O Gol Certeiro -Antony Santos.

049.- Queijo.

Fazia algumas horas que a porta que o Antony saiu sem dar nenhuma explicação foi aberta pela Bruna.

-Ana, o que aconteceu?.- Ela passou pela porta com um olhar de preucupação me viu encarando a porta.

Eu estava sentada na cama, abraçando meu corpo, com o rosto frio, não sabia o que falar.

-Nada Bru, porquê?.- Eu perguntei pra ela, tentando fingir.

-Certeza?- Ela perguntou arregalando os olhos e engoli todo o meu choro e assenti, com um sorriso falso.

-Ok então, eu e o seu irmão queríamos ir fazer alguma coisa hoje a noite, vc e o...

-Não.- Eu respondi antes que ela continuasse.

-Que?

-Ah, me desculpa, eu quis dizer que..O Antony não vai poder ir.- Quando aquelas palavras saíram de mim eu senti um aperto enorme no peito, não sabia explicar.

-Porque?.- Ela perguntou confusa.

Meu deus o que eu iria responder?

Eu travei, paralisei, não sabia o que dizer há ela, não queria dizer que tudo tinha acabado, mas eu não iria mentir pra ela, mas eu, ele, nós.

SAÍ DA MINHA CABEÇA!

-Ele não tá num dia bom.- Eu respondi simples e ela estreitou os olhos.

-Vocês brigaram?.- Ela perguntou com uma voz suave, e carinhosa, olhando nos meus olhos e senti meu coração amolecer.

Assenti, relutante e ela não disse nada, apenas me abraçou.

Seus braços aqueceram meu corpo, minha cabeça doeu, e eu fechei os olhos, sentindo duas lágrimas teimosas escorregarem pelo meu rosto.

-Não sei o que te dizer..- Eu murmurei em seus ombros.

-Não diga nada, só saiba que se ele não te ama, eu te amo.- Ela disse e eu sorri.

-Saíam vocês dois, aproveitem a noite, eu vou ficar por aqui.- Eu disse e ela deu um sorriso triste.

-Certeza que não quer que eu fique com você?.- Ela perguntou e eu neguei com a cabeça.

Liguei para o Paquetá e a Duda para eles irem com a Bru e o Ney, e disse que tomaria conta dos meninos.

Eles mereciam sair um pouco, então decidi dá uma de babá, sem contar que eles me fariam esquecer totalmente o que aconteceu.. eu espero.

Coloquei um jeans e um moletom clássico,passei um pó no rosto pra disfarçar a cara de choro e fui para o quarto do Paquetá.

Tava tentando ao máximo não pensar no Antony, acontece que isso era bem difícil quando tinham roupas e coisas dele por toda a parte, por sorte eu duvido que teria isso no quarto do Paquetá.

Tinha que fingir naturalidade, engolir todos os meus sentimentos e focar nos meninos.

Bati na porta e a mesma foi aberta pela Duda com um sorriso no rosto.

-Oi garota, tudo bem?.- Ela perguntou e eu entrei no quarto com um sorriso.

-Tudo e você?-eu respondi me virando pra ela, reparando que ela estava com um vestido verde e longo com o cabelo solto, linda.

-To bem também, na verdade eu to ótima né, obrigada por isso.- Ela disse apontando para os dois garotos que estavam no sofá assistindo Tv.

-Tá tudo bem.- Eu disse e o Paquetá deu um tapa na minha cabeça.

-E aí menininha.- O Paquetá me cumprimentou.

-Eu não sou mais uma menininha, eu sou uma adulta.- Eu disse isso pra ele e ele riu e me imitou com uma voz estranha.