017.- Bom dia? Ótimo dia!

11.9K 574 167
                                    

Quando minha pernas já não estavam aguentando mais, eu e o Antony caímos com tudo no colchão. Nossos peitos subiam e desciam e meu coração estava acelerado.

-Caralho.- disse e me virei pra ele que me puxou pra perto.

-Presciso de água.- Ele disse e eu ri como um 'Eu também '.

Levantamos da cama, ele mais fácil que eu. Ele foi até o frigobar pegar algo pra gente beber e eu fui até a varanda que ficava em frente a praia, pelada mesmo, foda-se. Não tinha mais ninguém lá, só nós, nós dois.

Apoiei no parapeito e respirei o ar fresco que vinha do mar.

O Antony enrolou uma toalha em volta da cintura e me abraçou por trás, apoio sua cabeça nos meus ombros e ficamos lá em silêncio, o melhor silêncio da minha vida.

Sentir ele perto daquele jeito de mim fazia meu coração pular, sentir o cheiro dele, o corpo dele colado no meu depois de ter feito o melhor sexo da minha vida, era impossível.

-Tá pensando em que?.- ele me perguntou.

-Em nada, só tô vendo a vista.- eu disse e ele assentiu, fazendo carinho no meu braço.

-O que você quer fazer?.- eu perguntei e me virei de frente pra ele.

-Quero aproveitar cada segundo enquanto você estiver aqui no Brasil.- Ele disse me agarrando pela cintura e eu dei um selinho na sua boca.

-Me sinto mal escondendo isso do Ney.- eu disse e ele ficou pensativo.

Ele beijou minha testa enquanto eu brincava com a sua correntinha dourada.

-Você gostou?.- ele perguntou se referindo a corrente.

-É linda.- eu disse, e  ele desviou o olhar dos meus olhos e tirou a corrente de seu pescoço.

-Vira de costas.- ele pediu e eu neguei.

-Não não, eu não posso aceitar.

-Por favor.- ele pediu e eu virei relutante.

Ele colocou a corrente no meu pescoço distribuindo vários beijos alí.

Me virei pra ele de novo, segurei e observei a corrente, envolvi meus braços em volta de seu pescoço e o beijei. Como um beijo tão simples poderia ser tão bom?, Não sei mas eu amava.

(...)

Acordei desorientada da noite passada, eu estava deitada no peito do Antony e ele estava fazendo carinho em mim.

Quando eu olhei pra ele, ele estava como de costume, sério. E eu sorri.

-Bom dia.- murmurei e ele selou minha boca.

-Essa sua cara engana muita gente né.- Eu disse e ele me encarou confuso.

-É que.. na maior parte do tempo você tá sério, os meninos do time tem medo de você, o meu irmão fala que você é frio e marrento.- ele sorriu.- Mas, vc nunca foi assim comigo, por que?.

-Acho que eu não consigo ser assim com você, ou eu simplismente não quero.- Eu sorri e selei sua boca, ouvir aquilo foi estranhamente reconfortante.

A gente ficou conversando na cama, e se olhando. Era como se o nosso olhar fosse mais que um olhar, como se ele fizesse e dissesse coisas que nenhum de nós dois conseguimos ouvir.

-A gente precisa ir, meu irmão vai mandar a polícia atrás de mim.- eu disse e ele bufou.

-Falou pra ele que estava com uma amiga?

-Falei, mas ele quer que eu vá pra casa, acho que está tendo um churrasco ou algo do tipo.- Eu disse e mordi seu ombro. Ele murmurou um "Aí" e me desprendeu dos seus braços

O Gol Certeiro -Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora