Por: Ian Pietrani

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Eu havia levantado mais cedo que o habitual, a Stella estava na casa de Marissa e ela mesma ia levá-la a escola. Eu já estava com uma saudade da minha pequena. Fiquei na cama até dar o horário de correr. Fiz minha corrida matinal e tomei banho gelado. Hoje eu não sabia porque, mas eu estava muito ansioso para ir trabalhar.

Saí do meu quarto de bermuda e sem camisa, ainda estava cedo para ir pro trabalho. Logo encontrei Naná na cozinha já arrumando o café. Dei um beijo em sua bochecha.

-Bom dia menino

Nana falava com uma voz sorridente demais

-Bom dia Naná

-Acordou mais cedo do que tá acostumado.

-É naná, saudade da stellinha.

Me sentei a mesa esperando Naná servir o café pra gente

-Sei...

-Que foi naná?

-Eu vi o senhor e a menina do jornal se beijando no estacionamento.

-Viu?

-Vi menino, e eu nunca te vi tão animado como quando você está com a senhorita... Lyandra não é?

-Deixa ela te ouvir chamando ela de Lyandra - eu sorri

Lyandra odiava ser chamada assim, nem parecia que era o nome dela.

-O menino está até sorrindo

-Naná, eu gosto dela mas não pretendo levar isso adiante e você sabe que eu tenho vida social e que fico com algumas mulheres...

-Mas nenhuma frequenta sua casa

-Nem a Lya vai frequentar muito menos conhecer minha filha

-Mas menino, ela parece ser uma boa menina.

-Não, naná , é algo casual como sempre. Igualzinho as outras então não insiste. Você mais do que ninguém sabe o que aconteceu da última vez que tentei namorar com alguém. Ela mal tratou minha filha e ainda a humilhou

-Menino, você não pode se fechar por causa de uma única experiência ruim...

Eu já estava começando a me irritar com ela, Naná sempre cuidou de mim, sempre esteve comigo desde que meus pais morreram naquele maldito acidente, e ela achava que era minha mãe, mas ela não era então fui obrigado a mudar meu tom de voz para ver se ela percebia

-Naná, vamos parar com esse assunto

-Tudo bem menino

Ela respirou fundo e pareceu entender que eu não queria mais conversa

Eu e Naná conversamos até o horário do meu trabalho. Evitei ao máximo falar sobre a Lya, eu não queria que ela fosse diferente das outras. Mas de alguma forma eu pensava demais nela e em como eu queria beijá-la e estar junto dela. Eu ainda tinha que pensar no nosso primeiro encontro. Eu poderia leva-la pra jantar... ou não sei talvez uma coisa mais simples um cinema, eu ainda precisava pensar. Eu não costumava criar encontros com as mulheres que eu ficava. Comigo era tudo mais objetivo. Nada de encontros, sem conversas. Sem apego. Mas com a Lya também seria assim só precisava me esforçar um pouco mais para chegar ao meu objetivo.

No trabalho
Já havia chegado no trabalho, no elevador, e eu ouvi uma voz conhecida o que me fez sorrir

-Segura o elevador...

Era Lya correndo em direção ao elevador com um copo enorme de café. Balancei a cabeça negativamente e sorri segurando o elevador. Hoje ela estava de óculos, provavelmente esqueceu suas lentes ou acordou atrasada estava com um vestido de fundo vermelho e botões que ficava justo em seu corpo e usava botas. Seus cabelos estavam soltos e enrolados como sempre. Ela sorriu pra mim um pouco tímida, com um sorriso de canto lindo, isso me fez querer cumprimentá-la com um beijo, mas me segurei. O perfume dela era característico levemente doce e eu podia dizer um pouco apimentado. Eu nunca havia sentido aquele cheiro, combinava com ela, era uma delícia.

5 vezes você (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora