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- COMO ELA ESTÁ? - Bonner entrou gritando na sala de espera fazendo Pedro se levantar do sofá. - Por favor, me diga que ela ta bem e salva. - pediu angustiado. - Ela não pode brincar com meu coração assim.

- Ela ainda está em cirurgia. - Pedro respondeu e o jornalista encarou o jogador.

Bonner estava abalado e havia chorado. As olheiras abaixo dos seus olhos e o vermelhidão neles, entregava o choro presente. Tata não estava diferente, a cara de choro não negava.

Mas, quem que não iria chorar na altura daquele campeonato? Pedro chorava sem parar...

- Eu si.. sinto muito. - Pedro sussurrou com a voz falha e recebeu o olhar do jornalista sobre ele.

- Pelo quê? - Bonner questionou e andou lentamente até ele.

- Foi tudo minha culpa. - Pedro disse e Bonner piscou os olhos. - Ela não deveria ter entrado no carro, eu deveria ter contado a verdade antes dela descobrir. Meu Deus, eu sou o único culpado. - soltou de uma vez e passou suas mãos em seu cabelo. - Me desculpa, me desculpa mesmo.

- Do quê você está falando? - Tata questionou confusa. - de quê verdade você tinha que contar?

- A apos...

- Eu acho que não é um bom momento para essa conversa. - Gabriel comentou e afastou Pedro para trás. - Todos estão aflitos e isso pode não acabar bem.

Gabriel sabia a confusão que aquilo poderia dar naquele momento, afinal todos estavam de cabeça quente e qualquer assunto poderia se tornar uma bolha e estourar.

- Deixa ele falar, Gabriel. - Bonner mandou com a voz firme. - Porque agora eu quero saber onde entra a culpa dele nesse acidente. - indagou e parou na frente do jogador. - Vamos, fale de quê verdade é essa. - mandou.

- Bonner, por favor. - Tata pediu e segurou no braço do jornalista. - Esse momento não é uma boa hora para acharmos um culpado ou não.

Pedro respirou fundo e encarou o jornalista a sua frente, vendo que o mesmo já o olhava atentamente.

Como que ele ia contar aquilo para o jornalista? Com quê coragem ele iria falar da aposta? Não que a aposta fosse algo absurdo, porque não era a integridade da Melchior que estava em jogo, foi apenas uma aposta de resposta.

Só que nem todos poderim encarar aquela "aposta" como algo divertido e sem maldade, mesmo sabendo que em nenhum momento existia maldade. Nem todos pensavam igual e esse era o medo do Pedro Guilherme.

- Uma aposta. - Pedro comentou e Bonner ergueu uma sobrancelha. - Ela escutou Gabriel falando que eu havia perdido uma aposta e no fim sai noivo.

E em um gesto rápido, Bonner voou na gola da camisa do jogador, fazendo todos se assustaram com aquela atitude.

- Gente, se acalma, por favor. - Gabriel pediu em um sussurro. - Confusão não vai resolver nada e não vai curar a Lunna. - comentou. - E ela não gostaria de vê-los brigando, pensam nela antes de qualquer conflito.

- Você perdeu o juízo? - a voz do jornalista saiu mais grossa que o normal e foi inevitável não perceber o tom de raiva. - Isso não é possível, não é. - rapidamente ele negou com a cabeça.

- Bonner, solta ele. - Tata mandou assustada. - por favor, solta.

- Me desculpa, não foi por mau. - Pedro pediu manhoso. - Eu não sabia que isso ia acontecer.

- Me surpreende que você fala tanto de Deus e foi capaz de uma coisa dessas. - Bonner ressaltou e o camisa vinte e um sentiu o peso daquela frase. - Ela não merecia isso, ela não merecia que você brincasse assim com ela.

CANTADAS ― PEDRO GUILHERME Onde histórias criam vida. Descubra agora