Uma dança para o amor [CONCLUIDA]

CAPÍTULO 23

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Bora pra leitura!

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ASHLEY

Quando adolescente, ouvia das minhas amigas o quanto era incrível estar com o garoto que gostava. Achei ter conhecido essa sensação ao encontrar Ângelo, mas olhando para a visão de Henry dormindo ao meu lado, vejo como um simples romance adolescente não se compara a nada do que sinto agora. Não quero menosprezar meu amor de adolescência, só quero exemplificar o quanto o agora é melhor, o quanto o que Henry faz me sentir é incrível.

Acho que, muitas vezes antes de encontrar a pessoa certa, iremos vagar dentre outras pessoas. Algumas podem ser que valha a pena tentar, outras que talvez seja melhor não existirem nem em meio a sonhos, mas nós sempre vamos encontrar alguém. Só esperamos que ela seja aquela que valha todos os anos ruins com pessoas ruins. E para minha sorte, Henry é essa pessoa.

Seus olhos se abrem vagarosamente, esticando os lábios mostrando seu melhor sorriso ao me ver. O braço por cima da minha cintura agora me puxa para perto, aumentando os batimentos do meu coração. Os sonhos costumam ser os mais lindos, mas acredito que o homem lá de cima saiba o quão ficarei frustrada se Henry não estiver mesmo na minha cama no meio da noite e que fez meu melhor amigo e minha irmã escaparem de fininho enquanto nos beijávamos.

— Achei que estivesse sonhando — sussurrou, soando como uma preocupação por baixo do sorriso tranquilo. — Sorte a minha não ser.

— Não vai precisar se preocupar se cuidar bem do meu coração, bailarino.

Ele ri, trazendo seu rosto para perto apenas para deixar um beijo em meu ombro. A ação parece tão natural, que me pergunto se nossas almas de alguma forma já se conheciam. Tudo em Henry é familiar, seu abraço é como encontrar meu lar, seu beijo é a minha dose de energia, sua presença é o suficiente para me colocar no eixo ou me fazer ir para longe dele. Henry é a minha nova língua de amor, ou talvez, a que eu ainda não sabia já conhecer.

Mamãe estava certa ao me dizer que tudo se encaixaria, que um dia eu encontraria alguém e que tudo que eu deveria fazer era apenas dançar até achar alguém disposto a ir de encontro comigo. Henry e eu fomos unidos pela dança, de alguma forma o maldito destino sabia que não poderia perder a oportunidade de aprontar e caramba! Eu agradeço tanto!

— Espero saber dar valor, loirinha. Ou seu pai vai me castrar.

Minha risada é alta, tão alta que preciso levar a mão à boca para tentar abafar o som. Adoro essa sensação, adoro me sentir boba, totalmente amolecida e saber que isso é recíproco. Seu medo pelo meu pai é notório todas as vezes em que se encontram, Henrique adora ser intimidador quando bem quer, e usar seu super poder de pai para afastar homens de sua filha não é uma oportunidade que ele perderia.

— Meu pai vai gostar de você, só dê a ele um tempo. Ele se preocupa comigo.

— Não vejo nada de errado em vê-lo tentar cuidar de você, Ash — seu polegar acaricia minha cintura nua graças a blusa estar um pouco acima. — Sou grato por ele afastar os abutres, mais ainda por você ser maluca o suficiente para me arrastar para sua vida.

— Maluca, é? — ele assente, trazendo os olhos para os meus lábios.

— Quando fez aquela proposta, pensei em como eu deveria ficar longe de você. Acreditei mesmo que deveria, mas quando percebi tinha me arrastado até aqui só por sua mensagem. Porque você me chamou. E sabe o que é engraçado, loirinha? — Arqueio a sobrancelha em resposta. — Sei que viria a qualquer hora se você me chamasse, se precisasse de mim. Tudo que bastaria era um pedido seu e eu viria, porque é isso que você faz comigo, Ashley. Você toma controle sobre mim, e pela primeira vez isso não é tóxico, não me sufoca. Acho que nunca me senti tão vivo desde que entrei nessa enrascada com você.