012.- Festa de babacas 2.

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Chegou a vez do Antony, ele se levantou da mesa, sussurrou algo no ouvido do treinador e subiu no pequeno palco que tinha lá.

-Boa noite.- Ele disse com o microfone na mão.

-Boa noitee.- todos na sala responderam.

-Meu nome é Antony Santos, nasci em Osasco, São Paulo. E vim agradecer a esta...

Meus olhos encontraram os dele e ele travou. Ele me encarava com a boca entre a aberta e eu o olhava de volta mordendo os lábios discretamente pra disfarçar o sorriso.

- Está oportunidade tão única e..- Ajeitei meu decote e voltei a encará-lo quando ele ficou quieto denovo.

Os outros jogadores começaram a estranhar e a rir, o que fez ele tirar o foco de mim e continuar falando.

Ele deu um ótimo discurso, batemos palma, e o Paquetá  subiu.

-Arrassa.- eu gritei do meu lugar e todos riram e ele ficou envergonhado.

Sorri e me virei para perceber que o Antony saiu do palco e foi pro banheiro, então me virei novamente pra ver o Paquetá.

-Ele tava nervoso no começo né.- o Richarlisson disse só pra mim ouvir e eu concordei me fazendo de sonsa.

-Pois sé, por que será?.- disse e ele riu.

-Acho que é por causa de você, o seu irmão não te contou?.- Ele disse e eu o encarei confusa.

-O Tite pediu pra seu irmão evitar  te levar nos treinos porque  "desconcentra os jogadores", incluindo o Antony.- ele disse e eu sorri com a informação.

A gente passou o resto da reunião conversando e rindo, meu irmão entrou no embalo e começou a conversar com a gente.

Mas eu sabia que minha cabeça estava em outro lugar, na verdade em outra pessoa.

Fomos liberados e fomos pra festa, entramos e era um salão cheio de gente que nos aplaudiu quando passamos pela porta.

E de novo eu caí na mesma mesa que Antony, mas pra melhorar tudo agora eu sentava do lado dele, entre ele o a Richarlisson. E pra melhorar tudo a mesa era redonda.

Meu irmão estava em outra mesa, ele não gostou muito da ideia então trocou de lugar com o Fred, e se sentou de frente pra mim.

Enfim, começamos a conversar entrei si, eu nem olhava na cara do Antony. Não seria fácil assim pra ele.

As entradas chegaram juntos com o vinho, comecei a beber algumas taças e fiquei com calor, aproveitei pra prender meu cabelo num rabo de cavalo alto, que deixasse meu pescoço nu bem aparente.

Me virei pra olhar para o Antony, e ele desviou o olhar na hora e ficou sério.

-Antony cê tá bem? Parece meio puto.- o Thiago Silva perguntou pra ele.

-Tô normal, que isso.- Ele disse e eu ri.

-Puto ele já é.- eu disse e os meninos da mesa riram.

-Não "puto" de mulher, "puto" tipo bravo.- O Thiago respondeu.

"Ele é os dois aparentemente", falei bem baixo só pra ele ouvir, e ele contraiu o maxilar.

Alguém esbarrou na mesa, fazendo a taça de vinho cair sobre as minhas pernas descobertas pela fenda do vestido e eu fui para trás na hora.

-Aí desculpa..- a menina que esbarrou disse e saiu.

Eu peguei um papel que eu tinha usado para limpar a minha boca pra tentar secar o vinho das minhas coxas, mas sem sucesso.

-Eu ajudo.- o Richarlisson pegou um guardanapo de pano, (porque eu não pensei nisso?) E começou a secar.

Antony Santos.

O vinho caiu na coxa da Ana e ela foi pra trás com a cadeira, trazendo meus olhos para suas pernas. Engoli em seco.

O Richarlisson pegou um guardanapo de pano e ..

Ele tava passando o guardanapo na coxa dela???????

Ah não, já foi demais pra mim, não era pra ele estar fazendo isso, era pra mim estar fazendo.

O que eu senti aquela hora, fez eu perder a cabeça, eu tava confuso, me segurando a noite inteira, mas não dava mais.

Levantei da mesa num pulo só e fui explorar a propriedade.

Lá tinha umas escadas que eu fiz o favor de subir sem pensar duas vezes.

Entrei numa sala vazia que tinha apenas duas janelas e um carpete cinza.

-Antony!.- a Ana entrou na sala com tudo e disse meu nome num tom de raiva.

Não fiz nada, apenas a encarei com a respiração ofegante.

-O que foi aquilo? Você saiu com tudo da mesa? Não disse nada a noite inteira, Tá bravo porquê?.- ela disse parando na minha frente, séria.

Não consegui fazer nada além e de puxar ela pelo pescoço e beijar ela com força.

Ela retribui o beijo fazendo nossas línguas se encontrarem, ela me segurava pelo cinto da calça e eu bati as costas na parede. Estava tão insaciável que eu queria descontar toda a minha vontade naquele beijo.

Soltei ela pra recuperar o fôlego.

-Porque... Você me deixa maluco.- Eu disse ofegante e ela não respondeu nada, apenas me puxou pelo pescoço e me beijou de volta.

Meu corpo ficou quente, eu e ela estávamos começando a suar, mas que se foda.

Me virei  e ela soltou um gemido quando suas costas bateram na parede. Ataquei a boca dela denovo enquanto ela tirava meu terno.

A sala estava totalmente escura ao não ser pela luz da lua que vinha da janela do nosso lado.

Comecei a beijar o pescoço dela descendo o zíper do seu vestido.

-Não.. não Antony, não podemos fazer isso.. não aqui.- ela disse com a voz num tom que nem eu consegui ouvir direito.

Eu desgrudei nossas bocas e olhei pra ela, aqueles olhos acabavam comigo.

-Aqui não..-Ela falou colocando sua mão sobre meu peito que subia e descia pela adrenalina.

Eu assenti.

O Gol Certeiro -Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora