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PEDRO GUILHERME

Comecei me arrumar para a minha despedida de solteiro e já com medo do quê os meninos aprontariam para mim. Eu sei.... Eu sei que eu jurei de pés juntos que não iria fazer uma despedida, mas tem alguém que pare Gabriel Barbosa?

Ele fez birra tanto quanto uma criança de cinco anos e cismou que não iria me deixar casar caso eu não fizesse a despedida. Eu tive medo dele sei lá... Me sequestrar horas antes do casamento? Tive, por isso cedi.

Eu não sabia nada da despedida. Não sabia onde séria e que horas começaria. Eles me deixaram claro que eu não iria saber de nada até a hora da famosa festa.

Eu tinha medo.... muito medo.

Melchior havia passado a noite anterior comigo, já que depois disso nós só iríamos nos ver na hora da cerimônia. E nesse momento ela deve estar se divertindo com suas amigas em sua despedida.

Eu queria ser um pouco mais como ela. Ela era determinada, liberal, esperta, gaiata e linda... E eu só era um bobo apaixonada por ela.

Escutei o barulho da tranca da porta e me assustei com aquilo. Quem séria? Okay.. eu sabia muito bem quem era, mas desde quando eles tem a chave da minha casa? Isso me assusta.

Sai do meu quarto rapidamente e corri em direção as escadas, onde observei eles espalhados pela sala da minha casa.

- Campainha não existe mais não? - perguntei ao descer as escadas e recebendo o olhar deles sobre mim. - E cadê Everton? Ele não vei...

- CADÊ OS IOGURTES DESSA CASA, PEDRO GUILHERME? - escutei o grito do camisa sete vindo da cozinha fazendo eu fechar meus olhos indignado com a audácia dele. - AQUI TÁ SEM IOGURTES PORQUÊ? PODE ME DIZER?

Qual a tara desse homem com Iogurtes? E porque sempre tem quê tomar um por dia? Nossa senhora.

- Vou começar a vender iogutes, assim fico mais rico. - comentei brincalhão.

- Carajo, você tiene que parar de querer quê todo mundo tenha iogurte na geladeira para você, Everton. - Giorgian deu um tapa na cabeça do camisa sete assim que ele apareceu na sala e se limitou em respondeu com um dedo do meio.

- Pessoas que não tem iogurte em casa não me passa confiança. - Everton falou cruzando os braços e eu ergui uma sobrancelha.

- Está dizendo que eu não sou confiável? - questiono curioso e Everton deu de ombros.

- Deixa de ser burro, foi isso mesmo que ele disse. - Mathuezinho indagou e depositou um tapa na minha cabeça.

- Chega vocês. - David Luiz pediu. - E você, ta preparado, querido? - perguntou e eu observei a expressão de todos ganhando um sorriso maroto.

Eu estava era com medo deles....

- O quê vocês andaram aprontando hein? - Perguntei curioso e eles riram ao dar de ombros.

- Vem, vamos para o carro. - Ayrton Lucas disse e me empurrou porta a fora.

- Usa isso! - Gabriel pediu e jogou uma máscara de olhos na minha direção, fazendo eu pegá-la no ar.

- Isso é realmente necessário? - Perguntei desconfiado. - Não acho que eu confio em vocês ao ponto de ficar vulnerável assim.

- Ai cala a boca e usa logo. - Gabriel resmungou e eu bufei, logo usei a máscara.

E então, eles me colocaram dentro do carro e logo percebi o veículo dando partida. Não poderia negar que aquele mistério todo me dava medo, ainda mais conhecendo os amigos que eu tenho.

CANTADAS ― PEDRO GUILHERME Onde histórias criam vida. Descubra agora