Capítulo trinta e sete

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Talya Mendes

Ao vivo

— Não gente, mas olha isso aqui — Rodei o quarto fazendo luxo aparecer diante a câmera — Se o olimpo existe é assim.

Dei dois passos me jogando contra a cama, dei risada me levantando pra pular entre o colchão macio e os travesseiros fofos.

— E tem uma piscina em cada andar — Abri a cortina e em seguida a porta pra sacada — Não tem como não se apaixonar por esse lugar, eu até ignoro toda a merda que esse país é, principalmente pelas chances de me  prenderem por julgar — Quase Cochichei passeando ao lado da piscina e enchendo uma taça de champanhe — Vocês não imaginam a minha alegria de estar aqui.

Aumentei a música e apoiei meu celular em um vaso de flor para dançar no hotel que eu nunca teria dinheiro para pagar.

Mas já que dois dias após a ida de Richarlison para a concentração a passagem e toda a documentação para estar aqui chegaram até mim, eu não negaria ou questionaria.

— O que a gente faz, é diferente dos iguais — Cantei alto dançando sozinha — Nem namorados e nem ficantes.

Tomei toda a taça em um gole a colocando de volta no lugar.

— Eu vou dar é prejuízo pra esse hotel até o final da hospedagem, vão entender como a brasileira bebe, canta e festeja sozinha. Que nois não precisa de nada pra ser feliz.

Apoiei o celular pra poder entrar na piscina aquecida com estilo.

— Olha onde nós chegou — Comemorei sozinha — Ai tô animada, agora vocês vão ver a minha eu patriota. Petista e fã de futebol.

Dois goles depois me lembrei do problema que dá o pronunciamento político hoje em dia.

Então meti o louco dançando com o L em mãos.

— Gente a piscina não é tão aquecida não — Avisei saindo dela pela borda de uma forma desajeitada — Agora vamos descansar e eu torcer pra conseguir ver meu jogador predileto em breve.

Jealousy - Richarlison Onde histórias criam vida. Descubra agora