Por: Lyandra Martinez

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   Aquele imbecil ataca novamente, ele é tão lindo, pena que fala, depois de ele ter falado que dispensou um mulherão e que era por isso que tava irritado, eu estava disposta a sair daquela sala, só não sai porque alguém chegou, e o besta ainda fica parado no meio da sala esperando ser pego pra piorar a situação.

   Sabe como é tive que salvar a vida dele de novo, sim de novo por que estou ajudando ele com o lance do dinheiro se fosse outro ja tinha contado pro chefe, enfim, fomos eu e ele para debaixo da mesa como ela era estreita eu deitei no chão e o puxei pra cima de mim para que ele pudesse se encolher e caber ali comigo, ele colocou suas mãos na lateral do meu rosto e me olhou confuso

— O que você está fazendo?

— Cala a boca seu burro!

 Eu coloquei minha mão na boca dele pra ver se ele ficava quieto, ele tava pedindo para sermos pegos. Uma mulher finalmente entrou na sala e demos sorte porque ela demorou um tempão para achar a chave, eu olhei os sapatos, ela estava de salto mas não dava pra ver o rosto afinal estávamos debaixo da mesa, ela começou a abrir todas as gavetas e a procurar algo, droga só agora eu lembrei que deixamos uma gaveta destrancada. 

   Senti meu coração disparar cada vez que sentia a respiração de Ian pesar sobre meu pescoço acredito que seja por causa da adrenalina, eu acho, engoli seco e Ian se remexia em cima de mim para ajeitar nossos corpos, ele tentava não encostar em mim ficando levemente suspenso apoiado em seus cotovelos, mas era quase impossível, se fosse outro se aproveitaria, mas ele não, ele é um perfeito cavalheiro, eu era obrigada admitir.

— desculpa 

 ele sussurrou ao pé do meu ouvido por esbarrar em mim, e meu coração foi aos pulos e subiu até a garganta me fazendo entreabrir meus lábios e suspirar, droga de situação, essa mulher não sai da sala não? 

— Quem é?— mexi meus lábios sem emitir som algum

ele balançou a cabeça negativamente,  podia ouvir o barulho de chaves e gavetas se abrindo e fechando até que parou, acho que ela havia chegado na gaveta aberta, foi quando eu ouvi um celular vibrar, era o do Ian, ele pegou rapidamente o celular e desligou a ligação, nos olhamos com olhos arregalados um pro outro

— Oi, tem alguém ai? 

Ela andou pelo escritório, seus saltos faziam eco pela sala, eu ia infartar agora, é agora que ela vai pegar a gente,  quando novamente ouvi um toque de celular, mas dessa vez era o daquela mulher

— Alô?— ela atendeu o telefone— a gente precisava conversar sobre os papéis, não dá mais pra fazer, não, olha, já estão desconfiando... 

Seus passos foram ficando cada vez mais baixo e ouvi um barulho de porta sendo fechada, até que a mulher saiu. Finalmente minha respiração foi voltando ao normal, Ian se levantou e saímos finalmente debaixo da mesa

— A gente tem que sair daqui agora Lya.

Ian me puxou até a porta quando abrimos a tal da mulher estava no final do corredor, saímos bem devagar da sala 

— 1...2...

— O que Lya? - ele disse sem emitir som

— Corre.

Segurei sua mão e puxei, corremos rápido até o elevador que talvez por uma ajudinha divina estava com as portas abertas, a mulher não nos ouviu. Entramos no elevador e nos encostamos sobre a parede respirando fundo, meu coração novamente estava disparado, Ian estava com os olhos arregalados de medo, seu rosto estava tão engraçado que comecei a dar um ataque de riso, Ian me olhou sério

5 vezes você (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora