A chegada de Abner

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Wendy narrando

Já estou sentindo todo peso da gestação, cheguei nos sete meses. Já não consigo dormir direito, tenho sentido muita azia, meu corpo dói por causa do peso.
Mas sou grata por cada mês que se passa. É mágico sentir meus pequenos mexendo, o bebê que está na placenta diferente ainda não quer que saibamos o que ele é, talvez tenhamos uma surpresa. Sinto que só vamos descobrir no dia em que nascer.

Tiramos o dia pra ficarmos na praia, Henry arrumou tudo na areia e veio me buscar na sala. Estou andando um pouco mais devagar, o médico falou que posso não chegar aos nove meses, pois eles estão bem grandes. Só podem ter puxado ao tamanho de Henry.
Fomos caminhando vagarosamente em direção das cadeiras de praia e o guarda sol.

- Você é a coisa mais linda dessa vida. - Henry me ajudou a sentar e ficou me admirando sentada. - Como pode ficar mais linda a cada mês? - Ele se aproximou e ajoelhou na areia próximo as minhas pernas.

- É porque você não consegue se olhar com os meus olhos. Você é a coisa mais linda desse mundo. - Ele se abaixou em minha frente e beijou minha barriga. - Olha como estão sapecas... - Os bebês começaram a mexer após ele ter beijado minha barriga.

- Oi amiguinhos... Está faltando menos que antes, daqui a pouco vocês estão aqui fora. - Ele Sussurrou com a boca encostada na minha barriga. - Eu amo vocês!

- Será que eles vão gostar de praia?

- Eu gosto de praia e você de serra, vamos ver quem vão puxar. - Henry pegou minhas duas mãos e beijou. - De uma coisa eu sei, eu vou fazer a vontade de todos vocês. Eu vou ser o papai mais babão do mundo, pois marido eu já sou. - Ele ria enquanto falava, seus olhos brilhavam.

- Tomara que todos tenham seu lindo sorriso. Espero que sejam iguais a você... Eu sou tão apaixonada por você. Queria ter um mini Henry... Ou dois, ainda não sabemos o que o outro bebê é. Mas se for menina, que todos puxem você. - Segurei o rosto dele com as duas mãos. Ele ainda estava ajoelhado na minha frente, eu abri um pouco as pernas pra ele se encaixar ali. Ele levantou um pouco o tronco e me beijou.

- Eu prefiro que puxe você, em tudo... Sua personalidade, sua aparência, seu sorriso, sua alegria... Seus gostos... Você é perfeita em tudo! - Ele me olhava nos olhos enquanto falava, seu olhar era de amor. - Eu te amo, Wendy. Eu sou o homem mais completo do mundo.
Estou ansioso para vê-los. - Ele sorriu com os olhos, enquanto passava a mão na minha barriga.

- Eu também estou muito ansiosa para vê-los. - Coloquei minha mão por cima da dele. - Sou tão grata a Deus...

- E eu também!

O meu celular começou a tocar dentro da bolsa, Henry pegou pra mim. Quando vi o nome na tela já deduzi o que tinha acontecido. Do outro lado da linha havia um pai chorão, Peter chorava ao falar.

- Oi meus amigos, eu sou papai. Eu sou papai cara! Dá pra acreditar?

- Aaaah Peter! Parabéns. Que alegria!
Como está Alice?

- Ela está bem, daqui a pouco vou poder ficar com ela. O parto foi tranquilo, foi normal. Ela está sendo transferida pro quarto e eu vim ligar pra vocês. Cara, é muito louco esse negócio de ser pai. Saber que tem um pedacinho seu ali... Eu vou mandar a foto dele pra vocês. Parece que nascemos com o filho.

- Estamos muito felizes por vocês, Peter. - Disse Henry. Nesse momento já estavamos em prantos. Sentindo toda a alegria, pela chegada do nosso afilhado Abner.

- Muito obrigado meus amigos, vocês são os primeiros a saber. Estávamos em uma reunião do exército,um almoço, daí ela começou a passar mal. Falou que estava sentindo contrações, avisei que eu ia me retirar para levá-la no hospital. Enquanto fui informar ao comandante, as dores aumentaram. Foi só o tempo de eu ir e voltar, quando cheguei perto dela e a levantei ... A bolsa estouro. Foi uma loucura só. - Ele ria do outro lado da linha.  - Ele é a cara da Alice, vocês tem que ver! A coisa mais perfeita que eu já vi. Já envio a foto.

- Estamos imensamente felizes por vocês. Estamos ansiosos para pega-lo e dar um cheirinho. Manda nossos parabéns pra ela. Deus vos abençoe! Até mais! - Estávamos muito felizes por eles, queria dar um abraço em minha prima. Estava ansiosa pra pegar meu afilhado e primo no colo.

- Daqui a pouco seremos nós, Wendy.
Falta menos de dois meses. Você não me dá esse susto de bolsa estourar não, heim! - Ele passou a mão no rosto e coçou a cabeça.

- Semana que vem Dr. Arthur vai avaliar se terei que fazer uma cesárea ou vou ter normal. Nossos pequenos estão muito grande e gordinhos. Tem grande possibilidade de ser cesárea. Se for... Você não passará pelo desespero da bolsa estourando. - Eu ri pra ele e passei o polegar em seu rosto.

- Vamos na água comigo? - Ele estendeu a mão pra mim.

- Vou sim... - Segurei em sua mão, pra que ele pudesse me ajudar a levantar.  Ao levantar senti uma forte tontura e minha vista escureceu.

Henry narrando

Chamei Wendy pra entrar na água comigo, quando estendi a mão pra ela e a ajudei a levantar, ela ficou tonta e desfaleceu. Ainda bem que eu estava a segurando. A peguei no colo e caminhei o mais rápido que pude, com cuidado pra não machucar os bebês e nem ela. Entrei na sala de nossa casa, já entrei chamando por Tânia. Pedi que trouxesse água e ela veio logo com o copo de água na mão.
Deitei Wendy no sofá e elevei suas pernas. Ela foi voltando aos poucos, nesse meio período eu liguei para Dr. Arthur. Ele pediu para verificar a pressão dela assim que acordasse, pediu para ela repousar que ele iria atendê-la em casa.
Assim que ela acordou se sentiu enjoada, Tânia buscou um balde e ela vomitou um pouco. Ela bebeu um pouco da água e reclamou de dor na nuca. Assim que conseguiu ficar em pé, fomos caminhando vagarosamente para o quarto. Estamos no quarto do primeiro andar, ele é melhor para Wendy, pois não precisamos subir escadas. Ao verificar sua pressão, deu uma alteração muito grande, a sua pressão estava muito elevada. Isso nos causou preocupação.

Feito para mimOnde histórias criam vida. Descubra agora