A despedida

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Wendy narrando 

Dormimos como de costume, grudados um no outro. Se a cama fosse de solteiro nos caberia perfeitamente. O tempo amanheceu frio e tudo o que eu queria era ficar agarrada naquele homem perfeito. Levantei sem fazer barulho e Henry ainda dormia. As ondas no mar estavam altas devido a mudança de tempo. Desci até a cozinha e preparei um café da manhã especial pra ele. Quando acabei de arrumar a mesa e ia subir para chamá-lo, senti seus braços fortes me envolver.

- Caiu da cama é? Bom dia, meu amor. - Se aproximou e me deu um beijo.

-Bom dia! - Respondi depois do beijo. - Quis preparar um café pra você, como despedida.

- Está tudo muito cheiroso, abriu até meu apetite.

Sentamos na mesa e tomamos café com calma. Faltavam umas quatro horas pra Henry viajar e isso me causava angústia. Afastei os pensamentos ruins e me levantei após o café, sentando no colo dele.

Ele estava sentado na cadeira e eu sentei de frente pra ele, com uma perna pra cada lado.

- Promete que vai pensar em mim todos os dias... ? - Segurei seu rosto com as duas mãos.

- Todos os segundos dos meus dias. Você não sabe como está sendo difícil pra mim ter que deixar você aqui. - Eu olhava em seus olhos, enquanto estava no seu colo. - Se eu pudesse, mandaria outro em meu lugar, mas não tenho outro funcionário que possa fazer essa função. Aaah, Wendy... Como é ruim deixar quem amamos para trás. Sinto uma dor enorme no peito em ter que deixar você aqui.

- Quando tivermos filhos isso ameniza, pois não vou ficar sozinha. Apesar de ainda assim morrer de saudades de você.

- Mas isso ainda vai demorar, meu amor. Eu não quero filhos agora, eu quero curtir bastante você ainda. Um filho vai tirar toda a sua atenção de mim... - Ele fez um biquinho. - Você que eu sou extremamente ciumento, não sabe? Não sei como vou lidar com essa idéia, talvez eu tenha que trabalhar esse meu lado. Tenho medo de você viver cansada e eu ser excluído do seu dia a dia.

- No começo é cansativo, mas depois passa. Nós nos adaptamos.

- Vamos parar de falar de filhos e me beija... Daqui a pouco eu tenho que ir e eu quero aproveitar o pouco tempo que tenho.

Ele me puxou mas pra frente, pela cintura, enquanto enfiou uma mão na minha nuca. Começou a me beijar com desejo, depois ele ficou ali esperando eu comandar. Eu beijava com desejo, com saudade, com pressa. Ele se levantou comigo no colo, eu entrelacei as pernas nele e fomos até o sofá.

Me deitou no sofá, tirou meu hobe e a camisola de seda por cima da minha cabeça. Ele tinha pressa. Tirou o casaco do pijama e a calça, ficando completamente nu.

Eu estava deitada por baixo de frente pra ele, seus beijos começaram a ser distribuídos por meu corpo. Começou no pescoço e terminou nas minhas coxas. Ele me virou de bruços e deitou por cima de mim, com um braço ele apoiou na cama pra dividir o peso, com a outra mãos ele enfiou dois dedos na minha intimidade. Aquilo me fez gemer e rebolar.

Ele tirou os dedos e deslizou seu membro duro pra dentro de mim, ele fazia movimentos circulares, horas entrava e saía bem vagarosamente. Cada deslizada dele pra dentro de mim me causava vibrações intensas, uma vontade de senti-lo com mais força.

- Amor, vai mais forte, vai... - Eu gemia pra ele.  - Escutei o riso dele, como se desejasse  ouvir aquilo.

Ele me puxou pela cintura, me colocando de quatro. Se posicionou atrás de mim e voltou a me penetrar, dessa vez de uma vez só. Me fazendo arquear minhas costas, segurou no meu quadril e começou a dar estocadas.

Seu membro duro batia dentro de mim e meu corpo vibrava. Era daquilo que eu estava precisando. Se eu pudesse parava o tempo ou voltaria as horas, só pra ter mais tempo com meu esposo. Os movimentos foram ficando mais curtos, porém ainda profundos.

Chegamos no ápice juntos.

Enquanto ele se liberava em mim, ficou ali parado sentindo eu latejar nele.

As bolsas já estavam prontas, tomamos um banho juntos e aguardamos o motorista que o levaria para o aeroporto.

Ele sentou na cama e eu fiquei em pé entre suas pernas. Ele me abraçou pela cintura e colocou o rosto na minha barriga, enquanto eu fazia carinho em sua barba e em sua nuca.

- Deita aqui comigo? - Ele me puxou para a cama, me fazendo cair por cima dele

- Vai amassar sua roupa! - Gritei ao cair por cima dele, gargalhando.

- Deixa amassar tudo, eu só quero ficar grudado em você o máximo de tempo possível.

Ele me deitou de lado na cama, de costas pra ele e me abraçou, passando um braço por debaixo da minha cabeça. Jogou uma perna no meu quadril, ajeitou minhas costas e enviou o rosto no meu cabelo. Ficamos ali por alguns minutos, até o celular dele tocar. Era o motorista avisando que já estava entrando.

Ele calçou os sapatos, se levantou e entrelaçou nossos dedos, ficou um momento olhando nossas mãos entrelaçadas.

Saímos do quarto e fomos descendo em direção a sala. O motorista já tinha colocado as malas no carro. Paramos na entrada de nossa casa e ele segurou meu rosto com as duas mãos...

- Daqui a pouco vai chegar uma senhora aqui, pra te ajudar. Ela vai cozinhar e manter a organização da casa. Vem um jardineiro também, duas vezes na semana. O motorista ficará a sua disposição. Vai ter um segurança também, mas você nem vai vê-lo. O que você quiser comprar é só usar os cartões que eu deixei no quarto, faça uma senha pra eles, já estão com em seu nome.

Eu vou sentir muita saudade, muita saudade mesmo. Me atenda quando eu ligar... - Seus olhos ficaram rasos de lágrimas. - Desculpe não deixar você me levar no aeroporto, se você for eu não vou conseguir entrar no avião.

Eu te amo Wendy! Estou levando uma blusa sua, com seu cheiro para eu enfiar o rosto quando a saudade do seu toque e do seu cheiro for insuportável. - Ele tinha o olhar triste.

Puxei ele e o beijei, tentei colocar todo amor que eu sentia por ele ali.

- Eu te amo! Já estou com saudade. Volta logo pra mim... - As lágrimas escorreram no meu rosto.

- Não faz isso! Não chora... Fica mais difícil assim...  - Ele secou a lágrima do meu rosto com o polegar e colou os lábios nos meus, me dando um selinho demorado.

- Se cuida por mim... Eu te amo, Henry!

- Digo o mesmo pra você... Eu te amo, Wendy!

Ele me deixou na porta e caminhou até o carro, antes de entrar ele olhou para trás e mandou um beijo e mecheu a boca dizendo que me amava. Retribuí.

Ele fez um coração com as mãos e se virou, entrando no carro.

Fiquei ali observando o carro sumir, enquanto meu coração perecia que ia junto.

Feito para mimOnde histórias criam vida. Descubra agora