O Viajante Do Tempo

Capítulo 14

Depois de passar o cio, Dean estava com os irmãos Mikaelson andando pelas terras do governador, uma carruagem estava a frente deslizando pelo chão de pedra, mais a frente podia se escutar um tapa forte e retumbante, que chamou a atenção de todos para uma cena terrível, Klaus olhou para aquela cena mais um pouco e andou até lá sem falar nada, a criança negra obviamente filho de algum escravo estava no chão, porém o menino não era só filho de uma escrava, ele também era filho do governador. Klaus matou o homem que estava agredindo a criança e foi até ela.

- Qual seu nome, garoto? - Klaus perguntou estendendo a mão para a criança, que aceitou com um sorriso, sendo levantado por Klaus.

- Eu não tenho um nome, senhor. - foi a resposta da criança, ela parecia um pouco envergonhada com isso, afinal ser filho de um escravo não lhe davam um direito de ter um nome, escravos não eram nada naquela época.

- Então irei lhe dar um nome, mas só se você quiser vim comigo. - Klaus deixou explícito a escolha para a criança, que olhava para Klaus com admiração, o alfa era forte e parecia querer adota-lo, uma oportunidade perfeita para recomeçar sua vida sem ser tratado como lixo pela sociedade colonial.

- Eu quero ir com o senhor, se isso me deixar longe desse lugar, mesmo sendo filho do governador eu ainda sou um escravo e não tenho nada, nem mesmo minha mãe. - o menino aceitou rapidamente a proposta de Klaus, que estava sendo observado pelos seus familiares, deixando os dois irmãos surpresos e um Dean sorrindo amorosamente para o alfa, parece que Klaus era tão paternal quanto ele, que fofo.

- Então de agora em diante seu nome vai ser Marcel, bem vindo a nossa família. - Klaus expressou com um sorriso orgulhoso e conduziu o menino, que estava machucado até os outros.

- Você está bem? Você está sangrando. - Dean perguntou preocupado, Marcel olhou para o loiro de olhos arregalados, o ômega estava falando com ele com se não tivesse uma lei tão rígida, ele parecia tão confortável e ninguém o olhava com repreensão, então ele concluiu que essa família não eram como as outras e ele estava feliz por isso, sem mais danos em seu corpo e em sua alma.

- Eu estou bem, isso sempre acontece quando não faço as coisas muito bem, é uma punição por ter falhado em minha tarefa. - Marcel respondeu como se aquilo fosse normal, o menino ficou surpreso ao sentir o cheiro de raiva do ômega, ele olhou o loiro com olhos arregalados e escuros.

- Isso... Isso não se faz, quem foi o idiota para que eu possa matá-lo? - Dean falou tão calmo e suave, que deixou o menino ainda mais impressionado, afinal ômegas eram mansos, meigos e carinhosos, não selvagens e falando sobre matar como se o fizesse todos os dias.

- Dean se acalme, é normal que isso aconteça, nós não podemos intrometer em coisas assim, a escravidão estará sempre presente em nossas vidas, mesmo que não possamos ver, podemos abolir isso algum dia em algum momento, porém ainda sim existirá escravidão. - Elijah falou colocando a mão no ombro do ômega que relaxou.

- Ok, mas se eu descobrir o culpado, não se surpreendam se encontrarem só o corpo... Marcel, venha vou colocar uma pomada nesses seus machucados, você ficará novinho em folha. - Dean pronunciou pegando a mão do menino e o levou até a carruagem, pegou sua bolsa e tirou a pomada de ervas que ele comprou com a ajuda de Elijah, o loiro passou nos ferimentos do menino e acariciou os cabelos dele com um sorriso, após acabar de aplicar o remédio, o menino ficou com o coração quentinho ao ser tratado com gentileza, uma coisa que ele não via faz muito tempo em sua curta vida. Os Mikaelson levaram o filho adotivo de Klaus para casa.