019.- álcool e desculpas

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Antony Santos.

Não pensei, fui até Ana e notei que ela tava claramente bêbada, joguei ela no meu ombro e a levei para dentro antes que acontecesse mais alguma coisa.

O Paquetá e os outros meninos foram pegar o Ney, e a Bruna  veio comigo.

Levei a Ana até o banheiro e segurei o cabelo dela enquanto ela vomitava.

Não sou do tipo de cara que se importa com todo mundo, Mas desta vez, eu realmente estava preocupado com ela.

-Aí meu deus, amiga o que vc fez?.-  Ela disse se apoiando do lado do vaso e colocando a mão nas costas da Ana.

O celular dela vibrou, o Pai dela estava ligando. Ela desligou mas ele ligou denovo e ela atendeu.

-Antony, eu preciso ir. Tenho um compromisso, tenta dar um banho nela. E juízo pelo amor de Deus,ela é minha melhor amiga.- a Bruna disse e eu assenti, ela saiu do banheiro com pressa e fez um sinal me ameaçando e eu ri.

-Antony, eu estraguei a festa?.- ela parou de vomitar e seus olhos começaram a marejar. Ela ainda estava sobre o efeito do álcool.

-Não amor, agora você precisa de um banho.

Liguei o chuveiro na temperatura morna, peguei shampoo e condicionador no armário e ela já tinha tirado a roupa, estava apenas com a calcinha vermelha da noite passada. Salivei, as vezes eu esquecia o que aquele corpo fazia comigo, mas eu tinha plena consciência que ela não estava dentro de si, logicamente não fiz nada.

Tirei a camisa pra não molhar e a coloquei debaixo da água. Pedi para que ela ensaboasse o corpo, e eu peguei um pouco de shampoo e passei no cabelo dela, massageando o local. Ela fechou os olhos e sorriu.

-Aí, isso tá tão bom.- ela disse meio embolada e eu ri.

Enchaguei o cabelo dela e passei o condicionador e ela se virou pra mim, e ficou me olhando.

-Você é lindo sabia.- ela disse sorrindo, seus olhos expressavam sinceridade, como se ela estivesse falando aquilo do fundo do coração.

-Você também é Ana, você não faz ideia, só não é como quando fica bêbada e joga o seu irmão na piscina.- eu disse e fez que sim.

Depois de muito custo, ela embolou o cabelo na toalha e eu ajudei ela a escovar os dentes, e a vesti com a minha camisa.

Ela subiu a escada, tropeçando, mas foi. Levei ela pra cama, apaguei a luz e liguei o ar condicionado, ela capotou e eu preferi deixar ela dormir em paz, fechei a porta e saí.

Quando eu tava cruzando o corredor, vi o Neymar sentado na cama do quarto dele com as duas mãos na cabeça, ele parecia chateado e pensativo ao mesmo tempo.

-E aí.- eu disse batendo na porta e ele fez um sinal para que eu entrasse.

- Obrigado por cuidar da minha irmã.- ele murmurou baixo, mas eu ouvi

-Não foi nada.- Dei um sorriso triste, ele me encarou e depois desviou o olhar.

-Você é um cara daoraz fico feliz que eu tenho a companhias igual a você. E me desculpe, A Ana nunca foi de beber desse jeito, não sei o que aconteceu.- ele disse olhando pra janela como se estivesse desabafando.

- Ela já tá melhor agora, quem sabe quando ela acordar vocês não consigam conversar.- Eu disse e ele me olhou reconfortado. E respirou fundo.

-Valeu.- ele me deu um abraço.

Eu entendo ele, ele tava preucupado e chateado, eles não parecem brigar com frequência, na verdade aparentam ter uma relação muito boa. Espero que seja um desentendimento passageiro.

O Gol Certeiro -Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora