que ele me lançava sempre que eu o provocava com alguma instituição, olhar ou gesto. Eu podia ver o fogo óbvio no olhar dele e aquilo...sim, eu não podia negar, alimentava o meu ego.

Mas, depois da tempestade há sempre a bonança, embora eu não soubesse que porras era bonança e o porquê que ela vem depois da tempestade, coisas boas iam acontecer. Era sexta-feira e os pais do Thadeo estavam viajando, para onde? Eles provavelmente tinham dito mas eu não estava me lembrando na verdade não mostrei toda a excitação e felicidade que eu senti ao ouvir aquilo quando a informação nos foi passado, já o Thadeo, ele só mostrou muito desinteresse, parecia mesmo que aquelas viagens não eram coisa nova na vida dele, e também boa tinha como ser, com a dimensão daquela empresa, acreditava que ele tinha crescido com os pais muito ausentes mas ele não queria falar sobre aquilo então eu não estava forçando.

Continuando, os pais do Thadeo estavam viajando durante alguns dias e estavam nos deixando a sós finalmente, e para melhorar ainda mais as coisas, a gente tinha recebido um convite dos nossos colegas de serviço ou como a Mabel gostava de falar " os nossos mais novos amigos".

Eles convidaram a gente para um jantar de amigos em algo como um bar ou restaurante, eu não entendi muito bem a explicação, pelo que a Mabel disse, aquilo era uma casa noturna ou também comumente chamada de boate, o Thadeo obviamente não sabia que para lá onde a gente estava indo, eu temia que ele fosse preferir ficar em casa lendo um livro então eu me limitei a dizer que era um jantar. E eu sinceramente não estava em posição alguma de exigir alguma coisa desde fosse para sair daquela casa e ter um pouco de privacidade com o Thadeo.

O encontro era às sete da noite, era seis e meia e os pais do Thadeo estavam se despedindo de nós.

— Nós não estamos viajando por tanto tempo assim, não se preocupem com nada. - A senhora Prince falou sempre com aquele sorriso acolhedor no rosto.

— A casa está nas mãos da Anna e a empresa o Hugh sabe perfeitamente como tratar, é simplesmente uma viagem de negócios. - O senhor Royce falou meio distraído, ele estava olhando no celular

Já havia notado também que aquilo era um comportamento bem constante nele, olhei momentaneamente para o Thadeo e o rosto dele estava neutro.

— Skylar...- A mãe dele me chamou e eu me virei para ela.— O meu filho as vezes pode ser meio...- Ela pensou por um pouco, como se estivesse pensando como ele era, e logo deu um sorriso de nervoso. — Bom, eu estou deixando ele nas suas mãos. - Falou e eu voltei a me virar para o Thadeo que agora já mostrava o desgosto.

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