LUNNA MELCHIOR
Eu estava nervosa. Muito nervosa.
Sabe aquele momento que você sente que seu coração vai parar de bater? As pernas travam e não conseguem mais andar? As mãos trêmulas.
Aquele momento poderia ser a hora da minha morte, mas era apenas o momento que eu estava escolhendo qual roupa usar no encontro com Pedro.
PUTA MERDA, EU VOU SAIR COM O PEDRO GUILHERME.
Sozinhos... sem ninguém... somente eu e ele.
MEU DEUS....
E se eu falar alguma merda? Ok, o quê pode ser pior do quê mandar cantadas pedindo pra mamar ele?
Bom, cair na frente dele se torna pior?
E se ele não gostar da minha risada exagerada? E se ele não gostar do meu paladar infantil?
MEU DEUS.
E se Pedro se arrepender de ter marcado esse encontro?
Deus, se você me ama, faz eu me acalmar pelo menos um segundo.
Lunna, você está desesperada demais, ele gosta de você, não tem o quê temer. O anjinho falou em meu ouvido.
Verdade, ele gosta de mim. Já nos conhecemos e ele sabe como eu sou. Não tem nada a temer ou tem?
Se encontrar uma vez é diferente de um jantar, então se desespere sim. O diabinho sussurrou.
Meu Deus, ele tem razão.
Lunnita, ele não tem razão.
Tudo que eu mais tenho é razão.
- CHEGA, VOCÊS VÃO ME DEIXAR DOIDA. - Gritei ao passar minhas mãos em meus cabelos e em seguida me jogo na cama.
A roupa, Melchior... vai escolher uma roupa e deixa de choramingar.
- Eu não tenho nenhuma roupa decente. - choraminguei.
Jornalista famosa e não tem roupa? Me poupe, Lunna.
Me sento na cama e pego meu notebook, entrando no facetime e ligando para meus amigos.
- Gente, socorro. - Gritei ao aparecer em frente ao notebook novamente.
- Mulher, se acalma, pelo amor de Deus. - Tata pediu me fazendo suspirar.
-Cada vez que você me pede calma, eu surto muito mais. - Falo e olho para os três na tela.
- Eu ainda não acredito que vocês ligaram para mim, pra poder ajudar em uma escolha de roupas. - Boninho falou ao negar com a cabeça. - o quê eu estou fazendo da minha vida?
- Tá fazendo merda desde o momento que permitiu que Lunna fizesse parte da sua vida pessoal. - Bonner resmungou e eu franzi a testa.
- Te ligamos pra você não ficar excluído, palhaço. - Tata retrucou.
- E se não quiser participar, é só clicar no botão vermelho e desligar a ligação. - falei e meu chefe sorriu.
- Eu posso mesmo?
- Não, você não pode. - disse e vejo ele bufar enquanto os dois riam.
- Boninho vai ficar na ligação por livre e espontânea pressão. - Tata falou entre a risada.
- Relacionamento abusivo. - Boninho comentou.
- Em que mundo um chefe ajuda a sua empregada a escolher uma roupa para um encontro? - Bonner brincou e soltou uma risada.
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CANTADAS ― PEDRO GUILHERME
Fiksi PenggemarPedro Guilherme pregava tudo que achava correto seguindo as leis de Deus. Gostava de sempre andar na linha e tinha Deus sempre vivo em seu coração, mas o que aconteceria quando resolvesse responder uma cantada que fugia totalmente da sua zona de con...