AVATAR 3 - DEPOIS DA QUEDA

Capítulo 21

Rai'uk não deixou eu avançar quando começou a atirar contra mim, desviei de todas as balas atirando flechas contra ele, que gritava enquanto os tiros saíram da sua arma de fogo, eu não queria só feri-lo, eu queria matá-lo, eu queria derramar todo o seu sangue e fazer um grande mar com ele, drenar e acabar com todo o seu corpo naquele merda de avatar.

Mas no fundo eu sabia que seu corpo humano estava por aqui perto, sempre estava por perto dentro daquelas máquinas estranhas que meu pai sempre mencionou.

Eu precisava encontra-lá.

Eles não terminaram os estudos ainda para toda a consciência e lembranças estarem no seu avatar.

Quanto mais eu tentava me aproximar de Rai'uk, mas ele tentava me afastar com os tiros, mas eu não iria desistir, não mesmo. Eu queria quebrar a porra dos seus ossos e guardar de enfeite para lembrar do gosto que foi matar esse filho da puta.

- O que foi, Sully, cansou?

Gargalhei.

- Vamos no mano a mano, ou você é tão frouxo que só usa arma para se defender?

No mesmo instante ele jogou a arma no chão, assim como eu joguei o meu arco. O avatar ergueu os punhos para cima.

- Eu vou matar você, assim como matei aquele merdinha que come a sua bunda.

Sorri.

- Um viadinho reconhecendo outro, que fofo.

Rai'uk avançou para cima de mim tentando um soco de direita, desviei facilmente dele quando lhe acertei um soco de esquerda, um soco de direita, o mesmo bloqueou o meu golpe e me deu um soco no estômago. Todo o ar acabou escapando quando Rai'uk me jogou no chão, me fazendo rolar para o lado.

Eu não sabia onde o capitão estava, mas ele não podia se esconder por muito tempo.

Desviei quando o avatar tentou esmagar o meu peito, dei um chute na sua perna, fazendo-o cair de joelho no chão, aproveitei o impulso para dar mais um chute na sua perna, quebrando-a, Rai'uk gritou de dor quando caiu no chão.

Tentei cravar a flecha no seu peito, mas o avatar acabou atirando na minha perna, mas acabou pegando de raspão, muito de raspão. Gruni de dor quando o mesmo me deu um soco na cara, sangue jorrou para fora do meu nariz, descendo pelo meu rosto até a minha boca.

Sorri quando senti o gosto de sangue.

- É o máximo que você pode fazer?

Quando Rai'uk tentou meter uma bala na minha testa, enfiei a ponta da minha flecha no buraco do cano da arma. Joguei ele no chão e fiquei por cima dele desferindo vários socos atrás de socos, golpe atrás de golpe, todo o meu rosto estava manchando de sangue e suor, mas eu não queria parar, eu queria mais, eu queria sentir mais o seu sangue, a sua morte vindo, o seu desespero.

Meus dedos estavam começando a ficarem dormentes enquanto eu continuava batendo e batendo, eu não queria parar, eu queria mais sangue, ele matou Aonung, ele merecia morrer, morrer.

Para alguém que prometeu tanto, não entregou merda nenhuma como soldado, só veio para morrer.

Depois de meia hora gastando o meu tempo com ele, parei e gritei de ódio, de fúria.

- Capitão! - me levantei com sangue por todo o meu corpo - CAPITÃO! - olhei ao redor - EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ AI! - eu parecia um louco - EU VOU ACHAR VOCÊ ATÉ NO INFERNO! ESTÁ ME OUVINDO?! - gritei tão alto que minha voz rasgou - EU VOU ENCONTRÁ-LO E MATÁ-LO, SEU DEMÔNIO! EU VOU TE MATAR QUANTAS VEZES FOREM NECESSÁRIAS!

Corri pelo meio da mata com a meu arco na mão até encontrar a máquina onde eles deixam seus corpos para entrarem nos avatares, a tal cápsula.

Não esperei muito para correr até ela e chutar a sua porta, quebrando-a ao meio, metal voou para todos os lados quando vi apenas uma sendo usada.

Andei até ela e apertei o botão, abrindo-a, o humano tossia pela falta de oxigênio, pelo ar ser tóxico para o seu corpo, seus pulmões. Seus olhos se arregalaram quando ele viu quem estava na sua frente. Derrubei a máscara que o mesmo tentou pegar.

Agora ele parecia tão frágil em seu corpo humano, humanos eram tão frágeis que podiam morrer com apenas um empurrão do nosso dedo. Vi que faltava um dedo entre os outros, ele realmente havia cortado o próprio dedo por dinheiro. Eu deveria acabar com ele devagar, mas seriamente, ele não merecia meu tempo.

- Por favor...

- Onde ele está?

- Eu não sei...

- ONDE?!

Sua respiração estava falhando, ele estava morrendo.

- Por favor, eu preciso respirar.

Me aproximei de seu rosto.

- Espero que você queime no inferno que os humanos dizem que existe - sussurrei - Você fez a escolha errada em ter mexido com a minha família.

Procurei alguma coisa que pudesse fazer fogo quando acabei encontrando uns palitos estranhos, furei os gases quando joguei o palito com fogo dentro, cheio de puro gás.

- Eu... sinto muito - sussurrou o humano.

Não liguei muito para a sua aparência, ao certo eu não saberia dizer como ele era, talvez da cor do Spider.

- Bom, eu não.

Saí andando com o meu arco na mão quando a cápsula explodiu atrás de mim.
Iria atrás do Na'vi que eu amava, e se ele estivesse morto, que o Deus dos humanos tivesse piedade deles, por que eu não teria.

Vamos, capitão, agora era a sua vez.