Alguns dias se passaram e eu estava pronto para acabar com minha vida e acabar com todo esse sofrimento de uma vez. Eu só não queria estar aqui, neste lugar, nesta casa, meus pais não aguentariam, seria muito difícil para eles. Então eu decidi fugir.
Sem gerar nenhuma suspeita, deixei meu pais dormirem, era de madrugada quando resolvi partir, para que ninguém me visse. Eu precisava sair da cidade, mas eu não tinha dinheiro, o pouco que meus pais tinham, eu não queria levar, então peguei a aliança, era a única coisa que me restava. Pelo menos algum dinheiro eu receberia por ela, e e assim sairia desta cidade.
Coloquei um moletom grosso, estava muito frio, e uma mochila pequena, coloquei outra peça de roupa, coloquei um gorro e saí silenciosamente do quarto, fui em direção a porta da cozinha. Durante esse tempo, nada foi fácil para mim, eu estava muito abalado mentalmente e fisicamente,me sentia cada vez mais fraco. Era difícil até para andar mais rápido. Mas eu precisava fazer um esforço. Saí de casa chorando e não olhei para trás. Se fosse tudo minha culpa, isso acabaria.
Caminhei lentamente por aquelas ruas, frias e de alguma forma aterrorizantes, era normal sentir medo naquele momento. Caminhei até a saída da cidade, o dia começava a clarear. Eu precisava vender essa aliança o mais rápido possível. Parei em uma taberna. Entrei e fui ao balcão e logo uma moça me atendeu.
— Bom Dia. Posso ajudar?
— Bom dia, você poderia me dizer quanto vale este anel. — Mostrei o objeto e ela pegou o anel.
— Deve valer muito! Mas aqui, infelizmente, não temos dinheiro para pagar. — Ela olhou para mim e vi pena em seus olhos.
— Está vendendo? — Um barbudo falou ao meu lado, ele era um alfa. Seu cheiro era muito ruim.
— Sim! — Ele pegou o anel e olhou várias vezes! Então ele olhou para mim.
— Isso vale muito, mas posso te dar a metade. Dinheiro suficiente para levá-lo a Busan por exemplo. Então, vamos fechar negócio? — Eu olhei para ele e então balancei a cabeça.
— Eu aceito! — Até que não seria uma má ideia ir a Busan.
Olhei ao redor da taberna e não havia ninguém além de nós. Ele pegou sua bolsa e contou o dinheiro, depois pegou um pouco e olhou para mim.
— Aqui estão 10,000 won.
— Tudo bem, obrigado! — Peguei e coloquei na minha bolsa.
Saí de lá rapidinho, fui até onde poderia pegar um carro ou um ônibus. Comprei um pouco de comida e logo peguei um ônibus. Ele me levou para Busan. Eu preciso de um lugar de floresta e mar. Assim ninguém me encontraria.
— Chegamos! — Logo todos os passageiros foram saindo do ônibus
Assim que desci, olhei para aquele lugar. O frio estava ficando cada vez mais intenso. Eu nunca tinha vindo neste lugar, aliás não tive oportunidade de vir. Eu precisava de informações para chegar aonde queria. Olhei em volta e fui até uma senhora e perguntei onde teria um parque com floresta, afinal eu não poderia contar o que realmente vim fazer aqui. Ela me explicou que tinha vários parques, porém o mais próximo, estava interditado. Então agradeci e segui o meu caminho.
Seria esse o lugar. Enquanto caminhava, pensei em como meus pais ficariam quando não me visse em casa. Definitivamente desesperados. Mas não importa. Sempre fui um fardo para minha família desde que nasci, até meus irmãos se afastaram de mim. Mas agora vai acabar. Chega de sofrimento.
Andei bastante até chegar a esse parque, de fato era numa rua deserta. Parei e observei para ver se não vinha ninguém. Então, entrei na floresta. Tinha um caminho dentro da mata. E eu continuei andando. De vez em quando eu parava e olhava em volta, eu estava com medo. Qualquer coisa pode surgir dentro de um parque interditado como esse. Depois de quase meia hora não havia mais caminho, olhei ao meu redor e nada parecia um caminho, para onde vou agora?
Decidindo seguir a mesma direção, fui cada vez mais me embrenhando na floresta. Fazia muito frio e eu me abracei. Ouvi o canto dos pássaros e galhos quebrando, foi quando eu parei e olhei para trás. Eu precisava encontrar o lugar adequado.
Horas se passaram e eu tinha certeza que estava perdido, olhei para todos os lados e só vi que a mata estava cada vez mais fechada. Fiquei pensando em porque um parque como esse está interditado. O que aconteceu aqui. Parei e respirei fundo, estava cansado, com sede e com fome. Me arrependi de não ter comprado nada para comer, também não adiantava!Continuei andando, meus passos já estavam bem mais lentos, meu corpo cada vez mais cansado. Resolvi sentar e respirar um pouco.
Sentado encostado numa árvore, foi quando ouvi um galho quebrando, fico apreensivo e procurei ouvir com mais atenção, tentei sentir algum cheiro. Levantei-me e pude ver como algo caminhava por entre as árvores, e vinha em minha direção. Foi quando eu comecei a correr.
Como estava muito cansado, não consegui correr muito, olhei para trás e parecia ser um animal, fiquei com muito medo, poderia ser qualquer animal, corri um pouco e olhei para trás, quando percebi estava mais perto, corri sem olhar para a frente e tive um forte impacto com alguma coisa e tudo era escuridão.
Acordei e com dor de cabeça. Olhei e estava tudo escuro, estava muito frio e percebi que ainda estava no meio daquela mata. Pelo menos não tenho ferimentos, exceto minha cabeça. Me sinto zonzo. Sentei-me cuidadosamente e levei a mão ao meu rosto, havia um nó na minha testa. Com os pés, tentei ver se encontrava alguma coisa. Foi quando percebi que havia algo ali, deve ter sido onde tropecei, era uma árvore, consegui sentar encostado na árvore e fiquei lá até o amanhecer. Era minha única opção.
Acordei com barulhos e conversas. Me endireitei para ouvir com atenção. Eles pareciam estar sorrindo de alguma coisa. Levantei-me com cuidado e logo vi três alfas à distância. Eu podia sentir seus aromas. Então me agachei rapidamente, eu precisava sair daqui rapidamente.
— Você sentiu isso? — Eu ouço um deles falando.
— O que, eu não senti nada!
— Tem cheiro de ômega. E é bem perto. — Fiquei nervoso e comecei a engatinhar devagar para sair daquele lugar.
— Você é louco, você bebeu demais. O que faria um ômega neste parque interditado, só se ele fosse louco ou quisesse morrer. — Continuei rastejando devagar.
— Tem um omega aqui e vou encontrá-lo. Nunca me enganei com o cheiro. — Escutei e rastejei mais rápido.
Assim eles vão me pegar, eu precisava correr, estava quase sem forças, ainda mais com fome e sede. Quando levantei, pisei em um galho e fez barulho, merda, não era para fazer barulho.
— Escutaram ?Tem algo por perto, vamos ... — ouvi e comecei a correr.
Tenho certeza que esses alfas não são bons, tentei correr o mais rápido que pude.
— Olha, é um ômega... vamos pegá-lo. — Eu ouço alguém gritar.
Eu precisava correr muito mais ou eles me pegariam. Olhei para trás e vi os três homens correndo atrás de mim. Eles iam me pegar. Eu queria morrer, mas não assim. Não poderia desistir, continuei correndo, foi aí que vi que não tinha tantas árvores na minha frente, o que seria? Eu continuei correndo, minhas pernas tremendo. Olhei para trás e vi um homem apontando uma arma para mim. Fiquei mais desesperado e corri com todas as forças que eu tinha.
— Pare ou eu atiro. — Eu ouvi e continuei correndo.
— Não atire, é perto do barranco…
De repente saí da floresta, mas não tive tempo de parar, passei direto. Era um precipício? Só senti meu corpo cair, de repente senti um choque no corpo. Uma dor muito forte na cabeça que apaguei.
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¡PERFEITO PARA MIM! {ABO}
Hayran KurguJung Hoseok e sua família vivem numa sociedade moralista e conservadora, onde existe normas sociais completamente infundadas mas muito respeitadas por todos. A mais importante era: Todo ômega recém nascido que caso não apresentasse uma boa saúde ou...