Any Gabrielly
Eu estava no meu quarto, estava tudo escuro e o barulho de choro ecoava por todo aquele ambiente. Cocei meus olhos e acendi o abajour que tinha ao lado da minha cama para tentar identificar o que estava acontecendo e encontrei Sabina despertando também enquanto eu me sentava na cama.
Assim que ela pareceu entender o que estava acontecendo esfregou seus olhos e em seguida se levantou para ir até o berço que tinha ao seu lado na cama e logo tirou nossa bebê lá de dentro e tentou acalma-la em seus braços enquanto vinha se sentar na cama de volta.
- Acho que alguém está com fome. - Sabina falou baixinho e cansada enquanto nossa filha chorava sem parar em seu colo.
- Você puxou mesmo sua mãe Sabina ein filha. - Falei enquanto minha namorada colocava nossa filha no meu colo e eu abaixei um pouco minha blusa para amamenta-la.
- Verdade, ela é minha cara. - Sabina falou convencida enquanto nossa filha parava de chorar para poder mamar. Ela parecia estar realmente com fome enquanto me olhava com aqueles olhinhos cor de mel que chegavam a ser até mais claros que os de Sabina.
- Eu sempre vou achar isso uma injustiça, eu que carrego nove meses, eu que dou a vida e ela vem a sua cara. - Disse indignada com isso e Sabina riu enquanto acariciava a mãozinha da nossa filha que estava apoiada no meu peito.
- Ninguém mandou você ter ódio de mim a gravidez inteira. - Ela falou dando de ombros e eu a olhei séria fazendo minha namorada rir de novo e me dar um rápido selinho. - Relaxa que da próxima vez vai vir nossa mini Any pra realizar de vez o meu sonho de ter uma mini cópia sua.
- Nada mais justo do que isso. - Falei e novamente Sabina riu me fazendo rir também e ela deu um beijo na minha bochecha e outro na cabeça da nossa filha.
-x-
Fui abrindo meus olhos de vagar quando senti uma claridade forte batendo no meu rosto, pisquei algumas vezes para me acostumar com isso e depois olhei para baixo estranhando um pouco não ter nada nos meus braços e já estar de dia. Dei uma olhada pelo meu quarto e o berço também tinha sumido e só tinha Sabina abraçada comigo me fazendo perceber que tudo aquilo não passou de um mísero sonho e que nós não temos nenhuma filha.
Mas foi tudo tão real que eu pensei realmente que era nossa vida e me magoou acordar e ver que por minha culpa aquilo não era realidade e que o nosso bebê tão lindo e fofo não existia.
- Humm Any... - Ouvi Sabina resmungar enquanto eu tentava tirar seus braços da minha volta porque eu precisava respirar direito depois desse senho.
Quando eu finalmente fiz ela parar de me abraçar me sentei na minha cama e respirei fundo algumas vezes enquanto sentia algumas lágrimas cairem pelos meus olhos. Esse tipo de sonho acontecia com muita frequência à meses atrás quando tudo aconteceu mas agora eles já tinham parado então foi bem difícil sonhar com um bebê nosso depois de ter passado a noite com Sabina e meio que ter me acertado com ela.
Isso não é justo, parece que sempre que eu estou bem e feliz meu cérebro da um jeito de estragar isso me fazendo lembrar do quão burra eu fui por ter escondido nosso filho e acabado com as chances de vê-lo nascer e crescer. Sempre que eu me lembro disso me sinto a pior pessoa do mundo e como se já não bastasse tudo que eu sofri durante todos esses meses, agora que eu estou melhor com o amor da minha vida vem esse sonho de novo só pra me lembrar o quanto eu fui burra e ruim para o meu filho e para minha namorada.
- Elly o que foi? - Ouvi Sabina perguntar com a voz meio sonolenta enquanto eu olhava para o lado do quarto que, no meu sonho, era onde ficava o berço da nossa filha. E nesse momento o meu maior desejo era que aquele sonho fosse real. - Por que você tá chorando? - Perguntou preocupada enquanto se aproximava de mim e em seguida me puxou para os seus braços.
![](https://img.wattpad.com/cover/261283020-288-k387023.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha colega de quarto (Intersexual)
FanficSabina Hidalgo nova aluna, intersexual, que acaba se apaixonando por Any Gabrielly, uma das mais populares da escola que ficava com todo mundo e não se apegava a ninguém..bom, não até Sabina chegar.