Por: Ian Pietrani

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   Já era o último dia do final de semana e Joseph havia me convidado para beber um pouco no bar, Stella estava com a mãe então eu podia ficar até tarde fora. Estávamos sentados na mesa do bar de sempre conversando sobre as mesmas coisas, mulheres, trabalho e a vida, mas hoje minha cabeça estava em outro lugar, eu geralmente não consigo dormir, mas ontem eu dormi até demais, acordei tão tarde que perdi a hora de deixar Stella com a Marissa. 

  Acordei pensando naquele beijo, nos lábios dela, no seu cheiro, na sua pele, ela era realmente uma mulher e tanto. Porque ela fez aquilo, me beijou? Será que ela queria provar algo? Eu acho que estou pirando aquela mulher me odeia! Ela quer ferrar com a minha cabeça é exatamente isso.

 Fiquei olhando o lado de fora do bar, aquela chuva caindo lá fora me lembrava dela e do nosso beijo, tudo me fazia voltar aquele momento.

—Ow Ian. Cara o que ta acontecendo? eu to falando aqui sozinho, manda, pode falar o que houve?

—Nada

—Eu te conheço Ian, alguma coisa aconteceu e você não consegue nem fingir, anda conta pro teu amigo, você sabe que pode contar comigo.

 —A Lyandra me beijou.

—O que? A mesma Lya que vive brigando contigo? Eu sabia, viu eu tinha razão, ponto pra mim, e daí?

—Foi diferente.

—Diferente? O que a mina beija mal? 

—Não Joseph, não dá pra conversar sério contigo cara.

—To vendo que o assunto é sério, fala irmão.

—Cara, rolou o maior clima na festa eu dancei com ela, ela estava linda e aí eu fui dar uma carona pra ela fomos pra empresa pegar uns papéis, rolou outro clima e ela me beijou e foi putz, ha muito tempo que eu não sentia isso.

—Mano, essa mina te pegou de jeito.

—Eu não to conseguindo tirar o beijo dela da cabeça eu não sei como vai ser amanhã

— O que tu quer fazer?

—Não sei, não sei cara, minha vida ta complicada tem a gabi, a marissa e a minha filha Stella

—E dai? Isso não te impede de fazer nada

—Sei lá cara, acho melhor deixar pra lá, ela trabalha comigo isso nunca dá certo

—Ian, sabe qual é o seu problema? Pensar demais, no fim das contas não adianta nada.

—Talvez você tenha razão.

No dia seguinte

—Bom dia Papai - ela dizia sorrindo enfiando a torrada quase inteira na boca

—Stella meu amor, que isso, isso são modos na mesa?— a repreendi

—Desculpe papai

—Quem é aquela moça bonita com você na festa ein? —ela me olhou curiosa

—O que? que moça Stella?—a olhei confuso sem entender

—A moça do jornal, ela é muito bonita —ela sorriu—Acho que quero ser igual ela quando crescer, ela é a sua namorada papai?

Continuei confuso quando a babá, mas conhecida como Naná, me deu o jornal para que eu visse. A foto era minha e de Lya dançando nos olhando, coloquei a mão nas minhas têmporas e apertei, foi quando vi a enorme frase em letras garrafais SERÁ QUE PIETRANI FOI FISGADO?

—Droga, isso vai me dar dor de cabeça

—Papai, droga não pode, é feio ein - Stella cruzou os braços

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