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LUNNA MELCHIOR

- Senhora, acorde, por favor.

"- Quem é? Eu não reconheço essa voz. - Comentei e Vovô sorriu ao me olhar.

- Estão te chamando, Lunnita. - Vovô me olhou atentamente. - Você tem que voltar, ainda tem uma vida maravilhosa para se viver e compartilhar com pessoas incríveis.

- Eu não tenho mais forças para lutar. - Confessei e Vovô negou com a cabeça.

- Você é uma Melchior e uma piauiense arretada, a força sempre irá andar com você, não esqueça disso. - Vovô garantiu e tocou no meu peito. - e eu sempre estarei aqui cuidando de você. "

- Senhora, reaja, por favor. - a voz pediu desesperada.

" - O senhor acha que eu lembrei disso? - Pergunto e ele nega com a cabeça.

- Será uma vaga lembrança na sua memória. - Vovô disse e toca no meu rosto. - Lembre-se que eu sempre amei você, minha pequenina. - ele se esticou e depositou um beijo na minha testa, fazendo eu fechar meus olhos. "

- Acorde, por favor. - A voz pediu mais uma vez e assim eu fiz.

Abri meus olhos lentamente até se acostumar com a claridade da luz estampada em meu rosto e então, olhei em volta observando aquele quarto de hospital de cor branca.

- Bem vinda de volta, senhora. - Ela comentou e eu a olhei atentamente. - Tivemos algumas complicações, mas a senhorita mostrou o quanto é forte e lutou por sua vida. - disse e eu pisquei meus olhos. - Você está sã e salva.

- Oi... - minha voz saiu arrastada.

Lutei? Eu fui forte? Eu sou uma piauiense arretada então...

Desviei meu olhar e observei a porta do meu quarto se abrindo, o olhei atentamente e observei ele andando em minha direção em passos rápidos

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Desviei meu olhar e observei a porta do meu quarto se abrindo, o olhei atentamente e observei ele andando em minha direção em passos rápidos.

Ele estava nervoso, eu pude perceber isso de longe.

- Melchior, eu não estou acreditando que tudo deu certo, meu amor. - Ele falou com um sorriso largo e tocou em meu rosto com suas duas mãos. - Você não imagina o quanto eu implorei a Deus para não te levar e finalmente ele ouviu minhas orações.

- Quem é você? - Perguntei com uma feição confusa e observei seu sorriso sumindo aos poucos.

- Meu Deus, você não tá lembrando de mim? - Ele perguntou com o semblante triste e foi tirando suas mãos lentamente do meu rosto. - Não, não pode ser. - passou suas mãos em seu rosto. - Isso não é possível.

CANTADAS ― PEDRO GUILHERME Onde histórias criam vida. Descubra agora