5 vezes você (Reescrevendo)

A Festa - Por Ian Pietrani

   Já estava tomando banho para me arrumar para festa coloquei meu melhor blazer preto, gel nos cabelos e preparei vários discursos.                                                                                                                          A meta era conseguir novos investidores em potencial para a empresa, lá haveria muitas pessoas importantes e nós representantes da empresa não poderíamos fazer feio. Já estava quase na hora, saí  do meu prédio e fui até o estacionamento, de um jeito estranho eu estava um pouco nervoso. Destravei meu carro com o controle, um Corolla, eu amava ele. Ele representava meu trabalho duro durante todos esses anos.  Saí da garagem com o carro e logo percebi uma leve garoa, de acordo com o clima-tempo hoje seria uma das noites mais frias do ano, e a chuva só parecia piorar cada vez mais, dirigi com cuidado até o hotel plaza que era bem perto do meu apartamento.

    Quando cheguei, me deparei com a arrumação impecável, as luzes a segurança tudo extremamente calculado e organizado. Dei a chave para o rapaz do estacionamento e uma mulher veio me receber com um guarda-chuva para que não houvesse problemas com a chuva, mas não era necessário já que havia um caminho coberto e com um longo tapete vermelho até a porta, andei e havia alguns fotógrafos do lado de fora na chuva mesmo.

  A  khalil's Corp era uma empresa importante, assim como os convidados da festa. Eu usava uma máscara preta  bem simples, cumprimentei algumas pessoas e então entrei no salão. A festa era no segundo andar, havia uma enorme escada para subirmos digna de um filme, por alguns instantes esperei Lya, pois seria interessante traçarmos uma estratégia para alcançar novos investidores, mas erro meu a Srta. Martinez já estava lá.

  Ao olhar pro alto da escada pude vê-la e parecia que estávamos conectados por um instante pois nossos olhos se cruzaram por um breve momento, ela colocou a mão no corrimão e desceu as escadas lentamente em minha direção. E ela estava perfeita, usava um vestido vermelho que fazia o contraste ideal com seu tom de pele e combinava com seu batom, seus cabelos estavam presos em um coque baixo e havia uma pequena mecha cacheada que caia sobre seus olhos, ela desceu as escadas e veio até mim séria como sempre, quando ela chegou nos últimos degraus fui até sua direção, e esse momento parecia ter acontecido em câmera lenta, o que completava era sua mascara branca que combinava perfeitamente com seu vestido.

—Boa noite Sra Martinez - segurei sua mão - Você está maravilhosa.

Realmente estava, quando sua pele tocou minha eu senti pequenas descargas elétricas que me fizeram olhar ainda mais em seus olhos, ao ouvir meu elogio ela deixou escapar um sorriso tímido, acho que ela não tinha ideia do quão linda estava.

—Até que enfim você chegou—ela enroscou seu braço no meu—esperei uns mil anos já comecei a conversar com alguns investidores sem você. 

—Tudo bem, eu cheguei não foi? Vamos começar por aqui.

    A conduzi novamente pelas escadas para que pudéssemos subir novamente, ao chegarmos lá, discutimos algumas estratégias e fomos ao ataque, eu fui até um grupo de investidores e ela até outro, assim foi durante toda a festa por alguns momentos eu a olhava conversando e rindo com uma taça de champanhe na mão, ela realmente era uma profissional incrível todos estavam atentos ao que falava não só pela sua beleza, mas principalmente pela sua inteligência e argumentos.

  Assim que acabávamos com um grupo de investidores olhávamos um para o outro e sorríamos, estávamos competindo e ela era tão competitiva quanto eu, as horas se passaram como se fossem segundos e quando percebi já estávamos quase no fim da festa e apenas algumas pessoas ficaram, ela estava em um canto conversando com um cara que a cercou durante toda a festa, isso me fez sorrir e ir em sua direção fazer algo arriscado, me aproximei e a olhei e nesse momento percebi que sua atenção já não estava na conversa, ela também me olhava do mesmo modo.

—Licença. Será que a Srta. gostaria de dançar?—estendi minha mão como um perfeito cavalheiro esperando já por um não, mas não era pecado tentar

—Sim— ela estendeu a mão e segurou a minha o que me fez ficar surpreso a puxei lentamente para o meio do salão onde havia apenas 3 casais dançando, não falei nada apenas a olhei profundamente em seus olhos