006.- Não merece você.

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Sentei na varanda pra respirar um ar, não acredito que ele só não teve a cara de pau de me trair como também ele queria me usar.

Aquelas palavras que eu li mexeram comigo de uma forma inexplicável. Meus olhos começaram a marejar já não tinha pra onde correr.

De repente eu sinto uma mão nas minhas costas.

Antony...

-Ou o que aconteceu, cê tá melhor?.- ele disse parando do meu lado e eu só consegui olhar pra ele com meus olhos molhados.

-você tá com frio?.- ele perguntou quando eu comecei abraçar meus braços e eu assenti.

Ele me deu a blusa dele, eu tentei negar mas o Antony consegue ser mais teimoso que eu.

-Senta aqui.- ele me puxou pra um canto que tinha lá que tinha uns pufs enormes pra sentar.

Eu sentei num puff do lado dele e contei toda a situação, sem chorar e ele começou a rir.

-Do que você tá rindo?.- eu perguntei brava.

-Imagina como esse cara deve tá agora.- ele respondeu rindo e eu ri de volta.

-Lavando pratos, eu imagino.- disse e ele parou de rir e olhou pra mim.

Um silêncio se instalou sobre nós.

-Você deveria sorrir mais vezes, seu sorriso é bonito.- Eu disse pra ele. E ele deu aquele sorriso de canto de boca, aaaaaaa.

-Não costumo sorrir tanto.- ele disse e eu só olhei pra ele e mordi os lábios discretamente.

Pqp por que eu tinha essa mania justo perto dele?

-E agora?Eu tô toda arrumada e maquiada atoa.- disse e ele me olhou desconfiado.

-Atoa não.- ele disse meio bravo e eu sorri.

-É sim, agora eu tô toda linda e presa em casa.- falei me fingindo de triste.

Ele só levantou e estendeu a mão, eu olhei pra ele confusa.

-Vamo dar uma volta pra você se exibir.- ele disse me zoando e eu ri.

-Não dá, se meu irmão vê ele te mata.- disse me levando e ele me encarou.

-Tá, te busco as 21:00.

- Tá maluco? Meu irmão vai te matar.- eu fiquei cara a cara com ele, podia sentir seu perfume de perto.

-Você disse que queria sair, nada te impede. Eles não precisam saber que é comigo.- ele falou se aproximando mais de mim.

-Não sei. -Disse desviando o olhar e ele colocou a mão no meu queixo pedindo pra eu olhar pra ele denovo.

-To na rua de cima as 21:00, vou estacionar lá.- ele repetiu, sussurrando  no meu ouvido e saiu.

Meu corpo extremeceu, e eu engoli seco vendo ele sair pela porta.

Os meninos foram todos embora cedo, umas 20:30 não tinha ninguém além de mim, Neymar e Bruna na casa.

Retoquei a maquiagem e disse que queria sair sozinha pra tomar um ar e comprar uns livros. (Eu amo ler, tá aí um detalhe que vocês não sabiam.)

Meu irmão com um pouco de implicância liberou e a Bruna desconfiou mas não disse nada.

O Gol Certeiro -Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora