062.-Delighted.

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Ana Alice.

Eram 00:00 , nossas roupas estavam espalhadas pela casa desde o meu vestido na cozinha e o blazer do Antony jogado na escada. De repente nem o ar condicionado estava evitando de que eu sentisse a casa toda  quente, ou era eu que estava toda suada.

Eu estava deitada sobre o seu peito, no sofá, no grande e totalmente confortável, sofá. O Antony estava dormindo que nem uma pedra, com o edredom cobrindo todo o meu corpo e cobrindo até a sua cintura, e por mais cansada que o esforço físico me deixou, eu não conseguia dormir, não sei se era pela questão do Antony ter me chamado para morar aqui, ou a questão de Londres, mas tava com um pressentimento ruim.

Uma angústia no peito, tava quase roendo as minhas unhas, sem entender o motivo daquela sensação, de repente o meu celular começou a tocar. E com preguiça, peguei ele do outro lado só sofá e atendi, sem nem ver quem era.

A respiração ofegante e o silêncio apavoroso da Bruna me fizeram levantar do peito do Antony num pulo.

-O que foi, Bru? tá tudo bem?.- Eu perguntei extremamente preucupada, segurando a minha corrente no pescoço.

-Não, Ana aconteceu tanta coisa, o que você precisa saber é que seu irmão desmaiou no banheiro e está no hospital, precisamos que você venha, agora.- Ela exigiu e pelo tom da sua voz eu já percebi que as coisas não estavam boas, levantei do sofá de uma vez e acordei o Antony.

-O que ele tem? Ele tá bem?Tá acordado? Bruna me responde!.- O Antony levantou ainda meio sonolento e falou algo pra mim, provavelmente perguntando o que aconteceu mas eu estava tão concentrada com a Bruna ao telefone que nem consegui responder.

-Ana, vem para o Hospital, Ala 23 sala 21, do pronto socorro, só vem, aqui eu te explico tudo.- Ela disse e desligou o telefone.

Eu sou uma pessoa ansiosa, quando eu quero saber algo que me adiam eu fico muito nervosa. Quando ela desligou o telefone, eu encarei o Antony que me olhava ainda com uma cara confusa, pelado.

-Se veste, a gente vai pro hospital.- Eu disse pegando a minha bolsa e subindo pegar alguma roupa confortável.

Subindo a escada com pressa, eu senti minha pressão cair, e dei um tropeçada forte.

-Aí.- Eu murmurei me apoiando no corrimão e subindo a escada mais devagar.

Coloquei um conjunto moletom e quando desci o Antony tava me esperando com a chave do carro, tava com tanta pressa.

Entramos no carro e demos partida para o hospital, que ficava a 30 minutos de casa. No caminho o Antony estava cruzando a rua, quando eu comecei a sentir um enjôo pesado.

Meu estômago embrulhou e a minha cabeça deu uma pontada e eu apoiei minha mão na porta do carro num movimento rápido.

-Uou.- O Antony disse fazendo a curva e se virando pra mim.- Você tá bem?.- Ele perguntou dividindo seu olhar entre mim e a estrada.

-Tô, só um pouco.. enjoada.- Eu murmurei meio indecisa, segurando minha barriga.

Seguimos o caminho normalmente, eu tentei ignorar o que eu tava sentindo, honestamente não queria que o Antony ficasse preucupado comigo como eu tava com o Ney.

Quando cheguei no hospital fui correndo até a sala que a Bruna tinha me dito, quando cheguei lá, ela estava na parte de fora, com sua pele seca de tanto chorar, estava sentada num banco e logo pulou do mesmo quando me viu.

-Ana.-Ela estava bem, mas assim que eu a senti, ela molhou meu ombros com novas lágrimas, e eu estava tão nervosa e taí confusa não sabia que o estava acontecendo.

O Gol Certeiro -Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora