028.- Peru

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Quando abri os olhos eu vi uma sala branca com uma luz no teto, eu estava numa maca, e ao meu lado tinha uma máquina medindo as minhas circulações.

Meu deus, eu entrei em coma? Faz quantos meses que eu não acordo? Meu irmão já tem filhos?O Antony já estava casado com uma modelo loira?

O Ney estava no sofá aí meu lado e abriu um sorriso quando me viu.

-Branquela você acordou..- Ele me deu um abraço e eu sorri.

-Por quanto tempo eu durmi?.-Eu perguntei confusa.

-Uma ou duas horas.

Ata, menos mal.

-Vai chamar a Bruna.- Ele ordenou pra uma enfermeira que estava no quarto com a gente.

Imediatamente o meu brilho sumiu quando eu lembrei o porque eu estava lá.

-Eu.. desmaiei? O que aconteceu depois? Ele foi preso?.- Meu irmão me olhou atentamente e de repente a porta se abriu, revelando a Bruna, com um sorriso amistoso.

-Oi meu bem, como você tá?.- Ela me perguntou e eu senti uma imensa vontade de chorar vindo átona.

-Eu tô bem, melhor agora.- Eu falei e eles sorriram.

-Nós puxamos a filmagem da câmera de segurança da sala, vimos tudo, temos provas. Já prestamos queixa e os policiais levaram ele.- a Bruna disse fazendo carinho na minha buchecha e eu senti um forte aperto no coração e uma lágrima escorreu dos meus olhos quando lembrei.

-Sinto muito pelo o que aconteceu, deveríamos ter chegado antes. - A Bruna disse e eu senti um pingo de arrependimento e tristeza no seu olhar.

-Não foi culpa de vocês.- Eu disse e meu irmão assentiu, triste.

-Vamos pra casa Ana, vai ficar tudo bem.- Meu irmão disse e uma enfermeira apareceu pra ver como eu estava.

Em geral estava tudo bem, eu desmaiei pela a situação ter sido muito caótica, mas já poderia ir para casa. Então eu, meu irmão, e a Bruna passamos no McDonald's para comer já que eu estava morrendo de fome e seguimos caminho para casa.

Já estava anoitecendo, o clima no carro não estava bom, estávamos em silêncio, meu irmão e a Bruna no banco da frente e eu no banco de trás observando pela janela, respirando fundo, tentando esquecer daquelas mãos no meu corpo.

Quando chegamos em casa, vi que tinha vários carros estacionados lá na frente, e senti meu coração esquentar quando notei que um deles era do Antony.

Engoli em seco. E abri a porta de casa, no sofá estavam minha mãe, o Paquetá com a sua esposa, O Richarlisson, o Vini Jr, e o Antony.

Todos eles se levantaram e vieram me abraçar, minha mãe foi a primeira. Tive que me segurar pra não desabar alí mesmo nos braços da. Depois foi a vez dos  meninos, eles me abraçaram e perguntavam se eu tava bem, eu fazia que sim e dava um sorriso falso e aconchegante, com uma ponta de dor no coração.

Quando chegou a vez do Antony ele me puxou para seus braços sem trocar uma palavra, sua expressão era fria, como se estivesse guardando raiva, nojo, e tudo que se tem direito.

-Você sabe o que aconteceu?.- Eu sussurrei no seu ouvido para  só nós dois escutarmos.

-Eu sei.- Ele disse me apertando mais ainda contra seu corpo.

Sentir seu cheiro me tranquilizou, por alguns minutos eu até esqueci onde estava. Meu corpo esfriou quando ele  foi obrigado a me soltar, a falta de contato fez eu sentir um vazio.

-Obrigada gente.- Eu agradeci com o coração nas mãos.- Acho melhor eu ir tomar um banho.

-Quer ajuda Ana?.- a Bruna perguntou com os olhos esperançosos.

O Gol Certeiro -Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora