Eu seriamente não estava ligando para a ameaça de Aonung, eu não tinha medo dele, eu poderia fazer o que bem entendesse da minha vida, e era exatamente o que iria fazer.
Depois de cuidar do peitoral dele, comecei a cuidar da minha perna, não tinha vestígios do ácido graças a Eywa, a grande mãe, só estava um pouco inchada. Passei a folha pelo pequeno rio que tinha perto de onde estávamos e limpei toda a ferida antes de costurar a minha perna, o que não era muita dor, para ser sincero.
Aonung estava dormindo quando peguei algumas frutas e dois peixes para comermos.
- Ande, coma.
- Não estou com fome.
- Você não quer que eu vá ai e enfie a comida pela sua garganta, quer?
Ele se ajeitou melhor na pedra.
- Eu queria outra coisa descendo pela minha garganta - seus olhos estavam meio baixos de cansaço, e aquilo era quente demais.
Revirei os olhos.
- Coma - dei a ele o peixe cru e algumas frutas, já que não podíamos fazer fogo para não chamar a atenção de outros animais, provavelmente o que chamou a atenção do Thanator foi a claridade dele.
Ele começou a comer quando comecei a ajeitar as flechas do meu arco.
- Quando vai me ensinar?
- Não fale de boca cheia - resmunguei.
- Por Eywa, você é tão velho e resmungão.
Peguei a flecha e apontei para Aonung, esticando a corda do meu arco.
- Por Eywa, que vontade de atirar essa flecha no seu rosto.
Ele sorriu.
- Eu te desafio a fazer isso.
Meu coração acelerou.
- Ah, grandão. Você não disse isso.
- Ah, Sully. Eu disse sim.
Aonung da tribo Metkayina era desafiador, rebelde, idiota, babaca, mas era gostoso quando brincava desse jeito.E aquele pensamento pela primeira vez não me incomodou tanto assim.
- E se eu acertar? O que eu ganho?
Ele sorriu mais.
- Eu - sussurrou - Não sou o bastante?
Estiquei mais a corda e apontei bem no centro do seu rosto... e deixei voar, pegando bem no centro das suas pernas, perto do seu pau. Aonung não tirou os olhos de mim.
- Você errou - ele estava totalmente largado encostado naquela pedra.
- Eu não quero você.
- E o que você quer?
- Seu primo.
Não sei se Aonung não esperava aquela resposta ou ele ficou totalmente surpreso, mas foi engraçado.
- Como é?
- Eu preciso repetir que quero o seu primo? - dei de ombros - Você disse que eu gostava de pau, então, desvendou o mistério.
- É, mas eu achava que era o meu.
- Infelizmente nem tudo é como a gente quer.
- Vem aqui.
- Não.
- Neteyam - todo o meu corpo se arrepiou, ele nunca me chamava pelo meu nome - Agora.
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AVATAR 3 - DEPOIS DA QUEDA
FanfictionUma fanfic voltada em Neteyam, onde ele está vivo. Não aceitei que ele morreu, então fiz essa fanfic. Espero que gostem<3 Curtam muito :) AVISOS: Cenas +18 Gatilhos Palavrões 🔞