Por:Lyandra Martinez

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No dia seguinte...

Mini-férias!! Finalmente! Trabalhar na empresa Khalil tem suas vantagens, e o melhor com meu bônus na conta, fui até meu carro no estacionamento assobiando, hoje nada podia acabar com minha animação, meu sorriso que estava de orelha a orelha começou a se desfazer quando percebi que 2 dos 4 pneus da minha lata velha estavam rasgados

—Droga de lata velha—chutei a lateral do carro—agora vou ter que ir de metro

Olhei os rasgos e estavam fora a fora de cada pneu, eu nunca tinha visto isso em toda minha vida de motorista, não que fossem muitos anos, mas estava tão estranho. 

"Alguém rasgou meus pneus?"

Óbvio que não, eu estava ficando paranóica, igual a um certo chefe. Saí da garagem em direção a entrada principal do prédio.

Hoje o dia estava lindo, céu azul, aquele vento quente batendo no rosto eu aposto que estava fazendo uns 40 graus, eu estava tão animada com essa vibe verão que decidi até me vestir assim, vestido midi cheio de flores, cabelos presos em rabo de cavalo e fui em direção ao metrô. Enquanto andava já pela calçada uma caminhonete foi andando devagar ao meu lado

—Oi Lya— Quando prestei atenção, olhei aqueles grandes olhos claros me encarando

—Oi Fernando—não parei de andar, e ele continuou andando com a caminhonete ao meu lado

—Qual a boa?

—Nada, só indo trabalhar

—Não vai de carro?

—Quebrou... de novo pra variar.

—Eu já disse para você vender aquela lata velha...

—Ta, mas eu não tenho dinheiro e nem sou herdeira que nem algumas pessoas

—A Lya eu não tenho culpa de ter nascido na minha familia, e ai vai querer uma carona?

Suspirei olhei para os dois lados revirei os olhos, o sol estava lascando, o suor ja estava começando a escorrer pela minha testa, olhei pra frente e parecia que o asfalto estava derretendo e o metrô a essa hora estaria cheio, então decidi aceitar uma carona afinal, ainda somos amigos

—Tudo bem

Ele parou o carro e desceu do seu lado abrindo a porta pra mim, Fernando no começo era do tipo cavalheiro, e quando ele queria ele sabia cativar alguém.

—Não precisava

—Claro que sim, você amava quando eu fazia isso lembra?

Entrei na caminhonete e assim que ele fechou a porta pra mim, sorri de nervoso. Eu realmente amava quando ele bancava o cavalheiro. Permaneci calada e sem perceber comecei a mexer nas minhas mãos, eu estava um pouco desconfortavel.

—Então como vai o trabalho?

—Bem...

—Conheceu bem a empresa?

—Sim sim

—Poxa Lya to tentando manter uma conversa aqui, vamos me ajuda.

Ele deu um daqueles sorrisos charmosos dele, sabe quando você se muda para um lugar e um vizinho bomzinho de recebe com um prato de alguma comida? Mas você não sabe se aquilo realmente é um gesto de boa fé ou se ele só quer saber da sua vida, Então foi um daqueles sorrisos indecifráveis

—Ta, ta ... desculpa vai la o que quer saber?

—Como ta indo na empresa?

—Está tudo bem, hoje nós vamos resolver o detalhe da viagem que ganhamos como prêmio por ter batido nossa primeira meta

5 vezes você (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora