Capítulo final

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Wendy narrando

Enfim, chegamos em casa. Sou muito grata a Deus por tudo que eu passei e consegui sobreviver.
Teve dias que eu pensei que não ia conseguir, mas eu sempre busquei força em Deus, no meu adorável esposo e nos meus lindos filhos que o Senhor confiou a mim.
Desenvolvi um problema cardíaco, pelas emoções sofridas durante a gestação. Meu corpo não reagiu bem a toda a pressão sofrida interna e externamente.
No ponto de vista de Dr. Arthur, eu sou um verdadeiro milagre.
Agora eu tenho algumas restrições, nem poder carregar meus filhos no colo por muito tempo posso.
Devo evitar emoções fortes, esforços desnecessários, até certo os exercícios físicos estão restritos para mim.
Apesar de estar passando por tudo isso, sinto que valeu a pena.
Henry está dedicando todos os seus dias a nossos filhos e a mim.
Vejo seu olhar preocupado, ao mesmo tempo a preocupação se torna um cuidado infinito. Tento mostrar de todas as formas que sou grata, grata por tudo que ele tem feito por mim.
Tudo que ele me pede para fazer eu não reclamo e prontamente atendo.
Tenho um medo enorme de Henry adoecer, pois ele tem se dedicado muito a nós.
Após o nosso almoço de boas-vindas, nos direcionionamos para o quarto.
Acomodamos as crianças e nos deitamos para descansar um pouco.

- Wendy, pedi para trocar os números de telefone. Ainda não consegui descobrir quem ligou para você para passar aquela informação falsa, dizendo que eu tinha sofrido um acidente. - Enquanto ele falava, estava deitado de barriga para cima. Falava e segurava minha mão na altura de se rosto, contando o nó dos meus dedos.

- Você sabe o melhor a ser feito, meu amor. - Virei o rosto em sua direção e dei um beijo em sua bochecha. Isso o fez sorrir.

- Promete para mim que você não vai atender ligações suspeitas? Caso não tenha o número gravado não atenda, por favor. Se eu estiver por perto, você passa para mim. Estamos combinados? - Ele esticou o dedo midinho para mim, esperando eu colocar o meu junto ao dele, como um sinal de acordo.

- Estamos combinados! - Cruzei  nossos dedos e puxei pra dar um beijo.

- Eu te amo tanto, você é a cosa mais importante na minha vida. - Ele se virou e deitou virado de frente pra mim. Fiz o mesmo.

- Obrigada por tanto. - Cheguei pra frente e alcancei seus lábios.
Henry me beijou com delicadeza e muito amor. Me senti tão segura.

Os dias foram passando tão rápido e quando nos demos conta, já estávamos comemorando cinco anos de nossos filhos. Não teve mais ligações suspeitas e nossa vida estava tranquila. Nossos filhos são super saudáveis e calmos a mais arteira é  Cristal. Henry diz que puxou a personalidade dele, apesar de ser muito parecida comigo.
Durante esse tempo, tive algumas faltas de ar e tive que ser internada para acompanhar o funcionamento do coração.
Tenho levado uma vida tranquila e saudável.
Henry fica maior parte do tempo conosco.
As crianças, assim como eu, somos apaixonadas por Henry. Ele a cada dia se mostra um homem mais perfeito.

Nossos pais têm vindo visitar as crianças frequentemente, nossa família é perfeita. Nossos filhos têm recebido tanto amor... Tantas pessoas a nossa volta com tanto amor por nós.
Só podemos agradecer por todo benefício feito a nós.

As crianças entraram na escola com 3 anos de idade, todos amam estudar.
O mais carinhoso dos três é Adriel, se parece muito com o pai. Ele é um grude em mim. Já Aurora é mais chorona, enquanto Cristal não gosta de ser contrariada.

Cristal é muito agarrada com o Henry, e isso causa certo e ciúmes em Aurora.
Ele se dão muito bem e são todos unidos.
Cristal defende os irmãos quando vê algo suspeito.
Hoje ela quis brigar com uma coleguinha na escola, pois fez Aurora chorar.
Veio um bilhetinho em sua agenda para comparecermos no colégio.

- Cristal, o que houve na escola hoje? Gostaríamos de ouvir o que tem a nos dizer... - Disse Henry, ao sentarmos a mesa para jantar.

- Uma coleguinha fez Aurora chorar.  Eu falei para ela que se ela fizesse minha irmã chorar novamente ,eu a faria também. - Cristal falava com as sobrancelhas levantadas e de braços cruzados. Sua cara de brava era a coisa mais linda.

- Mas você sabe que isso é muito errado, não sabe? - Henry respondeu, enquanto tentava controlar seu riso.

- Eu sei papai, me perdoe. Isso não vai se repetir. - Ela abaixou a cabeça enquanto falava.

- Espero que sim, vocês sabem que a mãe de você não podem sofrer fortes emoções, não sabem?

- Sim. - Responderem em um som uníssono.

- Então eu conto com a ajuda de vocês, pode ser assim? - Eles fizeram que sim com a cabeça.

- Cristal, não é errado defender sua irmã ou seu irmão. O que não pode é você ameaçar as pessoas. Você quer ser uma criança ruim, que sair por aí amedrontando e coagindo outras crianças? - Perguntei olhando para ela.

- Não, mamãe. Me desculpe, eu fiquei muito irritada na hora. Só eu posso fazer a Aurora chorar. - Ela abaixou a cabeça e deu um riso fino.

Olhei na direção direção de Henry e cerrei os lábios, para não rir. Ele desviou o olhar imediatamente, pressionando os lábios. Ele olhava para fora pela porta de vidro, engolia a saliva e controlava a respiração, para não rir.

- Que isso não se repita novamente. Ok?

- Ok, mamãe!

- O que tiver acontecendo de errado deve ser comunicado a nós. Entenderam?

- Sim. - Responderam uníssono.

Após a janta, as crianças escovaram os dentes e foram deitar. Fomos no quarto deles, como de costume. Os beijamos e os abençoamos.

- Wendy, eu te peço desculpas. - Henry falava com ar de riso ao entrarmos em nosso quarto.

- Desculpas, por quê? - Sentei na cama , de frente pra ele e esperei a resposta.

- Essa lado da Cristal, é todo meu . - Ele tapou o rosto com as mãos e não conseguiu mais segurar o riso. - Minha mãe sempre falava que ia pagar quando fosse pai, está aí. - Ele ria tanto que seus ombros balançavam.

- Ah, então a culpa é sua? - Eu não me contive e comecei a rir também.

- Sim. Culpado! - Ele levantou uma das mãos. - Minha mãe tinha que ir várias vezes na escola, porque eu defendia meu melhor amigo. Assim como ela faz com a irmã.

- Então, será que a conversar não vai adiantar? - Coloquei uma não na testa.

- Eu acho que não, pra mim não adiantou. - Ele tapou a boca com uma das mãos. - Você viu aquela cara de brava? É idêntica a sua. Tem como não se apaixonar? - Ele ria pra mim.

- Socorro Deus! - Me joguei na cama e comecei a rir. Ele se jogou do meu lado, me puxou e me deitou em seu braço. - Minha cara fica assim quando estou brava, é?

- Fica sim, mais linda ainda. Vamos ter um trabalhão. Ainda bem que você é psicóloga.

- Ah é? - Nós riamos.

- Obrigado por me dar uma família linda e por ser a minha esposa. Eu te amo.

- Eu te amo, meu amor. Eu que agradeço por essa felicidade toda. Seja o que for, passaremos juntos. Se Deus nos deu eles assim é porque sabia que seríamos capazes de cria-los.

@autorawellendias


Feito para mimOnde histórias criam vida. Descubra agora