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- Quando você viaja? - William perguntou curioso.

- Daqui a dois dias. - Lunna comentou. - Você deveria ir comigo.

- Deus me livre disso. - Bonner falou e a mesma rolou os olhos.

- Tô falando sério. - Lunna disse e fez bico.

Bonner franziu a testa e observou a mesma com os olhos fechados e um bico formado em seus lábios, fazendo-o negar com a cabeça.

- Eu não posso largar o jornal e ir para o Equador com você. - William falou.

- ou, é só colocar outro jornalista em seu lugar. - Lunna choramingou e voltou a abrir seus olhos. - Tenho certeza que Renata não ficaria chateada se você pegar alguns dias de folgas.

- Garota, não é assim que a banda toca, ok? - William disse e a mesma bufou.

- Você não é o diretor maior do jornal? - Lunna questionou e Bonner ergueu uma sobrancelha. - Você que manda nesse jornal.

- E boninho que manda em mim ainda. - Bonner a lembrou.

- Ah, creio que o boninho é um problema de menos. - Lunna disse e Bonner negou com a cabeça. - Por favor, vamos comigo pro Equador, não me deixa sozinha.

- Lunnita, qual é o seu medo dessa viagem?- o jornalista perguntou fazendo-a suspirar.

- Que tudo dê errado e eu não tenha ninguém pra me socorrer. - Lunna respondeu e deitou sua cabeça no ombro do seu amigo. - E se ele não gostar de mim da mesma forma que virtualmente?

- Eu digo graças a Deus por ele. - Bonner brincou.

- Bonner!? - Lunna indagou e o jornalista riu.

- Ele vai gostar de você. - Bonner garantiu.

- Você tem certeza? - Lunna sussurrou. - Tenho medo dele não gostar de mim e nós nos afastarmos. - comentou.

- Lunnita, é impossível não gostarem de você. - Bonner garantiu. - É ser apenas você mesma.

- Esse é meu medo. - Lunna confessou e tirou sua cabeça do ombro do jornalista.

- Tem medo de ser você mesma? - Ele questionou e ergueu uma sobrancelha.

- Exato, e se ele não gostar da minha forma de ser? - Lunna questionou curiosa.

- se ele não gostar de você, ta tudo bem. - Bonner comentou e sorriu. - Creio que quem vai perder é ele e não você. - garantiu.

- Não ta tudo bem.

- É claro que está tudo bem, Lunna Melchior. - o jornalista disse e Lunna negou com a cabeça. - Sua vida não vai parar se por acaso ele não gostar de você e não quiser mais manter contato.

- Eu vou chorar se isso acontecer. - Lunna confessou.

- E eu vou estar ao seu lado para te amparar. - Bonner garantiu e a mesma sorriu. - Quantas vezes eu fui o seu amparo em? - fez careta. - Dessa vez não vai ser diferente.

- Obrigada por tudo. - Lunna agradeceu sincera.

- O quê eu não faço por você, não é mesmo? - Bonner disse e negou com a cabeça fazendo a jornalista rir.

- você é meu pai, queria o quê? - Lunna brincou e o mesmo fez careta.

- Eu teria te dado para o orfanato a anos. - Bonner respondeu e a mesma rolou os olhos.

E então, Lunna o abraçou, sendo retribuída na mesma hora.

A amizade deles era daquela forma, cheia de provocações, mas no fundo existia amor e lealdade.

CANTADAS ― PEDRO GUILHERME Onde histórias criam vida. Descubra agora