Our Baby H |• L.S

4• capítulo

No final das contas não era tão ruim ficar com Miranda Bailey, ela era legal, tinha o jeitinho dela de ensinar, mas era legal. Todo o meu medo de passar o meu último ano com a pior das piores residentes chefes se fora e agora eu estava mais tranquilo para poder prosseguir o ano. 

Mais pro meio do dia eu voltei para a faculdade, hoje eu iria ficar apenas o primeiro turno no hospital e depois voltaria pra cá. Eu voltei bem perto de meio dia, como eu não tinha o que fazer no momento e minha próxima aula só iria começar daqui a um tempo, apenas escolhi qualquer lugar mais isolado e me sentei para terminar um de meus livros sobre neurocirurgia. 

Eu já estava a um bom tempo sentado ali lendo quando os alunos começaram a sair de suas salas. Eu não dei muita importância para burburinho dos alunos pelo corredor e tentei manter atenção em meu livro, entretanto, a mesma se esvaiu quando senti aquele cheiro de novo, o cheiro de Louis.

Levantei minha cabeça tentando ver de onde o cheiro vinha e então avistei uma sala ao longe. Ele saia dela tentando não ser empurrado pelos os alunos que saiam com pressa e escorou ali na parede, ele parecia estar procurando algo ou alguém, seus olhinhos azuis passeavam por todo o lugar e agradeci por ele não ter percebido que eu estava sentado no chão com um livro enorme na mão o encarando feito um maníaco.

A minha bela visão de Louis foi interrompida quando Bryce se aproximou por trás dele e o assustou ao passar seus braços pelo corpo dele e a começar deixar beijos em seu pescoço, sem o mínimo de noção.

Louis não o abraçou de volta, não o beijou de volta e se quer o olhou, mas também não afastou o corpo de si, apenas ficou olhando para cima enquanto piscava várias vezes.

Foi só quando Bryce começou a ficar menos cuidadoso e mais agressivo que ele enfim teve alguma reação.

Eu estava muito longe para tentar entender o que ele falava, mas eu via seu rosto contorcido enquanto ele tentava empurrar as mãos de Bryce para longe de seu corpo e falhava miseravelmente. O alfa então se afastou dele com uma expressão de irritado e falou algo que eu também não pude entender. 

Enquanto Bryce fala alguma coisa com a maior cara de bunda do mundo, os olhos que, mesmo de longe eu podia ver o quanto eram azuis, se conectaram com os meus. Eles eram as duas coisinhas mais apaixonantes do mundo, mas ainda pareciam tristes. Ele quebrou o nosso olhar e encostou a testa no peitoral do alfa a sua frente e começou a esfregar os olhos. 

Bryce pareceu estar mais calmo e então falou algo no ouvido de Louis e em seguida segurou sua cintura e começou a puxa-lo corredor a fora.

- Na-na verdade eu queria saber onde fica a biblioteca – Eles ainda estavam longe, mas perto o suficiente para eu escutar o que eles falavam se eu fizesse um esforcinho.

- A biblioteca? – Aquela anta perguntou. – Lá é muito chato Louis, todo mundo parece que está morrendo lá dentro, tenho certeza que você vai sentir sono assim que colocar o pé lá dentro, vamos, falei muito de você para os caras, eles estão doidos para te conhecer, já que nem todos estavam aquele dia lá em casa e você praticamente não falou nem um pio para os que estavam lá – Louis abaixou a cabeça enquanto o namorado falava de forma ríspida.

- Mas Bryce... – Eu tenho certeza que se eu estivesse de pé eu teria virado uma poça de Harry, porque eu quase derreti ao ver o bico que se formou em seu rosto e em como sua voz saiu tão doce.

Porém, estávamos falando de Bryce e o mesmo bufou irritado enquanto revirava os olhos e agarrava a mão do ômega e tornava a puxa-lo pelo corredor. 

Quando eles estavam passando por mim, Bryce me olhou nos olhos e soltou um risinho. Ele tinha muita sorte de eu não revidar as provocações dele e apenas ignorar a insignificante existência dele.