Capítulo trinta e seis

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— Puta que me pariu, Richarlison — Gemi — Espera — Reclamei me rendendo.

Sentada no chão da casa me deitei segurando meu pé.

— Não tá sangrando — O jogador não pareceu se cansar após correr a casa toda.

— Olha direito, tá sim — Falei apontando para um quase invisível corte que que se manchava de vermelho, mas não dava pra chamar de sangramento.

— Isso é porque você é desastrada — Ele reclamou.

— Não, é culpa sua que sugeriu corrida pra decidir quem lavava a louça.

— É pizza, Talya, não deveria nem ter louça.

Revirei os olhos com sua indiferença ao meu drama e ergue minha mão, ele não exitou em segura-la me puxando pra cima.

— Devagar — Pedi agora de pé próxima a ele — Ainda dói.

— Quer um beijinho pra melhorar?— Falou me dando um selinho.

— Uma pomada acho que funciona melhor — Manquei pra longe.

— Qual o problema agora, em? Pensei que morando juntos a gente teria liberdade pra fazer o que quiser.

— Você deveria ter sido mais claro então, pra eu poder deixar claro que não sei ser casual quando moramos juntos — Expliquei.

Richarlison me encarou me esperando continuar.

— Eu não sei não ter ciúmes de uma pessoa que dorme comigo, come comigo, sorri das minhas piadas, eu não consigo não me envolver com uma pessoa que divide o teto e uma rotina comigo. Simplesmente sou a pessoa mais casada com a pessoa que dedida parte do seu dia a mim possível. Então evitando as minhas lágrimas é mais fácil a gente não transar.

— Você é louca.

— Esse é o defeito que se lembrou sobre a minha pessoa?— Me virei pra encara-ló.

— Louca, chorona, dramática, alcoólatra, impulsiva e gostosa — Completou — A mais gostosa, espontânea, contagiante, animada e parceira que eu já tive por perto. Eu tentei ver lados que eu odeio em você, mas todos eles tem um lado que eu não sei se consigo não ter meu dia a dia.

— Me parece uma declaração de quem não quer nada sério.

— Eu não quero, nem penso nisso. Mas vai por mim, eu não preciso de mais ninguém além da garota que dança sozinha, canta como se estivesse em um palco e abre a minha cerveja com o dente. Vai por mim, Taly, nada acima da gente.

O camisa nove ergueu a mão fechada na minha direção, manquei um passo para encostar meu soco no seu.

— Se eu chorar por sua causa você vai levar um forte soco no estômago, isso eu falo porque depois vamos comer uma deliciosa lasanha e você sentirá incômodo a cada garfada.

Ele fez uma careta e me puxou pra um abraço.

— Se você me alcançar você pode me bater o quanto quiser, você não vai chorar enquanto estivermos dividindo o mesmo teto, Talya.

Jealousy - Richarlison Onde histórias criam vida. Descubra agora